terça-feira, 21 de junho de 2022

SCRUTON "CONTRA A CORRENTE": UMA CRÍTICA AO "DESCONSTRUTIVISMO NA "MODERNIDADE"


De alguns anos para cá, tenho acompanhado alguns textos disponíveis na rede, e outros que recebo aqui, indicações enviadas por amigos, nos quais o escritor Roger Scruton apresenta suas concepções de mundo e filosofia. Em entrevistas e apresentações disponíveis no Youtube, alguns desses vídeos usei e uso em aulas e reuniões a que, porventura conversamos sobre tais temas. Aqui, após ter lido mais um de seus livros; uma brevíssima introdução ao pensamento kantiano: “Kant: a very short introduction”, lembrei-me de um outro, também do mesmo escritor, que li há algum tempo e que, relendo durante a pausa de hoje, anoto aqui: "A alma do mundo."

Hoje, porém, tive acesso a dois textos que não conhecia, com temas bem próximos entre si: 

  1. um livro sobre “as colunas e comentários filosóficos e políticos de Roger Scruton, agora reunidos num só volume, editado por Mark Dooley, seu executor literário.”
  2. o outro, interessou-me de imediato, exatamente, por fazer “um ataque cerrado ao pós-modernismo e uma lúcida crítica da cultura pop massificada[...].”

A CULTURA MODERNA 

“Nesta obra polémica desde o primeiro parágrafo, Roger Scruton apresenta uma defesa da alta cultura contra os ataques do desconstrutivismo e demais correntes dos chamados Estudos Culturais. Para o autor, toda a cultura tem raízes religiosas e é manifestação do religioso, elemento civilizacional fundador. Scruton vê na alta cultura o substituto da fé num mundo descrente como aquele a que o Iluminismo deu lugar. Como outrora à fé, caberia à alta cultura dar sentido à vida e constituir-se como a base de uma sociedade coesa.

Scruton faz ainda um ataque cerrado ao pós-modernismo e uma lúcida crítica da cultura pop massificada, apresentando um panegírico de Baudelaire, Wagner e T. S. Eliot, e desautorizando figuras como Derrida e Foucault, na filosofia, ou Oasis, Nirvana e The Prodigy, na cultura popular.”

 CONTRA A CORRENTE

“A edição definitiva das colunas e comentários filosóficos e políticos de Roger Scruton, agora reunidos num só volume, editado por Mark Dooley, seu executor literário.

Ao longo desta seleção, lemos Scruton no seu melhor. Por todos estes textos perpassa a mestria da sua prosa, só comparável à desenvoltura da sua veia polemista. Scruton escreve com paixão e convicção sobre temas tão variados como o feminismo, o racismo, o fascismo, Tony Blair, Jeremy Corbyn e Donald Trump, e visa todos aqueles que desafiam o senso comum conservador em favor das falsidades liberais.”

Para saber mais. Assista, no YouTube: análise da obra: "A cultura moderna"

https://youtu.be/hgSALIVb_qw

______.

CUNHA, Bruno. A gênese da ética em Kant. São Paulo: Editora LiberArs, 2017.

ENGSTROM, Stephen. The Form of Practical Knowledge. Harvard University Press, 2009.

______. Aristotle, Kant and the stoics: rethinnking happiness and duty. Cambridge University Press; Edição: Reprint, 1998.

HABERMAS, Jürgen. O discurso filosófico da modernidade. Trad. por Luiz S. Répa; Rodnei Nascimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Discurso editoria: Barcarola, 2009.

______. Crítica da razão prática. Tradução Valerio Rohden. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2002.

______. Crítica da razão pura. Tradução Valerio Rohden e Udo Moosburguer. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

______. A religião nos limites da simples razão. Edições 70, Lisboa, 1992.

_______. Reflexionen zur MoralphilosophieIn: KANT, Immanuel. Kants Werke. Ed. Königlich Preussischen Akademie der Wissenschaften, Berlin, Georg Reimer, <Akademie Text-Ausgabe, Berlin,Walter de Gruyter & Co.>, vol. XIX, 1902 ss.

_______. Dissertação de 1770. Trad. Leonel R. Santos. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985.

_______. Crítica da faculdade do juízo. Trad.Valerio Rohden e António Marques. Rio de Janeiro: Forense Universitária.1993.

_______. Werkausgabe (ed.Wilhelm Weischedel). Frankfurt am Main: Suhrkamp, vol 8 (Die Metaphysik der Sitten), 1977.

______. Lições de ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Fedhaus. São Paulo: Editora Unesp, 2018.

______. Lições sobre a doutrina filosófica da religião. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.

______. Anthropology from a pragmatic point of view. Carbondale, III: Southern Illinois University Press. 1996. eBook., Base de dados: eBook Collection (EBSCOhost).

______. Antropologia de um ponto de vista pragmático. Trad. Clélia Aparecida Martins. São Paulo: Iluminuras, 2006.

PATON, H. J. Categorical Imperative. Universidade of Pensilvania Press, 1971.

RAWLS, John. Lectures on the history of moral philosophy. Cambridge, Massachusetts, Harvard University Press, 2000.

_________. História da Filosofia Moral. São Paulo: Martins 

SCRUTON, Roger. A cultura moderna. Lisboa: Edições 70, 2021.

______. Contra a corrente: as melhores colunas, críticas e comentários de Roger Scruton. Coimbra: Edições 70. (e-bookKindle), 2022.

______. Sobre a natureza humana. Lisboa: Gradiva, 2017.

______. Sobre a natureza humana. Rio de Janeiro, RJ: Record, 2020.

______. A alma do mundo. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record, 2017.

______. Kant: a very short introduction. New York: Oxford University Press, 2001. 

XAVIER, Leiserée Adriene Fritsch.  Kant a Freud: o imperativo categórico e o superego. José Ernani de Carvalho Pacheco (editor). Curitiba, PR:  Editora Juruá, 2009. 

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