sexta-feira, 20 de setembro de 2024

AINDA ENTRE KANT E HEGEL E A IMPORTÂNCIA DOS CLÁSSICOS: O "NEO-KANTISMO" E AS CIÊNCIAS

 

Ainda estudando Immanuel Kant, mantendo o foco no percurso que tem início no período pré-crítico, passando demoradamente pelo período entre Kant e Hegel e, chegando à algumas questões e autores ligados ao    denominado neokantismo ou neocriticismo. Refletindo sobre essa abordagem como perspectiva filosófica desenvolvida na Alemanha, aproximadamente entre os anos 1860 a 1914, para entender as ideias de retorno às ideias mesmas de Kant em oposição a alguns autores do Idealismo.

Este volume considera a mudança entre a tradição neokantiana na filosofia alemã e as ciências do último terço do século XIX até a Grande Guerra e, em parte, além. Durante esse período, várias disciplinas científicas passaram por processos de modernização caracterizados por uma inclinação empírica crescente e um declínio na influência da metafísica, a pluralização de teorias e a revitalização histórica e pragmática de reivindicações científicas contra a filosofia. As várias contribuições analisam as maneiras pelas quais uma certa "ortodoxia kantiana" foi influenciada por esses novos desenvolvimentos e se (e como) ela mesma teve algum impacto no desenvolvimento das ciências. O volume não se limita às "ciências exatas" da matemática e da física, que são particularmente importantes para a tradição kantiana, mas também leva em consideração disciplinas menos reconhecidas, como biologia, química, tecnologia e psicologia. É complementado por contribuições que contrastam o neokantismo com outras "filosofias científicas" do período em questão.

This volume considers the exchange between the Neo-Kantian tradition in German philosophy and the sciences from the last third of the nineteenth century to the Great war and partly beyond. During this period, various scientific disciplines underwent modernisation processes characterised by an increasing empirical inclination and a decline in the influence of metaphysics, the pluralisation of theories, and the historical and pragmatic revitalisation of scientific claims against philosophy. The various contributions look at the ways in which a certain ‘Kantian orthodoxy’ was influenced by these new developments and whether (and how) itself had some impact on the development of the sciences. The volume is not limited to the 'exact sciences' of mathematics and physics, which are particularly important for the Kantian tradition, but also takes into account less recognised disciplines such as biology, chemistry, technology and psychology.  It is complemented by contributions that contrast Neo-Kantianism with other 'scientific philosophies' of the period in question.

Link para a obra, na página editora, inclusive com o o "Sumário" para um primeiro contato com os temas abordados:

https://www.routledge.com/New-Perspectives-on-Neo-Kantianism-and-the-Sciences/Pulte-Baedke-Koenig-Nickel/p/book/9781032536392?srsltid=AfmBOopqpLZv2G922NpKcsFsm2uSTP87DZJ58wmtPk1ORsAQgtMZGrXY

______.

CALVINO, Italo. Porque ler os clássicos. São Paulo: Companhia das letras, 2007.

HEGEL G. W. F. Fenomenologia do espírito. 9. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

HEIDEGGER, M. Sein und Zeit. Tübingen: M. Niemeyer, 1986.

______. Ser e Tempo. Trad. Fausto Castilho. Campinas - SP: Ed. Unicamp, 2012.

HENRICH, Dieter. The unity of reason: essays on Kant's philosophy. Trad. Jeffrey Edwards. Richard L. Velkely (editor). Library of Congress Cataloging-in-Publication Data. Oxford University Press, 1994.

______. Between Kant and Hegel: lectures on german idealism. Harverd University Press: Cambridge, Massachusssets; London, England, 2008.

______. Grundlegung aus dem Ich: Untersuchungen zur Vorgeschichte des Idealismus. Tübingen – Jena 1790–1794. Suhrkamp Auflage, 2004.

______. Konstellationen: Probleme und Debatten am Ursprung der idealistischen Philosophie (1789-1795).  Klett-Cotta /J. G. Cotta'sche Buchhandlung Nachfolger, 1991.

______. Denken und Selbst: Vorlesungen über Subjektivität. Suhrkamp, 2016.

______. Pensar e ser si mesmo: preleções sobre a subjetividade. (Trad. Markus A. Hediger; Lucas Machado. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018.

KANT, Immanuel. A religião nos limites da simples razão. Edições 70, Lisboa, 1992. 

______.Vorlesung über die philosophische EncyclopädieInKant gesalmmelte Schriften, XXIX, Berlin, Akademie, 1980, pp. 8 e 12).

______. Observações sobre o sentimento do belo e do sublime; Ensaio sobre as doenças mentais. Tradução e estudo de Vinicius de Figueiredo. São Paulo: Editora Clandestina, 2018.

______. Observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime; Ensaio sobre as doenças mentais. (Trad. Vinícius Figueiredo). Campinas, SP: Ed. Papirus, 1993.

______. Observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime; Ensaio sobre as doenças mentais. Lisboa: Edições 70, 2012.

______. Die Religion innerhalb der Grenzen der bloßen Vernunft. W. de Gruyter, 1968.

______. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. Guido A. de. São Paulo: Discurso editoria: Barcarola, 2009.

______. Textos pré-críticos. São Paulo: Editora Unesp, 2005.

______. Textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

______. Investigação sobre a clareza dos princípios da teologia e da moral. Lisboa: Imprensa Casa da Moeda, 2007.

______. Lições de Ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Feldhaus. São Paulo: Unesp, 2018.

______. Lições sobre a Doutrina Filosófica da Religião. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis: Vozes/ São Francisco, 2019.

______. Lições de Metafísica. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis: Vozes/São Francisco, 2021.

______. Crítica da razão pura. Tradução Valerio Rohden e Udo Moosburguer. Coleção Os Pensadores. São Paulo,Abril Cultural, 1983.

______. Dissertação de 1770. De mundi sensibilis ataque inteligibilis forma et princípio. Akademie-Ausgabe. Acerca da forma e dos princípios do mundo sensível e inteligível. Trad. apres. e notas de Leonel Ribeiro dos Santos. Lisboa: Imprensa Casa da Moeda. FCSH da Universidade de Lisboa, 1985.

______. Prolegômenos a qualquer metafísica futura que possa apresentar-se como ciência. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2014)

______. Prolegômenos a toda metafísica futura. Lisboa: Edições 70, 1982.

______. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? InEstudos Kantianos, Marília, v. 8, n. 2, p. 179-189, Jul./Dez., 2020.

______. Crítica da razão prática. Tradução de Valério Rohden. São Paulo, Martins Fontes, 2002.

PLATÃO. República. 12. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2001.

______. República. 3. ed. Belém, PA: EDUFPA. Trad. Carlos Alberto Nunes, 2000.

PULTRE, Helmut; BAEDKE, Jan; KOENIG, Daniel; NICKEL, Gregor (Editores).New perspectives on neo-kantianism and the sciences. Routlege, 2024.


 

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

REFLEXÃO MATINAL CXCII: "A VERDADE É O QUE NOS UNE": ATUALIDADE DO PENSAMENTO DE KARL JASPERS

Pausa na Oficina. Estudando sempre. 

Mais uma leitura no sentido de um Bom Existencialismo:

Já escrevi aqui e sigo na mesma perspectiva desde há muito tempo, acostumado a ler Karl Jaspers, desde seu “Introdução ao pensamento filosófico”, e, sempre como existencialista, ou como grande autor dos 2 volumes de “Algemeine Psychopathologie” a que tive acesso, inicialmente em português, e sempre os consulto, sobre estes temas com qual sempre estou envolvido e estudando.

Recentemente reli alguns de seus textos, anotei aqui uma leitura deste recém lançado: Caminhos para a sabedoria: uma introdução à vida filosófica. Também escrito por  Karl Jaspers com prefácio: Luciano Alves Meira, publicado pela editora Vozes.

Como o tema, também comum aqui nesta página, com certeza terá acréscimos nas reflexões acrescentei mais esta referência somando dois textos a que tive acesso hoje.

Sobre o Livro: “No mundo de hoje, em que as instâncias predominantes da verdade - as ciências naturais e as fés reveladas - parecem dispostas a reconhecer valor na filosofia apenas se esta concordar em assumir uma posição subordinada a elas, pode o pensamento filosófico - que sempre incorporou a tendência do homem procurar a verdade e compreender a realidade - ainda reivindica a sua especificidade e autonomia? É diante desta questão decisiva que a perspectiva liberal-iluminista de Karl Jaspers – psicopatologista e filósofo ao mesmo tempo – mostra toda a sua relevância. Na verdade, ao criticar todas as formas de cientificismo, isto é, todas as formas de fé supersticiosa na capacidade do conhecimento científico para fornecer respostas a questões filosóficas básicas (sobre o significado da existência, comportamento moral e social, modelos de boa vida, justiça, de felicidade), ele tem o cuidado, por um lado, de não desvalorizar a importância da ciência e da tecnologia. Por outro lado, sem negar a dimensão metafísico-religiosa da existência, não tem escrúpulos em questionar radicalmente a reivindicação absolutista das religiões histórico-positivas de possuir a verdade.” 

“Nel mondo d’oggi, in cui le istanze veritative predominanti ‒ le scienze naturali e le fedi rivelate ‒ sembrano disposte a riconoscere valore alla filosofia solo se questa accetta di assumere una posizione loro subordinata, può il pensiero filosofico ‒ che da sempre incarna la tendenza dell’uomo a ricercare la verità e comprendere la realtà ‒ rivendicare ancora una sua specificità e una sua autonomia? È a fronte di questa questione decisiva che la prospettiva illuministico-liberale di Karl Jaspers ‒ psicopatologo e filosofo al contempo ‒ mostra tutta la sua attualità. Infatti, pur criticando ogni forma di scientismo, cioè ogni forma di fede superstiziosa nelle capacità del sapere scientifico di dare risposte alle questioni filosofiche di fondo (circa il senso dell’esistenza, i comportamenti morali e sociali, i modelli di vita buona, di giustizia, di felicità), egli si guarda bene, da un lato, dallo svalutare l’importanza della scienza e della tecnica. Dall’altro, pur senza negare la dimensione metafisico-religiosa dell’esistenza, non si fa scrupolo di mettere radicalmente in discussione la pretesa assolutistica delle religioni storico-positive di possedere la verità.

Link para uma artigo sobre o livro:

https://www.orthotes.com/attualita-del-pensiero-di-karl-jaspers/?utm_source=ReviveOldPost&utm_medium=social&utm_campaign=ReviveOldPost

Um outro texto sobre “O sentido da existência na obra de Karl Jaspers”:

https://www.orthotes.com/wp-content/uploads/2020/07/garaventa-4-dalessandro-ilfoglio-23-12-2017.pdf


______.

CAMUS, Albert. O estrangeiro. 54. ed. Rio de Janeiro, RJ: Record, 1979.

______. O homem revoltado. Rio de Janeiro, RJ: Best Bolso, 2017.

______. O mito de Sísifo. 26. ed. Rio de Janeiro, RJ: Record, 2018.

______. A peste. Rio de Janeiro, RJ: Record, 2017.

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3. ed. – Porto Alegre, RS: Artmed, 2019.

______. Religião, psicopatologia e saúde mental. Porto Alegre, RS: Artmed, 2008.

DEFOE, Daniel. Um diário do ano da peste. São Paulo: Novo Século, 2021.

FRANKL, Viktor. Yes to Life: in spite of everything. Beacon Press, 2020.

______. Um sentido para a vida: psicoterapia e humanismo. Aparecida, SP: Ideias e letras, 2005.

GALENO. On the passions and errors of the soul. Translated by Paul W. Harkins with an introduction and interpretation by Walter Riese. Ohio State University Press, 1963.

______. Aforismos. São Paulo: E. Unifesp, 2010.

GARAVENTA, Roberto. La verità è ciò che ci unisce: attualità del pensiero di Karl Jaspers. Napoli: Orthotes, 2017.

GAZOLLA, Rachel.  O ofício do filósofo estóico: o duplo registro do discurso da Stoa, Loyola, São Paulo, 1999.

JASPERS, Karl. Il medico nell'età della técnica. Con un saggio introduttivo di Umberto Galimberti. Milano: Raffaello Cortina Editore, 1991.

______. Caminhos para a sabedoria: uma introdução à vida filosofica. Petrópolis, RJ: editora Vozes, 2022.

______. Der Arzt im technischen Zeitalter: Technik und Medizin. Arzt und Patient. Kritik der Psychotherapie. 2. ed. München: Piper, 1999.

______. Psicopatologia geral: psicologia compreensiva, explicativa e fenomenologia. São Paulo: Atheneu, 1979. (2 vols.)

______. Plato and Augustine. Edited by Hannah Arendt. Translated by Ralph Manheim. New York: Harvest Book, 1962.

______. Introdução ao pensamento filosófico. 16. ed. São Paulo: Cultirx, 1971.

KIERKEGAARD, S. A. O desespero humano: doença até a morte. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

______. O desespero humano: São Paulo: Ed. UNESP, 2010.

______. Do desespero silencioso ao elogio do amor desinteressado. (Org. Alvaro Valls). Escritos, 2004.

______. As obras do amor. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

______. O conceito de angústia. 3. ed. Trad. Alvaro Valls. Petrópolis, RJ, Vozes, 2015.

MAY, Rollo. (Org.). Psicologia existencial. Rio de Janeiro: Globo, 1980.

______. A descoberta do ser. São Paulo: Rocco, 1988.

______. O homem à procura de si mesmo. São Paulo: Ed. Círculo do livro, 1992.

______. Psicologia do dilema humano. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

terça-feira, 17 de setembro de 2024

POR CAMINHOS OUTRORA JÁ PERCORRIDOS - "CLÁUSULA DE RESERVA" (III)

ATUALIZANDO UMA POSTAGEM ANTIGA.

A "cláusula de reserva" de Epicteto é em si um antídoto para a pretensão de se ter tudo sob controle. 

(Hypexaíresis - ὑπεξαίρεσις)

Voltando a refletir sobre essa questão da "cláusula de reserva", agora pela manhã; ideia essa encontrada na obra, que reli recentemente: “Inner citadel” de Pierre Hadot, que pode ser associada a essa Meditação de Marco Aurélio : “[...] se alguém ao fazer uso abusivo da força, se puser em teu caminho, muda para o que é benéfico e indolor, e recorre a outra virtude para lidar com o impedimento. E lembra que agiste segundo a cláusula de resetva e que não se alcança o impossível. O que então se alcança? Um impulso em conformidade com a cláusula de reserva. Nisso és bem suceddido, pois, ocorrem as coisas pelas quais nos movemos. (VI : 50)”

Ora, qualquer coisa que não nos saia a contento, ou como planejamos, apresenta-nos esse desafio: desenvolver outra virtude”. Não se irritar, (que eu mesmo, preciso superar, por exemplo!)

E, ainda, considerando o que diz Epicteto, numa das Diatribes [2.6]. “[...] é bom também conhecer a própria qualificação e a própria força, de modo que, nas coisas nas quais não estás qualificado, mantenhas silêncio e não te irrites se outros forem melhores que tu nelas” (trad. prof. Aldo Dinucci)

É certo que, com as reflexões matinais levadas em frente aqui, para autocrescimento, o segredo para a liberdade [ἐλευθερίας], serenidade [εὐροίας], paz [Ἀταραξία] (EPICTETO. D. II.XVIII.28-29) é: preocupar-se em agir adequadamente diante dos acontecimentos e não agir quando nada se pode fazer.

______.

DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.

DINUCCI, Aldo. Tradução e comentário à Diatribe de Epicteto 1.2: como manter o caráter próprio em todas as ocasiões. Veredas da História, [online]. Ano V, Edição 2: Juiz de Fora, 2012. p.197-208.

EPICTETO. Entretiens. Livre I./, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Book I. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue)

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

EPICTETUS. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments; Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

MARCO AURÉLIO. Meditações. São Paulo: Penguin/Companhia das Letras, 2023.

domingo, 15 de setembro de 2024

TEMPO DE ESTUDOS: MATEMÁTICA E ASPECTOS FILOSÓFICOS (II)

Um pouco de Lazer:

Brevíssimas anotações para um estudo a partir do livro “Tio petros e a conjectura de goldbach: um romance sobre os desafios da matemática”, neste caso, apesar de não ser uma obra científica ou especificamente de Matemática trata de algo relacionado a esta ciência: as conjecturas.

Recentemente li muito sobre Conjectura de Poincaré; o paradoxo de Fermi e outros famosos "problemas" e "Conjecturas famosasque podem ser vistos, em resumo, na página em que acrescento abaixo o link:

Link para a página nonius”: 

https://www.mat.uc.pt/~jaimecs/nonius/nonius28_3.html

Assim que terminei de reler essa obra que li em 2001, inspirei-me a reler outras das que sempre anoto aqui para estudos posteriores. Essa, na verdade, não pode ser tomada como obra científica, somente meus interesses pelo assunto me levam a obras como essa. Para relaxar é muito bom!

Resumo da obra: Um jovem descobre que seu tio, um tipo estranho e visto pela família como um perdedor, fora no passado um brilhante matemático, que dedicara sua vida ao estudo de um problema insolúvel: a Conjectura de Goldbach. A curiosidade o leva a questionar o tio sobre a verdadeira história de sua vida, de cuja narrativa se tece este belo e apaixonado romance."

No site da editora: Em 1742, na correspondência entre Christian Goldbach e o famoso matemático suíço Leonhard Euler, foi formulada a seguinte questão: "Todo número inteiro par maior que 2 pode ser representado como a soma de dois números primos".

Hoje, mais de 250 anos depois, a Conjectura de Goldbach tornou-se um dos problemas mais intrigantes da Matemática. Mesmo já tendo sido testada empiricamente até 1.014, ninguém jamais conseguiu provar que a afirmação é válida para todos os números inteiros maiores que 2 - e, recentemente, até um prêmio de 1 milhão de dólares foi oferecido a quem for capaz de demonstrá-la.
Este romance é a história de Petros Papachristos, um homem que dedicou sua vida a desafiar o enigma.
...
"Uma conjectura matemática insolúvel por dois séculos; um tio gênio que enlouqueceu tentando resolvê-la; uma relação ambígua com seu sobrinho aspirante a discípulo; e uma acurada observação do ser humano fazem de Tio Petros um romance engraçado, encantador e, para mim, irresistível." (Oliver Sacks, M.D.)

"Um livro brilhantemente escrito, uma história de detetive de grande charme, que realmente capta o espírito da pesquisa matemática." (Sir Michael Atiyah, matemático vencedor da Fields Medal)

"Um retrato fascinante de como um matemático pode cair numa armadilha mental ao devotar seus esforços a um problema demasiadamente difícil." (John Nash, Prêmio Nobel de Economia)

...

A isso acrescentei hoje, um filme e uma resenha. Na bibliografia, algumas das obras sobre divulgação científica, História da ciência e Filosofia da ciência que estou lendo e relendo por aqui.

Link para uma resenha:

https://www3.unicentro.br/petfisica/2021/04/07/resenha-tio-petros-e-a-conjectura-de-goldbach/

Filme: “Le téorème de Marguerite”

https://youtube.com/playlist?list=OLAK5uy_n4zz-lHyDmkDmW3ld2y6wSTdJnyzdj4bw&si=v9DhkolvRCBYyxCX

Sinopse: “O futuro de Marguerite, uma brilhante aluna de Matemática na prestigiada École Normale Supérieure, parece todo planejado. Única mulher buscando sua promoção, ela está finalizando uma tese que deverá expor para um público de pesquisadores. No dia D, um erro abala todas as suas certezas e todos os seus alicerces desabam. Marguerite decide largar tudo para começar tudo de novo."

Régia de Anna Novion. Um filme com Ella Rumpf, Clotilde Courau, Jean-Pierre Darroussin, Julien Frison, Sonia Bonny. Título original: Le Théorème de Marguerite. Genere Drammatico, - França, Svizzera, 2023, duração 112 minutos.”

______.

BRAGA, Ruben. A apercepção originária de Kant na física do século XX. Brasília, DF, 1991.

DESCARTES, R. Oeuvres. Org. C. Adam e P. Tannery. Paris: Vrin, 1996. 11v. [indicadas no texto como Ad & Tan]

_______. Descartes: oeuvres et lettres. Org. André Bidoux. Paris: 

Gallimard, 1953. (Pléiade).

_______. Discursos do Método; Meditações; Objeções e Respostas; As Paixões da Alma; Cartas. (Introdução de Gilles-Gaston Granger; prefácio e notas de Gerard Lebrun; Trad. de J. Guinsberg), Bento Prado J. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (Os Pensadores).

______. O mundo (ou Tratado da luz) e O Homem. Apêndices, tradução e notas: César Augusto Battisti, Marisa Carneiro de Oliveira Franco Donatelli. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2009.

DICTIONNAIRE Philosophique - édition Garnier Frères (1878). Disponível em: https://fr.wikisource.org/wiki/Wikisource:Index_des_auteurs

DOXIADIS, Apostolos. Tio Petros e a Conjectura de Goldbach. Rio de Janeiro, RJ: Editora 34, 2001.

FEYMANN, Richard. Lições de física: a edição do novo milênio. Porto Alegre, RS: Bookman, 2019.

______. Lecciones de física. Primera edición de 1971; primera reimpresion en Mexico: Addison Wesley Longman de Mexico S.A.1998.

______; Robbins(editor); MEDINA, Maria Beatriz de (tradutor); Dyson, Freeman (prefácio). Os melhores textos de Richard P. Feynman. São Paulo: Ed. Blucher, 2015.

GRAPOTTE, Sophie (Org.); LEQUAN, Mai; RUFFING, Margit. Kant et les sciences: un dialogue philosophique avec la pluralité des savoirs. Paris: Vrin, 2011.

KOYRÉ, Alexandre. Estudos de história do pensamento científico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011.

______. Estudos de história do pensamento filosófico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011.

______. Do mundo fechado ao universo infinito.  Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001.

KANT, Immanuel. Primeiros princípios metafísicos da ciência da natureza. Lisboa: Edições 70, 2019. 

______. Crítica da razão pura. 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1994.

______. Dissertação de 1770. De mundi sensibilis atque inteligibilis forma et principio. Akademie-Ausgabe. Trad. Acerca da forma e dos princípios do mundo sensível e inteligível. Trad., apres. e notas de L. R. dos Santos. Lisboa: Imprensa Casa da Moeda. FCSH da Universidade de Lisboa, 1985.

______. Prolegômenos a qualquer metafísica futura que possa apresentar-se como ciência. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2014)

______. Prolegômenos a toda metafísica futura. Lisboa: Edições 70, 1982.

KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2009.

LAKATOS, Imre. O falseamento e a metodologia dos programas de pesquisa científica. In: LAKATOS, I. e MUSGRAVE, A. (org.) A crítica e o desenvolvimento do conhecimento. São Paulo: Cultrix, 1979.

_____. History of science and its rational reconstructions. In: HACKING, I. (org.) Scientific revolutions. Hong-Kong: Oxford University, 1983.

______. Matemática, ciencia y epistemología. Madrid: Alianza, 1987.

______. La metodología de los programas de investigación científica. Madrid: Alianza, 1989.

LEFÈVRE, Wolfgang. (Editor) Between Leibniz, Newton, and Kant: Philosophy and Science in the Eighteenth Century. Springer; Softcover reprint of the original 1st ed. 2001 edição, 2011.

MARQUES, Ubirajara Rancan de Azevedo (Org.) Kant e a biologia. São Paulo: Editora Barcarola, 2012.

POINCARÉ, Jules Henri. A ciência e a hipótese. Trad. Andersno Nakano. Prefácio João Príncipe. São Paulo Associação Scientiæ Studia, 2024.

______. O valor da ciência. Rio de Janeiro, RJ: Editora Contraponto, 2007.

______. Ensaio fundamentais. Rio de Janeiro, RJ: Editora Contraponto, 2008.

______. A ciência e a hipótese. Brasília, DF: Unb, 1988.

______. Últimos pensamentos. Biguaçu, SC: Editora 93, 2023.POPPER, K. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix, 1972.

SILVA, Jairo José da. O que é e para que serve a Matemática. São Paulo: Ed. Unesp, 2022.

WATKINS, Eric. Kant and the sciences. Oxford University Press, 2001.

REFLEXÃO MATINAL CXCI: "ANDAR A PÉ" POR UMA VIDA MAIS SIMPLES E AMENA (II)

 

 
 
Escrevi sobre isso em 2018 e retorno porque mantenho a mesma perspectiva.

Tem sido comum, de alguns anos para cá, o ter me abandonado às leituras mais amenas. 

Extremamente saudável, dispensei leituras rudes, que se vangloriam em destacar e promover o pior que há na natureza humana

Foi necessário e tenho tornado possível, que seja real uma mudança total de foco.

Neste sentido tenho encontrado um número incontável de obras bem mais construtivas, positivas e mais relevantes para dedicar um precioso tempo a ler.

Incrível a diferença qualitativa das obras e o resultado que tenho obtido. Basta de ler o que antes lia, e até acreditava adotando princípios nelas contidos: uma lástima. Destas, sobraram as que orientaram sempre o conjunto de valores que sobreviveram em meio a tantas disparidades. Enfim, aqui, falando de mim e do que me tem feito Bem, posso postar alguns desses livros lidos ultimamente. Não fosse a fase ruim, teria lido muito mais. 

Os da pesquisa seguem na ordem do dia, mas sempre sobra um tempinho. Aqui, incluo dois dos últimos, um deles, do Pierre Hadot, já postei antes.

Aqui, destaco Walking, de Henry David Thoreau:

"Pois acredito que o clima reage assim ao homem - como há algo no ar da montanha que alimenta o espírito e inspira."

Walking, de Henry David Thoreau, começou como uma palestra em 1851 e finalmente apareceu na The Atlantic Monthly em 1862, logo após a morte do autor. O ensaio apaixonado, que elogia os méritos do tempo gasto na natureza, tornou-se uma das obras mais influentes do movimento ambientalista moderno. A visão de Thoreau de caminhar na natureza como uma atividade autorreflexiva convida os leitores a embarcar em sua própria caminhada para obter um autoconhecimento "selvagem e sombrio" inatingível em outros lugares.

Os americanos sentiam as pressões de um mundo em mudança, mesmo nos anos 1800, relativamente lentos, e Thoreau propôs equilibrar o estresse social com perambulações sem pressa em campos e florestas. Seus escritos, de Desobediência Civil a Walden, continuam populares devido à sua relevância duradoura, e Caminhar tem uma ressonância especial para leitores modernos que podem ter se desconectado do mundo natural.

______.

GROS, Frédéric. Caminhar: uma filosofia. (trad. Lilian Ledon da Silva). São Paulo: Editora "É Realizações".  2011.

HADOT, Pierre. Exercícios espirituais e filosofia antiga. (trad Flavio Fontenelle Loque e  Loraine Oliveira. Prefácio: Davidson, Arnold. São Paulo: Editora "É Realizações".  2014.

TOUREAU, Henry David. Walking. Mineola, NY: Dover Publications; unabridged edition, 2019.

         

 




quarta-feira, 11 de setembro de 2024

REFLEXÃO MATINAL CXC : UMA REFLEXÃO SOBRE ESSÊNCIA E EXISTÊNCIA (III)

(IMAGEM: "Pinterest")

 MARQUINHOS

Recolhe-te a estas coisas mais tranquilas, mais seguras, melhores! [...] elevar-se às coisas sagradas e sublimes para conhecer qual é a substância de deus, seu prazer, sua condição, sua forma, que destino guarda a tua alma, que lugar a Natureza nos destina após nos separarmos do corpo [...].” (SÊNECA. Sobre a brevidade da vida, XIX, 1).

Tenho estudado bastante e publicado aqui, alguns temas de teor filosófico diverso, nos quais me exercito. São diversos entre si, mas preservam uma linha tênue de relação: “ética”, “bioética”“filosofia da religião”, herança kantiana,“problema mente-corpo” e o “estoicismo”. Na verdade, publico-os aqui somente para manter salvos os textos e retomá-los num futuro com fins de correção e sistematização.

Um dia desses, no entanto, sem sair da temática apontada e que tem sido constante, publiquei aqui uma frase, como tenho feito, exercitando como já disse, a redação. Ainda que fosse só um exercício despretensioso na direção do aperfeiçoamento da escrita, a frase, bem curta e sem muito "ineditismo" reforçava uma postura contrária que mantenho e quem me conhece sabe do que digo. A frase, a que me refiro e sustento serenamente, não com argumentos complexos, que aliás me agradam, mas por mera posição pessoal foi essa: "A essência não só precede à existência como ainda sobreviverá a ela." (MARQUINHOS, 2017)

A ela acrescento uma frase de Epictetus e avanço numa breve reflexão:

"Proteja o bem que existe em você em tudo o que você fizer, e no que diz respeito a todo o resto, receba o que lhe for dado enquanto puder fazer uso sensato. Se não puder, não terá sorte, estará propenso a falhar, perturbado e limitado." (Epictetus)

Para a típica forma de pensar e filosofar dos estoicos haveria, em nós, algo que se preserva em certa medida na execução do pensamento lógico universal, e dessa forma estaria garantida uma coerência e um equilíbrio que auxiliariam na tarefa de cada ser humano no exercício prático e constante de tornar-se a cada dia uma pessoa melhor; uma boa pessoa que segundo o que diz Epictetus, por haver uma essência esta deve ser preservada em nós como uma centelha interior que não pode se extinguir.

As nossas ações, no entanto, devem ser pensadas e direcionadas de certa forma ao bem comum sob pena de ela, para nós perder força e nos enfraquecer nos juízos que nos sejam pedidos acerca de decisões e sobre uma ou outra necessidade de tomar como certo ou verdadeiros atos do nosso cotidiano. Não havendo tal possibilidade de se estabelecer limites, haveria sim se os que, ultrapassando essas barreiras avançassem na ação que prejudicasse a outrem ou a si mesmos. Enfim, Epictetus, recomenda que não percamos essa nossa essência; que façamos o que é certo, o nosso dever.

E, também o imperador e filósofo Marco Aurélio teria escrito em suas Meditações: “Se não é certo, não faça. Se não é verdade, não diga”.
Interessa ressaltar aqui que mesmo sendo um imperador ele fazia esse tipo de ponderação; preservando-se distante dos comuns dos homens de seu tempo e assegurando a proteção da sua essência, similar ao pensamento de Epictetus, ressalte-se; nunca agindo sem estar certo nem faltando com a verdade.

É certo que ao ler este brevíssimo texto, alguém irá esbravejar sobre a questão da liberdade e da possibilidade de podermos fazer o que quisermos das nossas ações e vivermos cada um a sua própria vida do jeito e forma que achar melhor. O problema é atingirmos ou prejudicarmos alguém. Também alertando para o fato de que ao preservarmos aquela essência estaremos mantendo a nossa própria individualidade de forma que não se apague. Reafirma Marco Aurélio: "Uma única coisa me perturba: fazer algo indesejável para a constituição humana, ou de modo indesejado, ou agora indesejado" (Meditações. 7.20)

Uma reflexão que, com certeza, vou retomar muitas vezes, corrigir e aprofundar.
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SUGESTÕES DE LEITURA.

Entre as que tenho usado para melhor refletir e tentar fundamentar minhas leituras.

1. AQUINO, Tomas. O ente e a essência. Petrópolis- RJ: Editora Vozes, 2013.

“Marco entre as várias obras do autor, o livro adota posições que decidem, em grande parte, o destino do pensamento ao qual dá forma - o ente, o ser, a substância em suas divisões e em sua individuação, o acidente e as relações de tudo isto com as intenções lógicas. Uma obra de juventude, decisiva na medida em que torna transparente as diretrizes gerais da metafísica.”

2. GILSON, Étienne.  O ser e a essência. São Paulo: Editora Paulus, 2016.

“Foi com a publicação de O ser e a essência (1948) que Gilson verdadeiramente irrompeu no debate filosófico contemporâneo, constrangendo muitos [...] a admitir que esta pequena palavra, ser , que certa tradição idealista havia tentado inutilmente banir do vocabulário filosófico, abrigava, talvez, se não o destino do Ocidente , ao menos o lugar de uma de suas mais antigas e constantes querelas. Muitos se convenceram, ao ler Gilson, de que São Tomás teria ocupado nesse debate um lugar no mínimo original e importante, o qual não poderia mais ser ignorado, ainda mais – e sobretudo – ao se querer tomar partido na polêmica que então o existencialismo conduzia contra o suposto essencialismo de toda a tradição. Em suma, independentemente de suas virtudes próprias, este livro, desta vez reconhecido imediatamente como um livro de um filósofo, ainda que também seja um livro de historiador, teve, ao mesmo tempo, o mérito e a sorte de vir em boa hora, de responder à expectativa difusa de um público filosófico que acabava de descobrir, [...] a importância e – poder-se-ia dizer – a atualidade persistente da questão- o que é o ser?”

3. HADOT, Pierre. A filosofia como maneira de viver: entrevistas de Jeannie Carlier e Arnold I. Davidson. (Trad. Lara Christina de Malimpensa). São Paulo: É Realizações, 2016.

“Em uma série de entrevistas com Arnold I. Davidson e Jeannie Carlier, Pierre Hadot revela as chaves de seu itinerário de vida e de seu pensamento filosófico. Com base em suas reflexões sobre a filosofia antiga, Hadot descobre uma maneira de filosofar segundo a qual fazer filosofia não consiste em resolver problemas abstratos, mas em melhorar nossa forma de viver. O gênero da entrevista permite ao leitor penetrar de forma amena no pensamento de Hadot."

4. ______. Exercícios espirituais e filosofia antiga. Trad. Flavio Fontenelle Loque e Loraine Oliveira. Prefácio de Davidson, Arnold. São Paulo: É Realizações, 2014.

“Nos ensaios reunidos neste volume, o filósofo e historiador da filosofia Pierre Hadot traça o panorama histórico da noção de “exercício espiritual” e traz novamente à cena filosófica o debate acerca do estatuto da filosofia e da figura do filósofo. Com ele, voltamos a pensar o quanto a filosofia deixou de ser uma “atividade”, uma prática, para se tornar, cada vez mais, um “discurso”. Hadot propõe, ao contrário, um resgate da filosofia como “maneira de viver”.

5. RICOUER, Paul. Ser, essência e substância em Platão e Aristóteles. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

“Este Curso interpreta com rigor o sentido das três palavras do título - 'ser', 'essência' e 'substância' - os conceitos fundamentais da metafísica ocidental. Como Platão e depois Aristóteles pensam tais conceitos? Que sentido lhes dão? Juntamente com o interesse intrínseco do comentário, muito profundo e muito apoiado nos textos, destacam-se as conexões e inversões que Ricoeur estabelece dentro das duas filosofias e entre elas. Ele também põe em relevo evoluções surpreendentes - um segundo Platão criticou um primeiro Platão (o das Ideias) e um segundo Aristóteles criticou Platão, simplificando-o e mesmo caricaturando-o.”
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O SUPOSTO "CONFLITO CIÊNCIA X RELIGIÃO" (II)

Recentemente, acrescentei, uma obra de  Alvin Plantinga  que até recentemente não conhecia: “ Ciência, religião e naturalismo:  onde está o ...