sábado, 30 de novembro de 2019

MEDITAÇÃO RETROSPECTIVA NOTURNA XXIII: PRIORIZAR A ALMA (ESPÍRITO)


petitpoulailler via flickr.com
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Uma interrupção nos trabalhos de pesquisa, nas leituras sobre estoicismo, pela manhã, me conduziram aos estudos em outras frentes, outras perspectivas, outros referenciais, sem contudo fugir, jamais, das temáticas a que sempre me ocupo. E. nessa manhã, o tema pensado seguirá noite adentro, a partir de Platão, no Fédon, que anoto abaixo. 

No Fédon, Sócrates expõe a Símias porque se deve estar atento e priorizar, nesta vida, a virtude (ἀξεηῆο) e a prudência (θξνλήζεσο): diz ele que a recompensa é bela (θαιὸλ γὰξ ηὸ ἆζινλ), e é grande a esperança (ἡ ἐιπὶο κεγάιε)! (Fédon, 114c).

Pois...

“Os homens que de alguma forma, cuidam de sua alma (κέιεη ηῆο ἑαπηῶλ ςπρῆο) e não vivem com o pensamento fito no corpo (ζώκαηη πιάηηνληεο δῶζη), quando dizem adeus a todo este tipo de prazeres (εἰδόζηλ) é para seguir um trilho bem diverso daqueles que não sabem aonde vão dar: pois, convictos como estão de que nada devem fazer, que seja contrário à filosofia (θηινζνθίᾳ πξάηηεηλ) e à libertação purificadora (ηῇ ἐθείλεο ιύζεη) que neles opera, é na sua direção que se voltam, seguindo espontaneamente na via por onde ela os conduz (ὑθεγεῖηαη) – (Fédon, 82d).”

Bastante conhecido que Sócrates caminhou pelas ruas de Atenas tentando persuadir outros cidadãos e até mesmo estrangeiros de que o fundamental é sempre o esforço em se melhorarem as almas. 

Pois, para ele, a alma é a parte mais preciosa (ηηκηώηεξνλ) – (Críton, 48a); tinha como principal objetivo defender a importância da alma e que esta, vale mais do que o corpo. Fica evidente que a busca da virtude, para Sócrates, está amplamente relacionada com a felicidade

Alcançar virtude é ser feliz.

(Nas citações, da bibliografia sempre consultada; os grifos e destaques, são meus)
______.
ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012).

CÍCERO. On ends (The Finibus). Tradução de H. Rackham. Harvard: https://www.loebclassics.com, 1914.

DESCARTES, R. Oeuvres. Org. C. Adam e P. Tannery. Paris: Vrin, 1996. 11v. [indicadas no texto como Ad & Tan]

 _______. Descartes: oeuvres et lettres. Org. André Bidoux. Paris:
Gallimard, 1953. (Pléiade).

______. Discursos do Método; Meditações metafísicasObjeções e RespostasAs Paixões da Alma; Cartas. (Introdução de Gilles-Gaston Granger; prefácio e notas de Gerard Lebrun; Trad. de J. Guinsberg), Bento Prado J. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (Os Pensadores).

______. O mundo (ou Tratado da luz) e O Homem. Apêndices, tradução e notas: César Augusto Battisti, Marisa Carneiro de Oliveira Franco Donatelli. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2009.

DICTIONNAIRE Philosophique - édition Garnier Frères (1878). Disponível em: https://fr.wikisource.org/wiki/Wikisource:Index_des_auteurs.

EPICTÉTE. Entretiens. Livre I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

_______. Epictetus Discourses. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 
2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue).

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

______. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments: Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

GAZOLLA, Rachel.  O ofício do filósofo estóico: o duplo registro do discurso da Stoa, Loyola, São Paulo, 1999.

GUEROULT, M. Descartes selon l’ordre des raisons. Paris: Aubier-Montaigne, 1955. 2v.

GILSON, Étienne.  O ser e a essência. São Paulo: Editora Paulus, 2016.

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

KANT, Immanuel. Vorlesung über die philosophische Encyclopädie. In: Kant gesalmmelte Schriften, XXIX, Berlin, Akademie, 1980, pp. 8 e 12).

KEELING, Eva; PITTELOUD, Lucca. Psychology and Ontology in Plato. Springer, 2019.

KING, C. Musonius Rufus: Lectures and Sayings. CreateSpace Independent Publishing Platform, 2011.

LUTZ, C. Musonius Rufus: the Roman Socrates. Yale Classical Studies 10 3-147, 1947.

MARCO AURÉLIO. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Livro II. 1)

RICOUER, Paul. Ser, essência e substância em Platão e Aristóteles. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

PLATÓN. Carta VII, In: Diálogos VII (Dudosos, Apócrifos, Cartas). Madrid: Gredos, 1992.

SCHLEIERMACHER, F. D. E. Introdução aos Diálogos de Platão. Belo Horizonte, MG: Ed. UFMG, 2018.

TEIXEIRA, L. Ensaio sobre a Moral de Descartes. 1955. 222p. Tese (Cátedra) – Faculdade de Filosofia Ciências e Letras. São Paulo, 1955.


quarta-feira, 27 de novembro de 2019

PHYSIOLOGY OF THE SOUL: MIND, BODY AND MATTER IN THE GALENIC TRADITION OF THE LATE RENAISSANCE (1550-1630)



PROJETO DE LEITURA

Quanto aos interesses do autor e, talvez, seja esse um dos motivos por me interessar pela obra: 

Lançada recentemente; adiciono aqui, nesta página, para futura leitura, quando, com mais tempo e possibilidades me dedicarei à leitura;  “seus interesses abrangem áreas como a metafísica, história da tecnologia e reconstrução de instrumentos históricos e história da quantificação e matemática aplicada, com ênfase particular na recuperação da filosofia clássica e medieval, literatura e práticas experimentais no início do período moderno.”

“Como médicos e filósofos do final da Renascença foram além dos padrões aceitos no desenvolvimento do legado filosófico de Galeno? Este estudo analisa as maneiras pelas quais médicos e filósofos desenvolveram o legado filosófico de Galen no final do Renascimento e mostra como a leitura de textos médicos clássicos foi além dos padrões e convenções aceitos.

Ao desafiar um relato historiográfico tradicional que descreveu o galenismo renascentista em termos de declínio e queda, este estudo defende uma nova avaliação do legado de Galen, também lida através das lentes daqueles que se opuseram ou reagiram criticamente a ele e, assim, contribuíram para a formação de importantes aspectos do debate moderno inicial sobre antropologia, ética, psicologia e até experimentação quantificada. Entre essas muitas inovações e transformações, a noção de "engenhosidade" (ingenium) merece atenção especial. Escondidos nessa inclinação corpórea, inerente e hereditária, dois temas principais que se inquietam com o desenvolvimento da subjetividade moderna podem ser identificados: a 'corporalidade do corpo' e o destino comum de humanos e animais.

De maneira mais geral, este estudo oferece uma contribuição para o debate em andamento sobre o papel e o valor da história médica, argumentando a favor do conceito de 'tradutibilidade histórica' no equilíbrio da longue durée das tradições com as interações caóticas de pensadores individuais.”

Quanto aos interesses do autor: “Seus interesses abrangem áreas como a metafísica, história da tecnologia e reconstrução de instrumentos históricos e história da quantificação e matemática aplicada, com ênfase particular na recuperação da filosofia clássica e medieval, literatura e práticas experimentais no início do período moderno.”

"How did late-Renaissance physicians and philosophers move beyond accepted patterns in developing Galen's philosophical legacy?
This study looks at the ways in which physicians and philosophers developed Galen's philosophical legacy at the end of the Renaissance, and shows how their reading of classical medical texts moved beyond accepted patterns and conventions.
By challenging a traditional historiographical account that described Renaissance Galenism in terms of decline and fall, this study argues for a new assessment of Galen's legacy, also read through the lens of those who opposed or reacted critically to it and thus contributed to the shaping of important aspects of the early modern debate on anthropology, ethics, psychology and even quantified experimentation. Among these many innovations and transformations, the notion of 'ingenuity' (ingenium) deserves particular attention. Hidden within this corporeal, inherent and heritable inclination, two major themes that side disquietingly with the development of modern subjectivity can be identified: the 'corporeality of the body', and the common destiny of humans and animals.
More generally, this study offers a contribution to the ongoing debate on the role and value of medical history, arguing in favour of the concept of 'historical translatability' in balancing the longue durée of traditions with the chaotic interactions of individual thinkers."

______.
Fabrizio Bigotti is Senior Research Fellow at the Institut für Geschichte der Medizin of the Julius-Maximilians University in Würzburg (Germany), and Honorary Research Fellow of the Centre for Medical History of the University of Exeter (UK). He has held postdoctoral and research positions at the Warburg Institute of London, the University of Exeter, the University of Padua and the Folger Institute of Washington D.C., and is the founder and current Director of the Centre for the Study of Medicine and the Body in the Renaissance (CSMBR) in Pisa. His interests cover areas such as metaphysics, history of technology and reconstruction of historical instruments, and history of quantification and applied mathematics, with a particular emphasis on the recovery of classical and medieval philosophy, literature and experimental practices in the early modern period.
...
Table of Contents

List of Abbreviations
List of FiguresList of Plates
Acknowledgements
Introduction

Part One: Premises
Chapter One: Body and Anatomy in the Galenic Tradition

The Reflourishing of Anatomical Studie
Questions of Method
Soul and Anatomy
Materia sentiens
Generation and Essence
Galenic Anthropology
Alexandrianism and Galenism

Chapter Two: The Soul, A Physical Question

The Seat of the Rational Soul
The Brain: Form and Function
Sensus communis
The Relation between the Whole and Its Parts
Vexatae quaestiones
Innate Heat
A Late-Renaissance Polemic: Cesare Cremonini and Pompeo Caimo
Medicine for the Soul and Treatment for the Passions

Part Two: Developments
Chapter Three: From Galen to Huarte: The Quod animi mores and the 'Theory of Ingenium'

Themes and Arguments in the Quod animi mores
Constitution, Typology, and Physiognomy
Analogy and Consecution: An Advanced Model
Juan Huarte's Examen de ingenios (1575)
Natura facit habilem
Intuition and Genius
Principles of Eugenics
From mens to ingenium

Chapter Four: The Matter of the Spirit
Antonio Persio's Trattato dell'ingegno dell'huomo (1576)
From Galenism to Naturalism: Agostino Doni's De natura hominis libri duo (1581)
Naturalism and Medicine in Bernardino Telesio's Quod animal universum (1590)
The 'Two Souls' in Telesio's Philosophy
Spiritus ingenium est: From Physiology to Ethics
Eustachio Rudio's Liber de anima (1611)
Heat and Life
The Vegetable - Animal Continuum
Essence, Quality, and Degree

Part Three: Reactions and Consequences
Chapter Five: Passion and Pathology: The Response of Aristotelianism

The Individual, Nature, and Character in Francesco Piccolomini's Universa philosophia de moribus (1583) Causal Consecution
Natural Inclination and Pathology
Cesare Cremonini's Quaestio: utrum animi mores corporis sequantur temperamentum
Lectures I-III
Lectures IV-V
Lectures VI-VII
Forms of Causality: The Model of Intrinsic Finality
Giovanni Battista Persona's Commentary on the Quod animi mores (1602)
The Ambiguous Relation between Mind and Brain
'Removing the Animal'

Chapter Six: Beyond Tradition: Santorio and Descartes

The Concept of Equilibrium Transformed: Santorio
From Degree to Quantity
Differences and Analogies: Santorio, Galileo, and Alexandrian Science
Substance and Quality in the Methodus vitandorum errorum omnium (1603)
SitusFiguraNumerus
The Body and the Machine
Sources and Problems in Descartes' Medicine
Experiment or Observation? Descartes on the Movement of the Heart and the Arteries Unsettling Similarities
Descartes and Naturalism: A Project in Common
Vestiges of Animality
Final Remarks: The Role of Tradition in Medical Thought
Plates

Bibliography

- Manuscripts
- Ancient Print Editions (Up to the 18th Century)
- Secondary Literature
Indices
- Index of Concepts and Terms
- Index of Names and Titles

______.
BIGOTTI, Fabrizio. Physiology of the soul: mind, body and matter in the galenic tradition of the late renaissance (1550-1630). Brepols Publishers, 2019. 

A FELICIDADE COMO VIDA DE ATIVIDADE: "FELICIDADE PARA HUMANOS"



"A felicidade, como é discutido neste livro, é uma vida útil, entendida como um composto de atividades que lhe dão forma como uma vida própria. Quando falo sobre felicidade neste livro, então, o assunto é uma vida feliz nesse sentido. Mas dizer o que 'feliz' deve ser 'atribuído' e não dizer em que condições esse predicado se aplica." (RUSSELL)



A reflexão de Daniel C. Russel sobre o tema "felicidade" direciona para a compreensão desta como uma vida de "atividade". 

Sobre o livro:

“Em Felicidade para os seres humanos, Daniel C. Russell lança um novo olhar sobre a felicidade de uma perspectiva prática: a perspectiva de alguém tentando resolver o maravilhoso problema de como se dar uma boa vida. Nesta perspectiva, "felicidade" é o nome de uma solução para esse problema para deliberação prática. A abordagem de Russell à felicidade enquadra-se em uma tradição que remonta aos antigos filósofos gregos e romanos - uma tradição agora chamada 'eudaimonismo'. Começando com a discussão seminal de Aristóteles sobre o papel da felicidade no raciocínio prático, Russell pergunta que tipo de felicidade seria necessária para desempenhar o papel que realmente desempenha em nossas economias práticas. Olhando para a felicidade sob essa perspectiva, Russell argumenta que a felicidade é uma vida de atividade, com três características principais: está agindo em prol dos fins pelos quais podemos viver e vivendo sabiamente por eles; é gratificante para nós, tanto como seres humanos quanto como indivíduos únicos; e é indissociável de nossas conexões com pessoas, atividades e lugares específicos que nos tornam quem somos. Ao retornar a essa perspectiva antiga sobre a felicidade, Russell encontra novas direções para o pensamento contemporâneo sobre as boas vidas que queremos para nós mesmos.”

______.

RUSSELL, C. Daniel. Happiness for Humans. Oxford University Press, 2012.

______.
Sobre o Autor: Daniel C. Russell is Professor of Philosophy at the Center for the Philosophy of Freedom, University of Arizona. He is the author of Plato on Pleasure and the Good Life (Oxford, 2005), Practical Intelligence and the Virtues (Oxford, 2009), and the editor of The Cambridge Companion to Virtue Ethics (Cambridge, forthcoming).

KANT E AS CIÊNCIAS DO HOMEM




“Wenn man eine Erkenntniß als Wissenschaft darstellen will, so muß man zuvor das Unterscheidende, was sie mit keiner andern gemeint hat, und was ihr also eigenthümlich ist, genau bestimmen können; widrigenfalls die Grenzen aller Wissenschaften in einander laufen, und keine derselben ihrer Natur nach gründlich abgehandelt werden kann.” (Kant, Prolegomena zu einer jeden künftigen Metaphysik)

“Kant behauptet, dass die Psychologie kaum eine genuine Naturwissenschaft werden kann, bezweifelt jedoch die Wissenschaftlichkeit seiner pragmatischen Anthropologie nicht – obwohl er in ihr das psychologische Vokabular zur Basis nimmt. Umgekehrt lehnt er Versuche, den Geist durch physiologische Zustände zu erklären, für seine Erforschung menschlichen Erkennens, Fühlens, Begehrens und Handelns ab, bestreitet aber nicht die Wissenschaftlichkeit entsprechender »physiologischer« Anthropologien.
Wie passt all dies zusammen?  Kant s Auffassungen über Voraussetzungen, Status und Aussichten der Wissenschaften vom Menschen zeigen, dass er ein neues und flexibles Modell der Anpassung von Methoden, Zielen und Gegenstandskonzeptionen der Wissenschaften entwickelt. Ergebnis ist, dass er den Menschen als rationalen und sozialen Akteur erforscht, um zu erkennen, welche Möglichkeiten der Selbstentwicklung wir haben.  Kant  reagiert damit originell auf Kontroversen, in denen Descartes, Locke, Hume, Bonnet, Platner oder Tetens wesentliche Rollen spielen. Seine Überlegungen bieten zudem Alternativen jenseits von heutigen Positionen in der Wissenschaftstheorie der Geistes- oder Sozialwissenschaften an.”

Sobre o autor:
Thomas Sturm: geb. 1967, Studium der Philosophie, Geschichte und Politikwissenschaft in Göttingen und an der University of California in San Diego, danach wissenschaftlicher Mitarbeiter an der Universität Marburg (1995-2000) und Forschungskoordinator einer interdisziplinären Arbeitsgruppe zur Geschichte und Philosophie der Psychologie an der Berlin-Brandenburgischen Akademie der Wissenschaften (2001-2004). Seit 2005 Research Fellow am Max-Planck-Institut für Wissenschaftsgeschichte in Berlin. 2007 Promotion an der Universität Marburg. 
Forschungsschwerpunkte: Immanuel  Kant , Wissenschaftstheorie, Philosophie des Geistes und der Psychologie, Theorien der Rationalität

______.
STURM, Thomas. Kant und die Wissenschaft vom Menschen. Mentis Verlag GmbH, 2009

SOBRE TERRITÓRIOS CONCEITUAIS E PRÁTICOS DA PSICOLOGIA

cover


Enquanto acompanho alguns texto de Thomas Stum, apareceu-me essa obra; adicionei para futuro estudo.

Quais são os territórios conceituais e práticos da psicologia? 

Como as fronteiras do pensamento psicológico, pesquisa e prática se desenvolveram na história e como elas podem ser renegociadas hoje? 

Este volume apresenta novas abordagens para essas questões, resultantes de uma colaboração de três anos entre psicólogos, neurocientistas, cientistas sociais e cientistas e historiadores e filósofos da ciência internacionalmente conhecidos da Alemanha e dos Estados Unidos, sob os auspícios da Academia de Ciências de Berlim-Brandemburgo e Humanidades

Os autores refletem criticamente sobre visões passadas e presentes da psicologia, concentrando-se em três grandes áreas temáticas: Como os conceitos psicológicos foram usados ​​em disciplinas como psicologia, filosofia ou neurociência, bem como na vida cotidiana? 

O uso de instrumentos na pesquisa psicológica expandiu ou restringiu o alcance da disciplina? E como o pensamento e a pesquisa psicológica funcionaram em contextos práticos? O volume investiga separações entre, bem como interações entre, psicologia e seus campos vizinhos e tenta superar distinções disciplinares de maneiras exemplares. As contribuições visam tornar os estudos históricos e filosóficos da psicologia relevantes para as preocupações contemporâneas e mostrar como a psicologia pode se beneficiar de uma melhor cooperação interdisciplinar - melhorando assim a compreensão mútua entre as diferentes culturas científicas.”

“What are the conceptual and practical territories of psychology? How have the boundaries of psychological thought, research and practice developed in history, and how might they be renegotiated today? This volume presents new approaches to these questions, resulting from a three-year collaboration among internationally known psychologists, neuroscientists, social scientists, and historians and philosophers of science from Germany and the United States under the auspices of the Berlin-Brandenburg Academy of Sciences and Humanities. The authors reflect critically on past and present views of psychology by focusing on three broad topic areas: How have psychological concepts been used in disciplines such as psychology, philosophy, or neuroscience, as well as daily life? Has the use of instruments in psychological research expanded or restricted the discipline’s reach? And, how have psychological thinking and research worked in practical contexts? The volume investigates separations between, as well as interactions among, psychology and its neighboring fields and tries to overcome disciplinary distinctions in exemplary ways. The contributions aim to make historical and philosophical studies of psychology relevant to contemporary concerns, and to show how psychology can profit from better interdisciplinary cooperation–thus improving mutual understanding between different scientific cultures.

(Grifos e destaques meus)

______.
ASH, Mitchell; STURM, Thomas. Psychology's territories: historical and contemporary perspectives from different discuplines. Psychology Press, 2007

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

MEDITAÇÃO RETROSPECTIVA NOTURNA XXII: "ATARAXÍA" - IMPERTURBABILIDADE

caverna Son Doong no Vietnã – a maior do mundo - foto Ryan Deboodt.
(IMAGEM: "Pinterest")


[14.b] Κύριος ἑκάστου ἐστὶν ὁ τῶν ὑπ' ἐκείνου θελομένων ἢ μὴ θελομένων ἔχων τὴν ἐξουσίαν εἰς τὸ περιποιῆσαι ἢ ἀφελέσθαι. ὅστις οὖν ἐλεύθερος εἶναι βούλεται, μήτε θελέτω τι μήτε φευγέτω τι τῶν ἐπ' ἄλλοις· εἰ δὲ μή, δουλεύειν ἀνάγκη. 

[14b] O senhor de cada um é quem possui o poder de conservar ou afastar as coisas desejadas ou não desejadas por cada um. Então, quem quer que deseje ser livre, nem queira, nem evite o que dependa de outros. Senão, necessariamente será escravo.(EPICTETO. Encheirídion. 2012).  

Anoto aqui, um brevíssimo texto que apareceu aqui, nas lembranças. Sem que seja tomado equivocadamente como defesa de que se deva “rejeitar a riqueza”. Guardo ainda a profunda reflexão que daí se pode retirar e é comum no pensamento estoico, por exemplo. Em certa medida, uma reflexão sobre a "ataraxía" (ἀταραξία): imperturbabilidade da alma. 

a) “Conta-se que Zenão de Cítio perdeu todos os seus bens num naufrágio. Ao se dar conta disso teria dito:

"A sorte deseja que eu seja um filósofo com menos coisas a carregar."

b) E, conta-nos Diógenes:

"Muitas vezes, observando a grande quantidade de mercadorias expostas à venda, ele [Sócrates] dizia a si mesmo: 'De quantas coisas não tenho necessidade!' " (Diogenes Laërtius, II, 25, 1925).

.’.

"Often when he [Socrates] looked at the multitude of wares exposed for sale, he would say to himself, 'How many things I can do without!'"(Diogenes Laërtius, II, 25, 1925).

______.
ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion de Epicteto. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012.
CÍCERO. On Duties. Trad. W. Miller. Harvard: Loeb Classical Library, 1913.
______. De Finibus. Bonorum Et Malorum. Trad. H. Rackham. Harvard: Loeb Classical Library, 1914.
______. Letters to Friends. Volume I: Letters 1-113. Trad. B. Shackleton. Harvard: Loeb Classical Library, 2001
DESCARTES, René.  As paixões da alma. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
DIÓGENES LAÉRCIO. Lives of Eminent Philosophers. vol. I, II.Trad. R. D. Hicks. Harvard: LoebClassical Library, 1925.
DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.
EPICTETO. Entretiens. Livre I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.
______. Epictetus Discourses. Book I. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.
______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.
EPICTETUS. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; Fragments; Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard:Loeb Classical Library, 1928.
HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.
______. A filosofia como maneira de viver: entrevistas de Jeannie Carlier e Arnold I. Davidson. (Trad. Lara Christina de Malimpensa). São Paulo: É Realizações, 2016.
______. Exercícios Espirituais e Filosofia Antiga. Trad. Flavio Fontenelle Loque e Loraine Oliveira. Prefácio de Davidson, Arnold. São Paulo: É Realizações, 2014. 
MARCO AURÉLIO. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.

domingo, 24 de novembro de 2019

REFLEXÃO MATINAL LXVI: SILÊNCIO

Silêncio: o poder da quietude em um mundo barulhento por [Hanh, Thich Nhat]


O silêncio respeita o ritmo do pensamento!
.'.
"Audi, Vide, Tace"

Passeia sozinho, conversa contigo mesmo" 
(EPICTETUS, Diatribes, III, 14, 1)


Se a "mente", frequentemente, está ou sintonizada no futuro, ou no passado, preocupada, com o acontecido ou que acontecerá, bem fácil defender-se, como se defende, que o presente, não é sentido. É fugidio!
Lembro-me de reflexões de alguns grandes filósofos, entre eles Santo Agostinho, em que,  refletindo cada um à sua época, sobre o tempo, alertavam para essa questão quando constatavam que o passado, não é mais; o futuro não é ainda e de que o instante presente é o que flui. Vivemos perdidos em “coisas a fazer” ou que “deveríamos ter feito”. Nosso grande equívoco! 
Dificilmente não se encontrou alguém falando de uma tal “correria” na sua vida. É a tônica contemporânea. Um mundo agitado, barulhento focado no futuro, preso no passado. 
Se se propõe asserenar, então, buscar a paz interior; a resposta é de que é impossível num mundo como esse. 
Tenho refletido, para fugir dessa concepção de que é impossível buscar a serenidade, a moderação e o controle das paixões. E, procurar o silêncio tem sido um “exercício” para elevar a alma, e dar continuidade a Vida. 

E, foi essa mais uma “reflexão matinal”.
...
a) “A semente da plena consciência se encontra em cada um de nós, mas nos esquecemos de regá-la. Acreditamos que só seremos felizes no futuro, quando conseguirmos uma casa, um carro ou um doutorado. Mantemos uma luta em nossa mente e em nosso corpo e não sentimos a paz e a alegria que temos ao nosso alcance neste preciso instante: o céu azul, as folhas verdes e os olhos de nosso ser querido.
O que é mais importante? São muitas as pessoas que passam em provas e compram casas e carros, mas seguem sendo infelizes. O mais importante é encontrar a paz e dividi-la com os demais. E para encontrá-la, podemos começar a caminhar com calma. Tudo depende de teus passos”[1].

...

b) “Nunca antes na história foi possível nos conectar uns com os outros com tanta prontidão; contudo, jamais foi tão fácil nos perder de nós mesmos. Estamos sempre ocupados demais. Nutrimos expectativas irreais para nossa vida e acreditamos que sempre há alguma condição ainda não alcançada para a felicidade. De repente, um vazio; sentimos como se algo muito importante faltasse e ansiamos desesperadamente por uma mudança radical em nossa vida. Em tempos de constante ruído e distração, simplesmente parar e ficar em silêncio é um ato revolucionário. Você deixa de lado a desunião consigo mesmo, esse não ser quem é, e reencontra as maravilhas do viver. Em Silêncio — O poder da quietude em um mundo barulhento, o respeitado professor e monge zen-budista Thich Nhat Hanh nos surpreende mais uma vez com suas inestimáveis lições repletas de valiosa sabedoria. Manter a calma interior mesmo nas situações mais caóticas e viver uma vida satisfatória com a prática de mindfulness não requer longas horas de meditação. A proposta é simples: pare e dê a si mesmo o presente de viver verdadeiramente, no aqui e no agora. Ser feliz é um direito seu. Para exercê-lo, basta querer. (HANH, 2018)"

______.
ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012).

EPICTÉTE. Entretiens. Livre I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue).

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

______. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments: Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

GAZOLLA, Rachel.  O ofício do filósofo estóico: o duplo registro do discurso da Stoa, Loyola, São Paulo, 1999.

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

______. Silêncio: o poder da quietude em um mundo barulhento. Rio de Janeiro, RJ: Harper Collins, 2018.




[1] Thich Nhat Hanh. In:O longo caminho leva à alegria: Um Guia para a Meditação Andando”.


sábado, 23 de novembro de 2019

REFLEXÃO MATINAL LXV: MODERAÇÃO


Dark Forest - Sächsische Schweiz, Deutschland - Treppenaufstieg zur Bastei, Kur ..., #bastei #deutschland #forest #sachsische #schweiz #treppenaufstieg
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Assim como outros estoicos, Musônio Rufo valorizava a "moderação", ou sōphrosúnē (σωφροσύνη - em grego antigo). A sōphrosúnē consiste em abrandar suas emoções; não comer demais, ser frugal e comportar-se com certo equilíbrio e gravitas. A moderação está profundamente relacionada com estabelecimento de médias nas atividades práticas pessoais. E, no que se refere especificamente às emoções, Musônio Rufo afirma, por exemplo, que:

“Palavras de aconselhamento e admoestação oferecidas quando as emoções de uma pessoa estão em seu ponto mais alto e transbordante pouco ou nada adiantam. [Fragmento nº 36]”

Não é novidade, nem constitui estranhamento o fato de que a verdade é sempre desagradável. Dada de supetão, não esclarece, vislumbra, até cega. Isso sem se levar em conta as “escolas” que se empenham em demonstrar sua impossibilidade. Tem sido comum esse tipo de “educação filosófica”. Em geral, a filosofia é vista como um exercício inútil, reservado a desocupados que vivem isolados em suas torres de marfim.

A considerar-se que a filosofia tem mesmo uma característica bastante voltada à reflexão teórica, abre-se imenso campo para que a vejam como inaplicável, portanto, dispensável.

O filósofo estoico Caio Musônio Rufo, chamado por alguns de “Sócrates romano”, tornou-se à sua época conhecido não só por sua coerência interna, ou seja, pela aproximação entre o que ensinava e o que vivenciava mas por ter ensinado outro grande estoico: Epicteto; sobre quem temos dedicado alguns breves textos aqui.

Como sempre destaco; das minhas leituras cada vez mais frequentes sobre estoicismo, o mais notório princípio para prática dessa filosofia é o conjunto de "exercícios práticos". Visto que os objetivos estoicos estão sempre ajustados de forma a dar mais valor à ação do que às palavras. A maneira de agir de cada indivíduo que pretenda ser um estoico é priorizada devido ao fato de que verdadeiramente a ação mostra como uma pessoa realmente é. Daí a incessante busca, realizando tais "exercícios práticos" no cotidiano para alcançar o sempre almejado princípio da eustatheia (tranquilidade) e desenvolver a euthymia (crença em si). E, como já anotei aqui nessa página, um dia desses, nunca é demais reforçar e refazer o caminho. 

Enfim, só vou dando continuidade, registrando aqui pequenas reflexões pessoais em que procuro aliar teoria e prática, num claro sentido estoico e em oposição aos que julgam a filosofia como inútil. À meditação de hoje:

1.“(a) As coisas não inquietam os homens, mas as opiniões sobre as coisas. Por exemplo: a morte nada tem de terrível, ou também a Sócrates teria se afigurado assim, mas é a opinião a respeito da morte — de que ela é terrível — que é terrível! Então, quando se nos apresentarem entraves, ou nos inquietarmos, ou nos afligirmos, jamais consideraremos outra coisa a causa senão nós mesmos — isto é: as nossas próprias opiniões.

(b) É ação de quem não se educou acusar os outros pelas coisas que ele próprio faz erroneamente. De quem começou a se educar, acusar a si próprio. De quem já se educou, não acusar os outros nem a si próprio.”


Acrescento a isso uma breve narrativa de Xenofonte sobre Sócrates, mostrando a serenidade mesmo diante das acusações que recebeu:

2. “Acompanhava-o certo Apolodoro, alma simples e extremamente afeiçoada a Sócrates, que lhe disse:

— Não posso suportar, Sócrates, ver-te morrer injustamente.

Então se diz que, passando-lhe de leve a mão pela cabeça, Sócrates respondeu:

— Como! Meu caro Apolodoro, então preferias ver-me morrer justamente?

E ao mesmo tempo sorria. 

Das muitas "meditações matinais" que levamos a cabo, surgiu também a lembrança de que os estoicos propunham também “reflexões noturnas”, como disse acima e segue a indicação abaixo.


“O método a que Musônio Rufo se refere pode ser a prática estoica da meditação retrospectiva noturna, a qual envolve a reflexão sobre o que você fez de bom ou de ruim em cada dia e a imaginação sobre o modo de melhorar sua conduta dali por diante. 
À mesa do jantar ou à hora de dormir, converse com seu filho sobre como foi o dia para vocês dois, discutindo o que deu certo e o que deu errado. Vocês perderam alguma oportunidade de fazer algo positivo pelo seu crescimento enquanto pessoas? Útil tanto para os filhos como para os pais é refletir sobre sua própria conduta, fazer comentários sobre suas falhas pessoais e revirar o cérebro em busca de soluções que visem ao aprimoramento de si. Sabedoria não é algo que se adquira do dia para a noite: estamos sempre nos empenhando na direção dela.”

A considerar só essa reflexão, extraída dos estoicos, já é bem possível notar que a filosofia tem sim fundamentalmente uma profunda relevância prática. Nas mais variadas ocasiões, no cotidiano, situações como as descritas acima, ao se apresentarem, sempre nos oferecerão oportunidades para a prática da moderação, da serenidade diante da opiniões ante os acontecimentos mesmo diante da "morte", da autoeducação diante dos intempéries da vida, como o próprio Sócrates acima, e os estoicos. O método de Musônio Rufo apresentado acima como "meditação retrospectiva noturna", bem parecida com uma proposta de Agostinho de Hipona quando propunha uma reflexão sobre o que fizemos de bom ou ruim ao longo de cada dia e o estabelecimento de "metas" a serem vencidas para a melhora da conduta a partir de cada novo dia que tem início.

E, acima de tudo, nunca esquecer, num plano mais geral, que a incessante busca, a realização destes exercícios práticos tem como ponto básico alcançarmos o tão desejado estado em nós, da eustatheia (tranquilidade) e da euthymia (crença em si)

Portanto, ainda uma vez registrando o que foi a mais recente "meditação retrospectiva noturna", durante estas "reflexões matinais", sigo estudando na perspectiva de um "προκόπτον –prokopton”. De quem aspira à Sabedoria.  

E, nunca é demais reforçar e prosseguirmos.

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BIBLIOGRAFIA SEMPRE CONSULTADA

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XENOFONTE. Apologia de Sócrates. 5. ed. Trad. Líbero Rangel de Andrade. São Paulo: Nova Cultural, 1991. (p. 164-165). (Col. Os Pensadores)
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______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue)
______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.
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SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.

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Recentemente, acrescentei, uma obra de  Alvin Plantinga  que até recentemente não conhecia: “ Ciência, religião e naturalismo:  onde está o ...