quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

VII ENCONTRO DE BIOÉTICA – 2019



"O VII Encontro de Bioética da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), a ser realizado entre os dias 6 e 9 de maio de 2019, tem por objetivo divulgar a produção científica de pesquisadores (docentes e discentes) e estabelecer o diálogo entre pares, privilegiando uma reflexão bioética sobre temas persistentes e emergentes.
Iniciativa do Grupo de Pesquisa em Ética e Bioética (GPEB/CNPq), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação, Arte e História da Cultura e ao curso de Filosofia do Centro de Educação, Filosofia e Teologia (CEFT) da UPM, o evento pretende integrar esforços com o intuito de promover um amplo debate sobre vários aspectos que cabem à reflexão bioética.
O encontro pretende contribuir para a divulgação da produção científica nas áreas de Ética e Bioética, proporcionando também um diálogo interdisciplinar entre alunos da graduação, da pós-graduação, pesquisadores e profissionais de várias áreas do saber (Filosofia, Ciências Biológicas e da Saúde, Sociologia, Educação, Direito, Medicina, Psicologia, entre outros), mantendo o caráter plural da Bioética. Pretende também contribuir para a fundamentação teórico-filosófica da Bioética e para a sua aplicação em pesquisas, reconhecendo o potencial da Bioética como um importante instrumento metodológico de caráter reflexivo.
Além da divulgação da produção científica na área de Bioética, por meio de Comunicações Orais, Mesas Redondas e Palestras, o evento permitirá parcerias entre grupos de pesquisadores, com vistas à em melhoria da qualidade da produção científica em Bioética.
Nesta edição, o encontro conta com a parceria da Sociedade Bioética de São Paulo. Além disso, contaremos com a presença da Profª Drª Laura Bishop, do Kennedy Institute of Ethics, considerado como um dos mais prestigiados e tradicionais institutos de Bioética do mundo. Criado em 1971 na Georgetown University, o KIE tem recebido pesquisadores do mundo todo, consolidando-se assim como um centro de alta referência na formação de pesquisadores na área de bioética."

Link do evento:
https://www.mackenzie.br/eventos/universidade/simposios/encontro-de-bioetica/



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

CONUPES 2019: PESQUISA EM ESPIRITUALIDADE E SAÚDE.

Nenhuma descrição de foto disponível.   

Sobre o Congresso

"As crenças e práticas religiosas e espirituais realmente impactam a saúde física, mental e o bem-estar? Como realizar pesquisas de qualidade sobre o tema? É com o intuito de contribuir para responder a essas perguntas que o Núcleo de Pesquisa em Saúde e Espiritualidade da Universidade Federal de Juiz de Fora (Nupes-UFJF) desenvolve o 2º Congresso Internacional de Saúde e Espiritualidade do Nupes.

Desafios na Pesquisa em Espiritualidade e Saúde. Esse é o tema do Conupes 2019, que vai reunir os principais pesquisadores do país, para troca de experiências e aprimoramento de conhecimentos sobre o tema.

Atualmente, o Brasil é o quinto maior produtor de pesquisa sobre saúde e espiritualidade, no mundo. Uma maturidade científica que permite contar com nomes que hoje são referência internacional na investigação de questões dessa natureza. E o que é igualmente relevante: o número de publicações está crescendo incessantemente.

Tyler VanderWeele, professor titular de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade de Harvard e referência mundial em pesquisas sobre saúde e espiritualidade já está confirmado. Ele virá ao Brasil, exclusivamente para o congresso, e abordará duas de suas principais linhas de estudo: método para investigar as relações causais de espiritualidade sobre a saúde e para fazer avançar a ciência da felicidade e do florescimento humano. Ele é autor do maior e melhor estudo já realizado sobre o impacto da religiosidade nas taxas de suicídio, em que investigou quase 90 mil pessoas durante 14 anos.

A programação vai contemplar desde os pesquisadores iniciantes até os mais experientes, atendendo também os anseios daqueles que planejam dar os primeiros passos no segmento de pesquisa científica.

O congresso irá contar com conferências, mesas redondas e três minicursos, sendo um básico e outro avançado sobre “Pesquisa em Espiritualidade em Saúde”, e um a respeito de “Pesquisa em Experiência Espiritual e Relação Mente-Cérebro”. Além, é claro, do espaço para apresentação de pôsteres."

(Grifos meus)


terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

VIDA FELIZ SEGUNDO O ESTOICISMO

Stoic Happiness: Seneca ‘On the Happy Life’ (Stoicism in Plain English Book 9) (English Edition) por [Chakrapani, Chuck]


Adverte Sêneca:

"Quer saber qual é a coisa que com maior empenho deves evitar? A multidão!"

1.

[...]
"Refugia-te em ti próprio quanto puderes; dá-te com aqueles que te possam tornar melhor, convive com aqueles que tu possas tornar melhores. Há que usar de reciprocidade: enquanto se ensina aprende-se também. Por vão desejo de tornares conhecido o teu talento não deves misturar-te com o público a ponto de desejares fazer leituras ou participar em debates. Aconselhar-te-ia a fazê-lo se tivesses mercadoria adequada a esta gente; mas entre ela não há quem pudesse entender-te. É possível que casualmente apareça um ou outro de cuja formação e educação te devas encarregar até o elevares ao teu nível. “Mas então, em proveito de quem estudei eu?” Não tenhas receio: se tiveres estudado em teu proveito não terás perdido tempo.

[...]

Estes pensamentos, caro Lucílio, tens que interiorizá-los, para reprimir o prazer oriundo do aplauso da multidão. Quando muitos te cobrirem de louvores, verifica se ainda tens motivo de agrado ante ti próprio, já que és homem que muitos possam entender! Os teus autênticos bens são apenas do foro íntimo."
______.
(SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, Livro I, Carta 7; 1, 8 e 12, 2014).
...
2. Grande representante do Estoicismo; Sêneca estava preocupado com a aplicação da filosofia à vida cotidiana. Em como podemos tirar proveito do estoicismo para nosso crescimento pessoal, para que possamos viver felizes, sem medo e pacificamente. Para que tenhamos forças em enfrentar os reveses da vida, as tristezas. Neste livro, dirigido a seu irmão, Sêneca aborda os temas abaixo:

  • Quais são os conceitos básicos de felicidade?
  • 'Qual é o caminho para a felicidade”
  • Como usar prazer e não ser usado por ele?
  • Por que devemos ignorar as críticas e buscar a virtude?
  • Como aproveitar a riqueza que pode surgir em nosso caminho e não ser um escravo dela?
  • Como entender a nós mesmos?


O estoicismo oferece uma maneira para abordagem da felicidade e Sêneca aqui, é uma excelente oportunidade de reflexão.
O autor, Chuck Chakrapani*, apresenta os temas de maneira bem didática e bastante acessível.
(Grifos são meus)
.....

*“If you want to be happy, don't follow the crowd,” warns Seneca, one of the best exponents of Stoicism.Seneca was concerned about applying Stoicism to everyday life. How to make Stoicism work for us, so we can live happily, fearlessly, and peacefully?In this short book addressed to his brother, Seneca addresses the problem of happiness.* What are the basics of happiness?* What is the path to happiness?* How to use pleasure and not be used by it?* Why should we ignore criticism and pursue virtue?* How to enjoy wealth that comes our way and not be a slave to it?* How to understand ourselves?Stoicism offers a way to happiness and we can have no better guide than Seneca.In this Plain English rendition of Senecca's classic treatise on happiness, Chuck Chakrapani makes ancient philosophy both current and accessible for modern readers."



sábado, 16 de fevereiro de 2019

REFLEXÃO MATINAL XXV: PERSCRUTAR A MEMÓRIA

Resultado de imagem para arvores bancos



Foi essa a reflexão da manhã de hoje. Um texto que também serviu para rememorar um dia ... "inefável":

Sobre a brevidade da vida Sêneca


“Não temos exatamente uma vida curta, mas desperdiçamos uma grande parte dela. A vida se bem empregada, é suficientemente longa e nos foi dada com muita generosidade para a realização de importantes tarefas. Ao contrário, se desperdiçada no luxo e na indiferença, se nenhuma obra é concretizada, por fim, se não se respeita nenhum valor, não realizamos aquilo que deveríamos realizar, sentimos que ela realmente se esvai.

Perscruta a tua memória: 
  • Quando atingiste um objetivo?
  • Quantas vezes o dia transcorreu conforme o planejado? 
  • Quando usaste seu tempo contigo mesmo?
  • Quanto mantiveste uma boa aparência, o espírito tranquilo?
  • Quantas obras fizeste para ti com um tempo tão longo? 
  • Quantos não esbanjaram a tua vida sem que notasses o que estavas perdendo? 
  • O quanto de tua existência não foi retirado pelos sofrimentos sem necessidade, tolos contentamentos, paixões ávidas, conversas inúteis, e quão pouco te restou do que era teu? 
Compreenderás que morres cedo.

Se pudéssemos apresentar a cada um a conta dos anos futuros, da mesma forma que se faz com os que já passaram, como tremeriam aqueles que vissem restar-lhe poucos anos e como os economizariam! Pois, se é fácil administrar o que, embora pouco, é certo, deve-se conservar com muito cuidado o que não se pode saber quando acabará.

A expectativa é o maior impedimento para viver: leva-nos para o amanhã e faz com que se perca o presente. Daquilo que depende do destino, abres mão; do que depende de ti, deixas fugir. Para onde voltas, para o que te dedicas? Todas as coisas que virão jazem na incerteza: vive daqui para diante.

Muito breve e agitada é a vida daqueles que esquecem o passado, negligenciam o presente e temem o futuro. Quando chegam ao fim, os coitados entendem, muito tarde, que estiveram ocupados fazendo nada.

De fato, tudo aquilo que vem por acaso é instável, e o mais alto se eleva, mais facilmente cai. Ora, a ninguém as coisas decaídas causam deleite, É, portanto, evidente que seja não apenas muito curta, mas também muito infeliz a vida daqueles que a preparam com grande trabalho e que só podem conservar com esforços maiores ainda. Adquirem pessoalmente aquilo que desejam, possuem com apreensão o que adquiriram. Enquanto isso, não se dão conta do tempo que não voltará, novas preocupações substituem as antigas, uma esperança realizada faz nascer outra esperança, a ambição provoca a ambição.

Nunca faltarão motivos, felizes ou infelizes, para a preocupação. A vida ocorrerá através das ocupações; nunca o ócio será obtido, sempre desejado.”

______.
SÊNECA, Lúcio Aneu. Sobre a brevidade da vida. Porto Alegre, RS: L&PM, 2007.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

REVISTA PHILOSOPHICA: CRUZAMENTO ENTRE FILOSOFIA E MEDICINA



“Um novo número da revista Philosophica (52, 2018) já está disponível!
Este número foi organizado em torno do cruzamento entre Filosofia e Medicina, focando-se nas questões da dor e do sofrimento e inserindo-se no debate atual e mais alargado das Humanidades Médicas.”


Do Editorial:

"Uma dificuldade inicial era determinar e explicar o “objecto” (de que falamos?) sem incorrer em mais um afrontoso enxame de palavras. Concluímos que para tal era preferível dar voz – na variedade das perspectivas – a quem se dedica ou dedicou profissionalmente a tratar doentes com dores físicas e/ou morais inauditas. E convidar eticistas de origem e vivência filosófica para introduzir aspectos das problemáticas actuais e argumentos robustos e/ou cogentes sobre a dolência e a dor."

Link: 
http://revistaphilosophica.weebly.com/?fbclid=IwAR1JAyiQDcvspMRflbDgBJbkqZ1Mfy7B-6RzdLbdPR3lZAjaDo7EpV-tNJk

FILOSOFIA ALEMÃ: PERSPECTIVAS ANTROPOLÓGICAS

A imagem pode conter: céu e texto


"Lançado em 2015, 'Filosofia Alemã: perspectivas antropológicas' reúne textos sobre pensadores da filosofia alemã moderna e contemporânea, com estudos sobre educação, vontade, natureza e ser humano."
...
“O presente livro reúne textos sobre a filosofia alemã moderna e contemporânea, publicados nos últimos cinco anos.  O texto Educação estética e vida ética em Friedrich Schiller procura apresentar o tema central das Cartas sobre a educação estética da humanidade. Para evitar a decadência da cultura e seu barbarismo, Schiller defende uma ideia de ser humano pensado a partir da relação entre razão e sensibilidade. As Cartas concebem a formação moral fundada na educação estética. Essa compreensão favoreceria o desenvolvimento da humanidade em todas as suas potencialidades. [...]” (Trecho da apresentação da obra)

Link:


https://www.editorafi.org/46rafael?fbclid=IwAR2aasKbixFB5a1k4OHt_EONfnYLRwkZrZ2nDjx0KxZFVSyX0-37WRE1CvM


domingo, 10 de fevereiro de 2019

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

"AUTOGOVERNAR-SE" NAS MEDITAÇÕES DE MARCO AURÉLIO


 Meditations: with selected correspondence (Oxford World's Classics) (English Edition) por [Hard, Robin]

“Marco Aurélio, o filósofo-imperador, escreveu suas Meditações como um diário filosófico pessoal, no qual ele repetidamente “prega” para si mesmo (o melhor tipo de pregação!), a fim de corrigir seu próprio caráter enquanto se esforça para se tornar uma pessoa melhor. Uma passagem particularmente poderosa nas Meditações é a seção 18 do livro XI, à qual dedico este ensaio. A tradução que estou usando é a excelente de Robin Hard (Oxford World’s Classics), mas várias das que são de domínio público também são muito boas (como esta, de George Long).”
(Créditos/fonte; Cf. link abaixo)

...

Link da postagem:



"As a further aid, here they are again, in capsule form:

I. We are here to help each other, act accordingly.
II. Most people act from impulse or bad opinion, so be charitable with them.
III. When people act badly they do it out of lack of wisdom, so try to be helpful.
IV. You make just as many mistakes as others do, so don’t be cocky.
V. You don’t know why people do what they do, so don’t judge.
VI. Don’t get too worked up about things, you’ll soon be dead anyway.
VII. Other people’s opinions should not trouble you, since they are outside of your control.
VIII. Getting angry at an insult does you more harm than the insult could ever do.
IX. Be genuinely kind, not because you wish to impress others.
X. Expect certain people to do bad things, but act to prevent injustice toward others."

PLOTINO, GOETHE E OS EXERCÍCIOS FILOSÓFICOS

1. 2.  

Dois personagens Plotino e Goethe, duas obras a serem lançadas pela editora É Realizações, com previsão para 15 de fevereiro. As duas na perspectiva dos "exercícios espirituais" de Pierre Hadot. Acrescento aqui, as duas capas e as sinopses de cada um. Serão objetos de leitura assim que disponíveis. 

1. “Um dos eruditos mais respeitados das últimas décadas comenta a atitude filosófica da figura máxima da cultura alemã. Pierre Hadot, estudioso a quem cabe o mérito de haver redescoberto o aspecto vivencial da filosofia clássica (conforme exposto em A Filosofia como Maneira de Viver e Exercícios Espirituais e Filosofia Antiga), é autor também de comentários a pensadores modernos nos quais tal caráter é ainda perceptível. Os principais escritos desse gênero são Wittgenstein e os Limites da Linguagem e Não se Esqueça de Viver: Goethe e a tradição dos exercícios espirituais. Neste livro, o último que Hadot publicou em vida, o filósofo aborda – com o estilo profundo, elegante e agradável que sempre o acompanhou – três “exercícios espirituais” (ou seja, práticas de autodisciplina) que o literato alemão cultivou e que ilustram o seu lema, contrário ao Memento mori, “Não se esqueça do morrer”: Memento vivere, “Não se esqueça de viver”. As três práticas se reduzem a concentrar-se com intensidade no presente, considerar as circunstâncias em conjunto e cultivar a esperança. Além da investigação cuidadosa de como tais exercícios são sugeridos pela vida e pelos textos de Goethe [...]. Uma obra que faz valer o elogio que lhe viria a endereçar Luc Ferry: “Admirável”.”

2. “[...] Essa obra busca apresentar não o sistema, mas a experiência pessoal de Plotino, dando tanto quanto possível a palavra ao mestre espiritual e ao diretor de consciência. Trata-se evidentemente da união mística, fato inefável, surgindo em momentos privilegiados, que abala toda a consciência do eu, fazendo com que experimente um sentimento de presença indescritível. Plotino a descreve em páginas líricas e palpitantes consideradas como as mais belas da literatura mística universal. Mas trata-se também da doçura serena de um filósofo que, ao mesmo tempo que vive da vida do espírito, pode permanecer “presente para si mesmo e para os outros”, e assumir as preocupações e responsabilidades da vida cotidiana.”

______.
HADOT, Pierre. Plotino ou a simplicidade no olhar. [Oliveira, Loraine e Loque, Flavio Fontenelle].
São Paulo: É Ralizações, 2019.

______. Não se Esqueça de Viver: Goethe e a tradição dos exercícios espirituais. [
Malimpensa, Lara Christina de], São Paulo: É Realizações, 2019.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

STARK: UMA TEORIA DA RELIGIÃO E A VITÓRIA DA RAZÃO

1.  2. 

______.

Li The Victory of Reason e em seguida, li vários outros do mesmo autor, bastante interessante a maneira com que apresenta seus argumentos. Acabei de ler esse “Uma teoria da religião”. Anoto aqui... O autor sempre apresenta em seus livros, elementos para uma discussão histórica, sobre história da ciência, da psicologia, da filosofia da mente e da religião. 

1. UMA TEORIA DA RELIGIÃO

"Pela repercussão que teve e ainda tem no meio universitário das ciências humanas, trata-se de uma obra clássica, em que a maneira de abordar o estudo da religião, embora reclame originalidade, não está ainda suficientemente definida, segundo sua estrutura epistemológica. Os autores, seguindo de certa forma o caminho trilhado por todos os grandes iniciadores, vão buscar nos rudimentos mesmo do comportamento humano, resumido em sete axiomas, a base para o estabelecimento de princípios e definições que permitirão construir um quadro de referência do que é a religião, distingui-la dos outros aspectos da vida pessoal e social e iluminar dedutivamente as características que a história comparada, a psicologia e a sociologia constatam e procuram explicar a partir do fenômeno religioso. “Como se pode perceber pela simples leitura dos sete axiomas, expostos no segundo capítulo, trata-se de encarar a religião como um comportamento puramente humano na busca de recompensas, evitando o que é mais custoso. No seu desenrolar, a atividade humana busca seguir determinados processos em função da obtenção de resultados. A religião é tecnicamente considerada um "compensador", ou seja um passo intermediário que garante, nem sempre de maneira clara, mas com um grau variável de certeza, a obtenção não só de recompensas, mas também de uma recompensa final que dá sentido a toda a busca humana. "

2. THE VICTORY OF REASON


“[...] uma pesquisa abrangente e multifacetada que leva os leitores do Velho Mundo ao Novo, do passado ao presente, revertendo ao longo do caminho não apenas séculos de erudição preconceituosa, mas o preconceito antirreligioso de nosso próprio tempo. A vitória da razão mostra que o que mais admiramos em nosso mundo - progresso científico, governo democrático, livre comércio - é em grande parte devido ao “cristianismo”, através do qual somos todos herdeiros dessa grande tradição.”
(trecho citado, ligeiramente modicado e com grifos meus)


...


Sobre o Autor: Rodney Stark is University Professor of the Social Sciences, Baylor University. Before earning his Ph.D. at the University of California, Berkeley, he was a staff writer for several major publications. Among his many books are the influential studies The Rise of Christianity and One True God: Historical Consequences of Monotheism.
______.
STARK, RODNEY; BAINBRIDGE, William. Uma teori da religião. São Paulo: edições Paulinas, 2008.


domingo, 3 de fevereiro de 2019

"NEUROPHILOSOPHY AND THE MIND. DO WE NEED A COPERNICAN REVOLUTION?"

A imagem pode conter: texto
International Workshop.
Giovedì 7 febbraio, ore 15:30, Sala Stefanini, Palazzo del Capitanio.
Prof. Georg Northoff (University of Ottawa): "Neurophilosophy and the Mind. Do we need a Copernican revolution?".

REFLEXÃO MATINAL XXIV: CONVERSA INTERIOR

Resultado de imagem para zen
Passeia sozinho, conversa contigo mesmo”
(EPICTETUS, Diatribes, III, 14, 1)

Das obras “O Encheirídion” de Epicteto e as “Meditações” do imperador Marco Aurélio, tenho estudado a maneira de se conceber a filosofia como “exercício”, como fim a ser buscado para mudança interior de quem se aprofunde em reflexões filosóficas nessa chave de interpretação.

O Encherídion reúne pensamentos e máximas de Epicteto organizadas por Arriano, seu discípulo, com o objetivo de preparar o aprendiz de filósofo para uma vida filosófica orientada à prática. As Meditações (tá eís eautóv) de Marco Aurélio também são desse tipo; "exercícios espirituais" escritos, sobre certos temas que foram refletidos por Epicteto e que o Imperador usou para orientar-se na mudança interior à medida que a vida assim o exigisse.
Importante aqui, é tomar a ideia da prática de “exercícios espirituais” como esforço, disposição em se alcançar alguma coisa. Nesse caso, esforçar-se na aquisição de virtudes. Daí a ideia para esse texto nesta manhã, de caminhar pela vida, “passear sozinho” e enveredar por conversas íntimas; tarefa complexa e por vezes penosa, mas  a meta é buscada no sentido de aperfeiçoar corpo e a alma.

 "Para que suportemos mais facilmente e com mais zelo as penas que devemos enfrentar em vista da virtude e da perfeita honestidade, eis os raciocínios úteis que foram feitos. “A quantas penas alguns se submetem por causa dos seus maus desejos, como aqueles que amam sem freio, quantas penas outros suportam tendo em vista o ganho de dinheiro, quantos males alguns sofrem para conquistar reputação! E, no entanto, é voluntariamente que todas estas gentes suportam toda espécie de fadiga. Não é, pois, monstruoso que eles suportem tantos males por nada daquilo que é bom, e que nós não suportemos com solicitude e prontidão toda a fadiga pela perfeita honestidade, para evitar o vício que prejudica nossa vida, para adquirir a virtude que nos proporciona todos os bens?” (TÈLÈS et MUSONIUS, 1978).

Por trás dessa reflexão, considerando a noção de “exercícios espirituais” está a importância da filosofia como ascese (askesis) e conversão (metastrophé) em Epicteto e Marco Aurélio, que retomarei em texto com objetivos mais acadêmicos; aqui faço somente os esboços para reflexões posteriores.. 

______.

ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion de Epicteto. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012).

EPICTETO. Entretiens. Livre I. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Book I. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue)

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

______. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments: Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

GAZOLLA, Rachel.  O ofício do filósofo estóico: o duplo registro do discurso da Stoa, Loyola, São Paulo, 1999.

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

KING, C. Musonius Rufus: Lectures and Sayings. CreateSpace Independent Publishing Platform, 2011.

LONG, Georg. Discourses of Epictetus, with Encheiridion and fragments. Londres: Georg Bell and sons, 1890.

LONG, A. A. How to be free. Princeton, New Jersey:  Princeton University Press, 2018.

______. Epictetus: a stoic and socratic guide to life. New York: Oxford University Press. 2007.

LUTZ, C. Musonius Rufus: the Roman Socrates. Yale Classical Studies 10 3-147, 1947.

PRITCHARD, M. “Philosophy for Children”. Stanford Encyclopedia of Philosophy, 2002. Acessado em 19 de agosto de 2016; fonte: http://plato.stanford.edu/entries/children/ .

SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.

TÈLÈS et MUSONIUS. Prédications. Trad. A. J. Festugière, Paris, Vrin, 1978.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

COGITO, SUM OBJECTUM: DESCARTES IN A BUDDHIST PERSPECTIVE



From Dorian Gray (2009)
IMAGEM: From Dorian Gray (2009)


A temática interessa-me bastante e está ligada a vários aspectos entre os assuntos que tenho estudado e anotado aqui nessa página:
Uma análise a partir das "Meditações metafisicas " de René Descartes, numa perspectiva "budista". Parece muito interessante a proposta.... 

"After a long break, we're kicking off 2019 with a post by Andrea Sangiacomo on reading Descartes's Meditations as 'meditation' "


"Second Meditation. The meditator just reflected that even if there is an evil demon who deceives him or her, then s/he necessarily exists in order to be deceived. Well known argument. Just after this famous statement of the Cogito..."

(Grifos são meus)

______

O SUPOSTO "CONFLITO CIÊNCIA X RELIGIÃO" (II)

Recentemente, acrescentei, uma obra de  Alvin Plantinga  que até recentemente não conhecia: “ Ciência, religião e naturalismo:  onde está o ...