De alguns anos para cá, tenho acompanhado alguns textos disponíveis na rede, e
outros que recebo aqui, indicações enviadas por amigos, nos quais o
escritor Roger Scruton apresenta suas concepções
de mundo e filosofia. Em entrevistas e apresentações
disponíveis no Youtube, alguns desses vídeos usei e uso em aulas e
reuniões a que, porventura conversamos sobre tais temas. Aqui, após ter
lido mais um de seus livros; uma brevíssima introdução ao pensamento
kantiano: “Kant: a very short introduction”, lembrei-me de um
outro, também do mesmo escritor, que li há algum tempo e que, relendo durante a
pausa de hoje, anoto aqui: "A alma do mundo."
Hoje, porém, tive acesso a dois textos que não conhecia, com temas bem próximos entre si:
- um livro sobre “as colunas e comentários filosóficos e políticos de Roger Scruton, agora reunidos num só volume, editado por Mark Dooley, seu executor literário.”
- o outro,
interessou-me de imediato, exatamente, por fazer “um ataque
cerrado ao pós-modernismo e uma lúcida crítica da cultura pop
massificada[...].”
A CULTURA MODERNA
“Nesta obra polémica
desde o primeiro parágrafo, Roger Scruton apresenta uma defesa da
alta cultura contra os ataques do desconstrutivismo e demais correntes dos
chamados Estudos Culturais. Para o autor, toda a cultura tem raízes
religiosas e é manifestação do religioso, elemento civilizacional fundador. Scruton
vê na alta cultura o substituto da fé num mundo descrente como aquele a que
o Iluminismo deu lugar. Como outrora à fé, caberia à alta cultura dar
sentido à vida e constituir-se como a base de uma sociedade coesa.
Scruton faz ainda um
ataque cerrado ao pós-modernismo e uma lúcida crítica da cultura pop
massificada, apresentando um panegírico de Baudelaire, Wagner e T. S. Eliot, e
desautorizando figuras como Derrida e Foucault, na filosofia, ou Oasis, Nirvana
e The Prodigy, na cultura popular.”
CONTRA A CORRENTE
“A edição definitiva das
colunas e comentários filosóficos e políticos de Roger Scruton,
agora reunidos num só volume, editado por Mark Dooley, seu executor
literário.
Ao longo desta seleção,
lemos Scruton no seu melhor. Por todos estes textos perpassa a mestria da sua
prosa, só comparável à desenvoltura da sua veia polemista. Scruton escreve com
paixão e convicção sobre temas tão variados como o feminismo, o racismo, o
fascismo, Tony Blair, Jeremy Corbyn e Donald Trump, e visa todos aqueles que
desafiam o senso comum conservador em favor das falsidades liberais.”
Para saber mais. Assista, no YouTube: análise da obra: "A cultura moderna"
______.
CUNHA, Bruno. A gênese da ética em
Kant. São Paulo: Editora LiberArs, 2017.
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