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Assim, diz Musônio Rufo a alguém que se sentia cansado e derrotado:
“Por que estás parado? Pelo que esperas? Que o próprio Deus, estando ao teu lado, dirija-te a palavra? Corta a parte morta da tua alma, e conhecerás Deus”. Trecho de uma comunicação preparada (enviada e foi aceita) para apresentação num evento sobre "estoicismo"!
Talvez, não seja um estoico, sabido que já tenho uma “filosofia de vida” bem definida a orientar-me, como sempre destaco aqui, mas revisitar as obras clássicas, é o desafio posto e mantido. Não dá para aceitar nem cogitar minimamente, as estapafúrdias propostas hodiernas.
Portanto,
"Nada desejo do passado. Já não conto com o futuro. O presente me basta. Sou um homem feliz porque renunciei à felicidade”.
(COMTE-SPONVILLE, André. In: "A felicidade desesperadamente.")
Uma pequena reflexão sobre o que se denomina "a busca da felicidade"; por aquilo que ainda não possuímos. Diz o autor que , geralmente, perdemos a oportunidade de sermos felizes no presente, sem nos atentarmos às coisas simples da vida, o que já está em nossas mãos. E, que a tão propalada "felicidade" não consiste em apenas amar e desejar o que está distante de nós. Que busquemos a "sabedoria" para interpretar o mundo em torno de nós e, se possível, refazer os caminhos.
Ressalte-se, em tempo, para que não se identifique pessimismo ou ceticismo "radicais" (postura de outrora; hoje superada), que hoje estou entre os que tem "fé no futuro".
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COMTE-SPONVILLE, André. Pequeno tratado das grandes virtudes. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
______. A felicidade, desesperadamente. São Paulo: Martins Fontes 2001.
FERRY, Luc. La vie heureuse: sagesses anciennes et spiritualité laïque. Paris: Editions L’Observatoire, 2022.
______. A vida feliz: sabedorias antigas e espiritualidade laica. Petrópolis, RJ: Vozes Nobilis, 2023.
Para saber mais sobre o tema:
DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.
EPICTETO. Entretiens. Livre I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.
______. Epictetus Discourses. Book I. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.
______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue)
______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.
EPICTETUS. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; Fragments; Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.
______. As diatribes de Epicteto, livro I. Tradução do grego, introdução e comentários Aldo Dinucci. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2020.
EPICURO. Carta sobre a felicidade: a Meneceu. São Paulo: Ed. Unesp, 1999.
ESPINOSA, Maria José Hernández. Epicuro e Séneca: leyendo Carta a Meneceo y La vida feliz. Publicacions de la Universitat de València, 2009.
HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.
HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
MAY, Rollo. O homem à procura de si mesmo. São Paulo: Ed. Círculo do livro, 1992.
KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). (O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro, ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Brasília, DF: Feb, 2013. (Q. 625; 907-912; 919-921 ).
LEBRUN, Gérard. O conceito de paixão. In: NOVAES, Adauto (org.). Os sentidos da paixão. São Paulo: Cia. das Letras, 1987.
MARCO AURÉLIO. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
______. Meditações. São Paulo: Penguim/Companhia das Letras, 2023.
SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.
______. Da tranquilidade da alma. (precedido de "Da vida retirada", seguido de "Da felicidade". Porto Alegre, RS: L&PM, 2009.
______. Vida Feliz. 2. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.
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