quinta-feira, 26 de outubro de 2017

ÉTICA E EXISTÊNCIA EM JANKÉLÉVITCH E BERGSON

Uma grande questão filosófica: o tempo; está presente em vários autores, desde a Antiguidade até os dias de hoje. Recentemente, me surpreendi com a maneira que os autores abaixo anotados trataram a questão. Sob diversos modos de ver a obra deles e mantendo o foco temático levado a cabo aqui nessa página, incluí nas minhas leituras, essas obras, as suas reflexões.
Entre outros motivos, a surpresa recente ficou por conta do meu contato inicial com a obra de Vladimir Jankélévitch (inclusive escreveu uma obra sobre a música). Seus textos, por apontarem na direção de questões e problemas que Sócrates e Platão, entre outros, já tinham estudado e apresentado profundas reflexões, coam as quais já estou aprendendo muito. Alguns temas como a “realização da felicidade humana”, o passado, o presente o futuro, a imortalidade, todos tendo por base o tempo.
Interessei-me de pronto pela obra na medida em que recoloca essas questões no terreno da busca por uma “origem” da filosofia e seu principal objetivo. 
E, isso, na obra de Jankélévitch é assumido como “paradoxo” visto que na filosofia, as respostas até aqui tem sido insatisfatórias ou provisórias, uma vez que na história humana sempre retornam as mesmas perguntas. Daí o desejo permanente de revermos o passado para renovar as esperanças no presente para um futuro. O tempo como instância máxima das realizações humanas.
É nesse sentido que a filosofia apresenta-se como ferramenta para novos embates e revisão das respostas e proposição de novas ou as mesmas perguntas. Bergson faz-se presente na sua obra e fornece alguns elementos para novos enfrentamentos existenciais. Portanto, uma obra repleta de importante tarefa na discussão sobre a “ética e a existência” (inclusive tendo publicado um livro sobre este filósofo)

"Os verdadeiros mistérios não são aqueles nos quais mergulhamos cada vez mais por um aprofundamento dialético, mas os que se mantêm inteiros em sua efetividade pura" (Jankélévitch)

Outro fator importante que me levou a ampliar, doravante, o meu contato com a obra é sua leitura da filosofia de Kant, em associação com as ideias de Bergson sobre o problema da noção de tempo. O que também se encontra nestas concepções bergsonianas é um retorno aos antigos para ali identificar o problema que foi herdado de uma tradição que pode ser contada desde de Parmênides, Zenão e outros antigos. Uma das obras de Henri Bergson a ser estudada juntamente com Jankélévitch será "Ensaio sobre os dados imediatos da consciência."

1.  2.   3. 4. 


1. "
'Curso de Filosofia Moral' de Vladimir Jankélévitch foi originalmente ministrado na Universidade Livre de Bruxelas em 1962. Nele Jankélévitch mostra-se muito didático e não hesita em fazer referências precisas e numerosas à história da filosofia. Nem por isso abandona seus temas prediletos. A singularidade e o interesse desse curso, em que o professor e o filósofo da moral se encontram, residem precisamente no cruzamento dessas duas ?linhas? de pensamento."

2. "Para Jankélévitch, a filosofia moral - que é o primeiro problema da filosofia - se apresenta ao pensador que se aventurar a pensar a moral como o cúmulo da ambigüidade e do inapreensível. Ao invés de apresentar mais um tratado de filosofia moral, o autor extrai e expõe a infinita cadeia de contradições e paradoxos que habitam a consciência do homem; ele não atribui soluções ao impasse em que estas contradições nos colocam, mas nos incita a submergir na ação e a viver com clareza até o final esta tensão inevitável entra a entrega (o amor) e o egoísmo (o ser) e entre o dever e o direito. 'O Paradoxo da Moral', um dos últimos livros do autor, propõe uma reflexão que é contrária a toda idéia preconcebida e que tira o equilíbrio e desconcerta o incauto ou o desprevenido, que, logo no início, perde de vista o mundo granítico das verdades predeterminadas".

3. Der Tod. "Por que a 'morte' de uma pessoa é sempre um tipo de escândalo? Por que esse evento tão normal suscita curiosidade e horror entre os que são testemunhas? Como é que você não se acostumou há muito tempo a esse acontecimento natural, mas sempre acidental? Em seu principal trabalho filosófico, Vladimir Jankélévitch analisa o evento da morte em toda a sua banalidade e estranheza, em sua inconsistência e também no contexto das complexas interpretações que a morte experimentou na história da filosofia."

4. "Ensaio Sobre os Dados Imediatos da Consciência" apresenta os fundamentos da doutrina bergsoniana da duração e tem por objetivo ajudar o leitor a compreender a visão que o filósofo tinha do intelecto como força aglutinadora do pensamento.

Fonte (sinopse das obras): Amazon; Editora Martins Fontes; Livraria Cultura. 


domingo, 22 de outubro de 2017

A CIDADELA: DRAMA DAS ESCOLHAS ÉTICAS



Em 1994, trabalhando numa livraria, num determinado dia como este, chuvoso, mas numa segunda-feira, chega um cliente a procura de um livro à época esgotado. Chamou-me à atenção o assunto sobre o qual a obra tratava, meu interesse desde aquela época. Posteriormente, descobri ter sido transformado em filme. Procurei muito pelo livro, sem sucesso durante alguns anos. Em 2008, saiu uma reedição (de bolso) que publico aqui. Claro que, logo ao ter acesso cuidei de ler imediatamente... Livro bom. Segue abaixo a sinopse do livro e o trailer do filme. Reli no mês que se passou. Ainda que se trate de um romance, foi uma excelente oportunidade de pensar sobre o tema.

E, enquanto hoje preparo uma resenha sobre uma tradução lançada recentemente de um livro de Hans Jonas, ainda na temática da dissertação, que estou revendo, e mantendo a linha do "blog", faço este “post”. 

"A cidadela: um clássico sobre a medicina do início do século XX.


“Romance que consagrou Cronin no mundo literário. A cidadela marcou época ao ser transformado em filme por King Vidor. O escocês Archibald Joseph Cronin era médico e membro do Royal College of Physicians. respeitada associação da classe médica no Reino Unido. O autor descreve as condições de trabalho do início do século XX e relata de um modo estarrecedor as dificuldades e tragédias ocorridas nas minas de carvão inglesas. O protagonista é o jovem médico Andrew Manson. que inicia sua prática profissional numa pequena aldeia do País de Gales. Drineffy. Dr. Manson dedica-se de forma intensa aos seus doentes. pondo em prática todo o idealismo de um jovem médico. Casa-se com a professora Christine Barlow. e mais tarde o casal parte para Londres. Na cidade grande. Andrew entra em contato com a classe médica conceituada que atende exclusivamente aos mais ricos. O texto de Cronin evidencia o drama das escolhas éticas na prática da medicina. Um tema ainda muito atual: o confronto entre integridade profissional e as tentações materialistas."

______.
CRONIN, Archibald Joseph. A cidadela. Rio de Janeiro: BestBolso, 2008.
Trailer do filme: "A cidadela" - "The Citadel" (1938)

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

POR UM MODELO NÃO MATERIALISTA DE CIÊNCIA


Sem fugir jamais dos temas que tenho estudado e comentado aqui, hoje o tema, de enormes implicações filosóficas e éticas; que destaco, partindo das notícias que nos chegam através das publicações de resultados nas ciências, como tem sido, é um texto apresentado como "manifesto por uma ciência pós-materialista".
A ciência, como já se sabe, desde que surgiu na era moderna, tem avançado e são inúmeras as conquistas na área. São perceptíveis na sua evolução várias conquistas e tem se somado um número crescente de evidências empíricas. O que se espera com o avanço cada vez maior nas pesquisas, melhorias de recursos e novas "descobertas" e abordagens é que seja um campo em que predomine o debate aberto, sem intransigências. O que aparece no texto e parafraseio aqui são estas evidências de maior ou menor repercussão. Algumas do início do século XX são bastante significativas. O que o “manifesto” (palavra, aliás, que não me agrada) que li há algum tempo atrás discute é a necessidade compreensão das pesquisas atuais, seus avanços, suas constatações e revisão de alguns percursos a serem retomados e repensados no sentido de destacar uma transição que alguns já defendem e assinam o documento. O foco fundamental nessa revisão que o manifesto propõe está, portanto, na discussão do modelo materialista de ciência que é a tônica dominante, mas que não consegue explicações para alguns avanços e novos achados empíricos no domínio da consciência e da espiritualidade, por exemplo. Alguns desses autores, tenho estudado; procurando entender o que eles trazem de novidade e postado aqui brevíssimas resenhas a partir do que li e estou lendo e relendo o tempo todo.
O “Manifesto para uma Ciência Pós-Materislista” foi assinado por estudiosos e pesquisadores contemporâneos na tentativa de abertura de debate sobre uma nova visão científica que emerge das pesquisas. Segue abaixo o texto:

"Manifesto for a Post-Materialist Science":

sábado, 14 de outubro de 2017

AS QUATRO VIRTUDES DO MUNDO CLÁSSICO

Da tradição estóica: "As Quatro Virtudes do mundo clássico"; anotadas por um amigo que tem se especializado em "estoicismo". Fica bem claro que "muito pouco é preciso para criar boas comunidades humanas. Mas este 'muito pouco' é indispensável."
E, pensar isso associado a uma filosofia perene é fundamental, como como a Filosofia deve ser.












"The Four Virtues of the Classical world. Very little is needed in order to raise good human communities. But this 'very little' is indispensable."

"As Quatro Virtudes do mundo clássico. Muito pouco é preciso para criar boas comunidades humanas. Mas este 'muito pouco' é indispensável".

"Четыре добродетели классического мира. Совсем немного требуется, чтобы воспитать хорошие общества. Но без этого «немного» не обойтись."

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

TÉCNICA, MEDICINA E ÉTICA: SOBRE A PRÁTICA DO PRINCÍPIO RESPONSABILIDADE

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Do que ainda preservo das leituras para pesquisa realizada até 2012, considerando-se que alterei totalmente minha forma de estudar a questão e por ter abandonado totalmente os referenciais usados àquela época, busquei com a leitura dessa obra, entender aquele mesmo cenário tecnológico que me levou à pesquisa que redirecionei para outros flancos. Tal cenário tecnológico, bom que se diga, no qual está inserido o curso da humanidade e, se mal-conduzida tende a alterar drasticamente a ordem das coisas, é essa preocupação que fez com que Hans Jonas nos advertisse para questão. Pois:

“a técnica avança sobre tudo o que diz respeito aos homens – vida e morte, pensamento e sentimento, ação e padecimento, ambiente e coisas, desejos e destino, presente e futuro – em resumo, dado que ela se converteu em um problema tanto central quanto premente de toda a existência humana sobre a terra, já é um assunto de filosofia e é preciso que exista alguma coisa como uma filosofia da tecnologia”

Evidente a preocupação de Hans Jonas com o impacto da técnica moderna; tanto do ponto de vista própria existência humana quanto para a biosfera que o circunda. Hans Jonas discute algumas questões com as quais devemos nos inquietar e aprofundar:
  1. Como foi que a tecnologia se tornou-se o destino da civilização contemporâne?
  2. Por que a técnica moderna é um problema filosófico?
  3. Como a tecnologia levanta um problema ético?
  4. Seria a tecnologia eticamente neutra?
Hans Jonas, assim, discute a reelaboração de um novo princípio ético que seja capaz de reorientar a ação dos homens no mundo atual a partir da compreensão do fenômeno da técnica que, para ele é a condição de possibilidade para uma formulação ética ontologicamente fundamentada. Hans Jonas, portanto, discute a necessidade de compreendermos a questão e desenvolvermos uma filosofia da tecnologia, que ele já tinha discutido desde seu ensaio de 1959 “The Pratical Uses of Theory”.

Livro: 
"Técnica, Medicina e Ética: sobre a prática do princípio responsabilidade". São Paulo: Paulus, 2013. (Ethos) 


"Ao resgatar filosoficamente o tema da vida, apoiado nos dados das ciências biológicas, o autor aponta os desafios e as ameaças contemporâneas lançadas pela técnica, diante dos quais seria preciso formular novos critérios éticos, visto que os modelos tradicionais já não dão conta da nova realidade. O tema central da obra é o fato de que a técnica transformou o homem em seu objeto. De sujeito da tecnologia, os avanços no campo da medicina e da moderna biotecnologia fizeram do ser humano um objeto, ou seja, uma espécie de artefato.Quais as consequências disso no campo ético, e quais as novas experiências e obrigações daí advindas? Até onde podem ir os experimentos com seres humanos? O que restará ainda da imagem do homem caso a técnica melhorativa realizar seu projeto utópico? Em que consiste o fato, ontológica e eticamente falando, de que o homem tenha se habilitado a "refabricar inventivamente" a si mesmo? Eis alguns dos problemas tão graves e urgentes quanto polêmicos que Hans Jonas enfrenta nesta obra."

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

A ÉTICA NA OBRA DE FICHTE

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A obra oferece uma visão do período final da carreira de Fichte. É um conjunto de palestras de Fichte sobre ética em que ele apresentou, à época, alguns dos principais conceitos e questões do seu sistema estruturado no idealismo. Discute elementos sobre a "teoria moral", sobre a "educação", sua ideia de "filosofia da história" e sobre a "filosofia da religião", focado em discussões com grandes pensadores como Kant, Schelling e Hegel.
Abaixo: dois textos sobre a obra de Johann Gottlieb Fichte, de 1812, em que apresenta discute a teoria da Ética:

1. "J. G. Fichte: Lectures on the Theory of Ethics (1812)":

2. "The first phenomenologist?":


terça-feira, 10 de outubro de 2017

ENTRE KANT E HEGEL: I SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE FILOSOFIA CLÁSSICAALEMÃ DA UFJF"

Nenhum texto alternativo automático disponível.

"[...]

I Seminário nacional sobre filosofia clássica alemã da UFJFO evento busca congregar estudiosos de interesses diversos no grande campo da filosofia alemã entre Kant e Hegel, incluindo possíveis comunicações sobre desdobramentos ou tradições discipulares historicamente próximos, além de uma mesa de debate sobre o legado de longo prazo da Filosofia Clássica Alemã. O programa de pós-graduação em filosofia da UFJF pretende, neste que é seu primeiro evento, estabelecer contatos, celebrar a pesquisa e estimular o interesse no pensamento clássico germânico através do debate sobre diferentes autores e sobre o fio condutor que os aproxima em um movimento filosófico comum."


Organização
Núcleo de Pesquisas sobre Filosofia Clássica Alemã (NUFCAL)
Programa de Pós-graduação em Filosofia da UFJF
Centro Acadêmico de Filosofia da UFJF
Cronograma
10 de novembro – Data limite para a submissão de resumos e inscrição de comunicadores
21 de novembro – Data limite para inscrições de ouvinte"

domingo, 8 de outubro de 2017

FILOSOFIA DA NATUREZA HUMANA: AINDA A RELAÇÃO MENTE-CORPO

Uma recente "descoberta" enquanto fazia um levantamento bibliográfico. Uma reflexão sobre filosofia da natureza humana, ainda uma forte relação com um dos temas que estudo e adiciono aqui enquanto levo em frente as leituras. Aqui, uma pesquisadora que aproxima, como de certa forma me agrada, a Filosofia e a Medicina associadas às investigações metafísicas. Enfim uma excelente oportunidade para mais estudos. Trata-se de Raphaële Andrault
Meu interesse pela obra foi acionado imediatamente. Vários temas temas em que ela trabalha, com certeza, me trarão reflexões interessantíssimas. Seu trabalho de pesquisa está centrado num amplo diálogo entre  filosofia e ciência (e conhecimento sobre o corpo nos tempos modernos). Investiga com formulação de questões históricas com enfoque sobre o processo de construção dos fatos empíricos, ou seja, a maneira como cada época, forma um consenso a partir do que se observa com as experiências. Para coletar esse material, ela tem recorrido aos textos de filosofia, aos estudos sobre experimentos e técnicas médicas, às informações buscadas na história natural. Tendo publicado e discutido suas pesquisa por meio de periódicos e livros publicados, dos quais apresento abaixo. O foco principal à medida que busca compreender o homem e seu organismo está relaciona à aspectos psicofísico que ele retoma e aprofunda a partir dos século XVII e VIII.

Abaixo, alguns tópicos gerais da sua pesquisa:

a) Filósofos: Spinoza e Leibniz.
b) Psicofísica (nessa área, ocupa-se em estudar a "localização cerebral" para  sensação, memória e a  atenção. Tem buscado, nesse campo, investigar a questão da Dor.
c) Insere reflexões sobre "Teologia física".
d) Toda a pesquisa, porta, entrelaçando os temas da Vida, seus mecanismos de funcionamento enquanto "organismo"


1.Médecine et philosophie de la nature humaine de l’âge classique aux Lumières. Anthologie 2. Cover for 

The Life Sciences in Early Modern Philosophy

1. "Médecine et philosophie de la nature humaine de l’âge classique aux Lumières Anthologie"


A Medicina e a Filosofia da natureza humana desde a era clássica até o Iluminismo: Antologia. O livro mostra como se daria essa aproximação, entre a era clássica e o Iluminismo. Filósofos e médicos contribuíram para a gênese da antropologia, Anatomia, Fsiologia e Patologia  contribuindo, em grande parte, para o funcionamento da "descentralização" do homem, um conceito amplo ... 



2. "The Life Sciences in Early Modern Philosophy"


1. Introduction: Ohad Nachtomy and Justin E. H. Smith
I. The Nature of Living Beings
2. Ohad Nachtomy, "What's Infinity Got to Do with Life? The Role of Infinity in Leibniz's Theory of Living Beings"
3. Raphaële Andrault, "What Is Life? A Comparative Study of Ralph Cudworth and Nehemiah Grew"
4. Thomas Teufel, "The Impossibility of a Newton of the Blade of Grass in Kant's Teleology"
II. The Structure of Living Beings
5. Peter Distelzweig, "Fabricius' Galeno-Aristotelian Teleomechanics of Muscle Anatomy"
6. Anne-Lise Rey, "Metaphysical Problems in Francis Glisson's Irritability Theory"
7. François Duchesneau, "'Organism' in the Leibniz-Stahl Controversy"
III. The Generation of Living Beings
8. Andreas Blank, "Material Causes and Incomplete Entities in Gallego de la Serna's Theory of Animal Generation"
9. Karen Detlefsen, "Biology and Theology in Malebranche's Theory of Organic Generation"
10. Catherine Abou-Nemeh, "Réaumur's Crayfish Experiment in Hartsoeker's Système: Regeneration and the Limits of Mechanism"
11. Charles T. Wolfe, "Epigenesis as Spinozism in Diderot's Biological Project"
IV. The Order of the Living World
12. Lea F. Schweitz, "On the Continuity of Nature and the Uniqueness of Human Life in G. W. Leibniz"
13. Brian W. Ogilvie, "Orders of Insects: Insect Species and Metamorphosis between Renaissance and Enlightenment"

3. VÍDEO ... sobre Leibniz

https://www.youtube.com/watch?v=-Gk3VvVefVo

______.
Raphaële Andrault:
(Chargée de recherche)




XV JORNADA INTERNACIONAL DE ESTUDOS DE KIERKEGAARD - 2017

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SOBRESKI - SOCIEDADE BRASLEIRA DE ESTUDOS DE KIERKEGAARD

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO:

http://www.sobreski.com.br/wp-content/uploads/2017/10/PROGRAMA%C3%87%C3%83O_sobreski_oficial.pdf

domingo, 1 de outubro de 2017

UMA QUESTÃO AINDA DECORRENTE DO "PROBLEMA MENTE-CORPO"

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Desde a publicação de seu livro The Conscious Mind, David Chalmers tem defendido a ideia de que estamos mais convencidos da existência da nossa experiência consciente e pouco sabemos ainda além disso, no entanto, o que sabemos não nos autoriza uma adoção de abordagens reducionistas da consciência como conclusivas. David Chalmers em seus livros tem discutido e tende a rejeitar o materialismo (apesar do seu "argumento dos zumbis"). Ao fazê-lo, segue defendendo a tese de que a consciência, mesmo entendida como experiência consciente, tem elementos de uma propriedade "não-física" do mundo. O que resulta de seus livros em que discute tais questões é o que ele chama de “dualismo naturalista”. Tendo há algum tempo adentrado por esse caminho, estou acompanhando o percurso teórico de seus argumentos para melhor compreensão. A partir da ideia, que me agrada desde muito tempo, estou fazendo uma leitura no sentido de uma “reconstrução” do percurso que ele desenhou. Chalmers tem sido criticado por autores adeptos do “reducionismo” e materialistas. Com a leitura das obras pretendo compreender esses argumentos e pensar uma alternativa às propostas materialistas. Tenho inicialmente a tendência em não aceitar as teses materialistas. A ideia é estudar e aprofundar argumentos que demonstrem que o argumento do materialismo é falso. A estas acrescento releituras de obras clássicas, como sempre meu ponto de partida e de chegada. 


1. CHALMERS, David. Philosophy of mind: classical and contemporary readings. Oxford: OUP, 2002.
"[...] Antologia de artigos na filosofia da mente, Filosofia da mente: Leituras clássicas e contemporâneas foi publicada pela Oxford University Press em 2002. Esta é uma coleção abrangente que pode ser usada em cursos universitários em todos os níveis (introdutório, graduação avançada, pós-graduação) . O volume concentra-se em questões fundamentais sobre a metafísica da mente, consciência e conteúdo mental." (680 p.)

2. CHALMERS, The councious mind: the Conscious Mind in Search of a Fundamental Theory. Oxford: OUP, 1997. (432p.)
"Este livro foi publicado com Oxford University Press em abril de 1996. [...] dissertação de Ph. D. na Universidade de Indiana (1993), e foi revisado em um livro, adicionando alguns novos capítulos, apertando os argumentos e tornando-o mais acessível. O livro é um estudo ampliado sobre o problema da consciência. Depois de configurar o problema, argumento que a explicação redutora da consciência é impossível e que, se alguém toma a consciência a sério, é preciso ir além de uma estrutura materialista rigorosa. Na segunda metade do livro, mudo para uma teoria positiva da consciência com leis fundamentais ligando o físico e o experiencial de forma sistemática. Finalmente, uso as idéias e os argumentos desenvolvidos anteriormente para defender uma forma de inteligência artificial forte e para analisar alguns problemas nos fundamentos da mecânica quântica. O site inclui um índice, a introdução e algumas análises, entre outras coisas."
______.
Fonte:  consc.net

REFLEXÃO VESPERTINA CLVIII: ESTOICISMO

Foi essa a Reflexão Vespertina de hoje, terminada há pouco, ler ainda é possível! " O objetivo da filosofia consiste em dar forma e est...