domingo, 26 de abril de 2020

UM EXERCÍCIO A PARTIR DE KANT E KIERKEGAARD: UMA ANÁLISE INTERESSANTE

1. Kant e a aguardente | Prosa - O Globo  2. Søren Kierkegaard – Wikipédia, a enciclopédia livre

Chega às minhas mãos, assim que terminei de reler uma de suas obras, (e, prosseguindo com os trabalhos sobre Kant (1724-1804) e a filosofia clássica alemã), esse artigo do professor Roni Ederson Krause de Oliveira, do Instituto Federal de Goiás (IFG), Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), em que ele analisa “como Kant e Kierkegaard interpretam o mandamento ‘ame seu próximo como a si mesmo’ e por que ambos consideram isso um dever.”

O prof. Roni, toma como base a “primeira Seção da Segunda Parte, intitulada Do dever de amar para com os outros homens, da Metafísica dos Costumes, de Kant, e também os primeiros capítulos da primeira série de As Obras do Amor, de Kierkegaard, mais precisamente as seções II A, II B e II C (respectivamente, Tu ‘deves’ amar, Tu deves amar ‘o próximo’ e ‘Tu’ deves amar o próximo).

Quanto à obra de Kant, tenho maior aproximação e tenho estudado há mais tempo; e, a respeito das obras de S. A. Kierkegaard, no entanto, desde a graduação, sempre me interessaram por tratar-se de um filósofo religioso; crítico do racionalismo, e, considerado o fundador do existencialismo, que tem sido uma das mais profundas e renovadoras correntes filosóficas desde o século XIX, avançando pelo XX e, atualmente.

Kierkegaard, existencialista, um pensador Dinamarquês; nasceu em Copenhague em 1813 e morreu nesta mesma cidade em 1855. Segundo Kierkegaard, o homem tem que renunciar a si mesmo para superar as limitações que a realidade lhe impõe e assim aceder ao transcendente, a Deus e à verdadeira individualidade. Realçou a existência concreta, (crítica ao idealismo hegeliano), de um homem que anseia pela transcendência, investigando os sentimentos de “angústia” e “desespero” que são inseparáveis da condição subjetiva humana.

No artigo, o professor Roni, mostra que “o amor incondicional é impossível para Kant por causa do princípio do respeito que emerge como um limite para este amor” e, por outro lado, demonstra “que, para Kierkegaard, o dever de amar só é possível porque pressupõe essa incondicionalidade.”

Ou seja, a leitura do artigo sobre o qual traço essa síntese me oferece várias possibilidades de leitura e releitura das obras e autores em questão.

Ademais, o momento, para mim, é mais que oportuno, para essa leitura! 

Prosseguindo!

...

(somente os grifos e destaques são meus) 

1. Link do Artigo:

http://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/16064

OLIVEIRA, Roni Ederson Krause de. O dever de amar segundo Kant e Kierkegaard. In: Controvérsia, São Leopoldo, v. 14, n. 2, p. 25-39, mai.-ago. 2018.

2. Bibliografia usada pelo autor do artigo, e as edições (das mesmas) que estou lendo:

KANT, I. Anthropology from a pragmatic point of view. Carbondale, III: Southern Illinois University Press. 1996. eBook., Base de dados: eBook Collection (EBSCOhost).

______. Antropologia de um ponto de vista pragmático. Trad. Clélia Aparecida Martins. São Paulo: Iluminuras, 2006.

______. Crítica da razão prática. Tradução de Valério Rohden. São Paulo, Martins Fontes, 2002.

______. A metafísica dos costumes. Trad., apresentação e notas de José Lamego. 2. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2011.

______. ______. Trad. Edson Bini. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2010.

KIERKEGAARD, Søren A. As obras do amor: algumas considerações cristãs em forma de discursos. Apresentação e tradução, Álvaro Luiz Montenegro Valls; revisão da tradução, Else Hagelund. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

______. Œuvres Complètes. Tome XX. Index Terminologique. Principaux concepts de Kierkegaard par Gregor Malantschuk. Traduit du danois, adapté e complété par Else-marie Jacquet-Tisseau. Paris, Éditions de L’orante, 1986.

______. O conceito de angústia: uma simples reflexão psicológico-demonstrativa direcionada ao problema dogmático do pecado hereditário de Virgilius Haufniensis. Tradução e Posfácio Álvaro Luiz Montenegro Valls. 3. edição, Petrópolis, Vozes, 2015. (Vozes de bolso)



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