Importante virtude
estoica, a phrónēsis — “prudência” ou “sabedoria”;
costuma ser definida como um caráter excelente, juízo reto, propósito nobre,
inventividade e aceitação das coisas que não conseguimos controlar. Musônius
Rufus sugere que a natureza de cada pessoa deve dar forma a um
senso peculiar de propósito nobre, e que devemos viver segundo um método para
desenvolver a excelência.
"O melhor viático
para a velhice… aquele que é melhor também para a juventude, a saber, viver
segundo um método e em conformidade com a natureza. Você entenderia melhor o
que isso quer dizer caso percebesse que a humanidade não foi criada para o
prazer. (…) Pois a natureza de cada um guia-o na direção de sua excelência
própria; por conseguinte, não é razoável supor que, quando um homem viva uma
vida de prazeres, ele esteja vivendo em conformidade com a natureza, o que se
suporia melhor quando ele vivesse uma vida de virtude. Com efeito, portanto,
ele é enaltecido com justiça e pode orgulhar-se de si, sendo otimista e
corajoso, características a que se seguem, necessariamente, o contentamento e a
alegria serena. [Diatribes, XVII]"
O Estoicismo
Movimento
filosófico da Grécia Antiga. Como um de seus principais pilares a busca
pelo conhecimento, desprezando demais tipos de sentimentos externos, como a
paixão, a luxúria e demais emoções.
Tem seu início nas
reflexões Zenão de Cício, em Atenas. Zenão defendia que todo o
universo é governado por uma lei natural divina e racional.
O ser humano, à medida
que procura ser feliz, deve buscar o que esteja somente na dependência de suas
próprias “virtudes” (sabidamente influenciado pela filosofia socrática),
vencer os hábitos perniciosos, os “vícios”, verdadeiro mal, segundo os
estoicos.
Consideravam as “paixões”
a base dos males que nos afetam, as emoções não podem ser corrompidas pelas
paixões (vícios da alma como ódio, “amor" inconsequente, e demais
sentimentos externos, que tonam o homem um ser direcionado por decisões
irracionais e limitadamente parciais.
Um verdadeiro filósofo,
para os estoicos, não deve sofrer com emoções externas, visto que estas
influenciam nas decisões racionais.
A filosofia do "pórtico",
portanto, tem pilares fundamentais, entre eles: a ética e a lógica. Alguns
outros dos principais objetivos da filosofia estoica seguem abaixo:
A imperturbável paz de
espírito (ataraxia).
Um dos pontos centrais da
filosofia estoica: a conquista da felicidade por meio da ataraxia, um ideal de
imperturbável tranquilidade em que seria possível viver de forma serena e com
absoluta paz de espírito. E, o estoicos, defendiam e ensinavam que o homem só
pode alcançar plena felicidade mediante aquisição virtudes e aperfeiçoamento
dos conhecimentos.
A tranquilidade (apatheia).
Na busca pela vida
tranquila e feliz, a proposta da filosofia estoica era de que os fatores
externos que comprometessem a perfeição moral e intelectual devem ser
ignorados, superados, tratados com apatia. Mesmo nas dificuldades, a reação
indicada ao ser humanos, era sempre agir com muita calma e tranquilidade, sem
fatores externos perturbem nossa capacidade de julgar ou reagir.
Enfim:
A busca pela Virtude é
um verdadeiro Bem em busca da felicidade.
Quem se decida exercitar
o estoicismo deve negar os sentimentos externos e dar prioridade às buscas por
conhecimento; a serenidade e a imperturbável paz de Espírito.
O prazer desequilibrado é
inimigo do homem sábio. Universo é governado por uma razão
universal natural; por leis naturais.
Exercita-se na apatia. As
atitudes têm mais valor que as palavras, o que é feito tem mais importância do
que o que se diz.
A excessiva exaltação das
emoções externas deve ser considerada um vício da alma. Os sentimentos externos
tornam o homem irracional. Fundamental, assim, o cultivo das virtudes, da alma.
“Como poderíamos nos
tornar prudentes se tivéssemos chegado ao reconhecimento de quais coisas sejam
verdadeiros bens e quais sejam males, mas se nunca tivéssemos praticado o
desprezo às coisas que somente aparentam ser boas? Por conseguinte, logo após o
aprendizado das lições apropriadas para toda e qualquer excelência, um treino prático
deve seguir invariavelmente, se de fato esperamos tirar algum benefício das
lições que acabamos de aprender. [Diatribes,
VI]”
Nesse ponto o de que se
trata é um esforço em viver sempre de acordo com a natureza, sempre agindo como
um ser dotado de plena autarquia; senhor de si mesmo. Pois, o homem, como ser
racional que é, fazer de suas próprias virtudes a conquista do objetivo maior
que é a plena felicidade.
Rejeitar a influência de sentimentos externos, que consideravam como sentimentos nocivos ao pleno exercício racional, por exemplo: paixão, luxúria, etc. tidos como vícios causadores de males que dificultam o homem na tomada de decisões de forma lógica e racional. É a tarefe do Prokopton.
PS: "Viático: provisão para viagem"
_____.
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