Há pouco, relendo alguns trechos, numa pausa das leituras das obras de Kant e sobre Kant; estudando uma antiga tradução da obra “Religião nos limites da simples razão” soube que acabou de sair uma nova tradução que já acrescentei aqui para leitura assim que chegar (pedido feito).
Também, parei um pouquinho, para ler o anúncio de lançamento de uma outra obra, nova tradução também, do qual a editora da Associação Scientiæ Studia disponibilizou um capítulo que acabei de ler. Neste caso, trata-se da obra “Ciência e hipótese” de Henri Poincaré, que após encomenda espero receber em breve para iniciar a leitura da obra completa. Sobre Poincaré, após ter lido algumas de suas obras passei a me interessar mais pelo seu trabalho e acompanhar desde os "Ensaios fundamentais", "O valor da ciência" e “Últimos pensamentos”.
Há muito tempo tenho interesse por esta da obra de Poincaré que esteve esgotada por muito tempo, e eu conheci alguns trechos do original francês. Meu principal interesse é entender melhor "[...] sua defesa do caráter convencional da métrica do espaço físico, que se opõe à visão kantiana de um sintético a priori e à visão empirista de algo extraído da experiência".
Ou seja, dois Lançamentos recentes para leitura que farei, nas pausas da Oficina, assim que chegarem por aqui.
Segue abaixo um resumo da
obra:
“A ciência e a hipótese,
publicado em 1902, é o primeiro trabalho de Poincaré destinado a uma ampla
audiência. O livro proporciona uma visão coesa da concepção do autor sobre o
papel das hipóteses na ciência, em uma coleção de extratos de artigos
organizados em um único volume. Poincaré defende que, tanto na matemática como
na física, os cientistas se apoiam em hipóteses que não se enquadram nem como
primeiros princípios a priori, nem como enunciados a posteriori derivados
da experiência. Ele sugere que as hipóteses são convenções que não são
completamente arbitrárias, mas antes guiadas pela experiência, embora sua
adoção não seja exigida pela experiência. Um exemplo notável é sua defesa do
caráter convencional da métrica do espaço físico, que se opõe à visão kantiana
de um sintético a priori e à visão empirista de algo extraído da
experiência. Poincaré também destaca a estrutura hierárquica das ciências,
abordando primeiro as verdades lógicas e matemáticas, para depois considerar a
mecânica e as ciências empíricas que fazem uso da indução e da teoria das
probabilidades. Em resumo, A ciência e a hipótese oferece uma
análise profunda da estrutura e da natureza da ciência do início do séc. XX,
questionando pressupostos filosóficos estabelecidos e oferecendo uma
perspectiva atual sobre a construção do conhecimento científico.”
Prossigamos!
______.
KANT Immanuel. Textos pré-críticos. São Paulo: Editora Unesp, 2005.
______. Textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
______. Crítica da razão pura. Tradução Valerio Rohden e Udo Moosburguer. Coleção Os Pensadores. São Paulo,Abril Cultural, 1983.
______. Dissertação de 1770. De mundi sensibilis ataque inteligibilis forma et princípio. Akademie-Ausgabe. Acerca da forma e dos princípios do mundo sensível e inteligível. Trad. apres. e notas de Leonel Ribeiro dos Santos. Lisboa: Imprensa Casa da Moeda. FCSH da Universidade de Lisboa, 1985.
______. Prolegômenos a qualquer metafísica futura que possa apresentar-se como ciência. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2014)
______. Prolegômenos a toda metafísica futura. Lisboa: Edições 70, 1982.
POINCARÉ, Jules Henri. A
ciência e a hipótese. Trad. Andersno Nakano. Prefácio João Príncipe. São
Paulo Associação Scientiæ Studia, 2024.
______. O
valor da ciência. Rio de Janeiro, RJ: Editora Contraponto, 2007.
______. Ensaio
fundamentais. Rio de Janeiro, RJ: Editora Contraponto, 2008.
______. A
ciência e a hipótese. Brasília, DF: Unb, 1988.
______. Últimos pensamentos. Biguaçu, SC: Editora 93, 2023.
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