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Retornei, pela manhã, a uma reflexão de
Pierre Hadot sobre a obra de Johan Wolfgang von Goethe na tradição dos “exercícios espirituais” ou
prosseguindo,
das últimas "reflexões matinais”, retornando sempre à aplicação do princípio
estoico (“princípios
filosóficos", em (51.1) e "princípios" e (52.1),
no Encheirídion), como interpretou Hadot. Disso decorrem três
práticas:
- concentrar-se com intensidade no presente,
- considerar as circunstâncias em conjunto.
- cultivar a esperança.
Sobre a obra:
“Um dos eruditos mais
respeitados das últimas décadas comenta a atitude filosófica da figura máxima
da cultura alemã. Pierre Hadot, estudioso a quem cabe o mérito de haver
redescoberto o aspecto vivencial da filosofia clássica (conforme exposto
em A Filosofia como Maneira de Viver e Exercícios
Espirituais e Filosofia Antiga), é autor também de comentários a pensadores
modernos nos quais tal caráter é ainda perceptível. Os principais escritos
desse gênero são Wittgenstein e os Limites da Linguagem e Não
se Esqueça de Viver: Goethe e a tradição dos exercícios
espirituais. Neste livro, o último que Hadot publicou em vida, o filósofo
aborda – com o estilo profundo, elegante e agradável que sempre o acompanhou –
três “exercícios espirituais” (ou seja, práticas de autodisciplina) que o
literato alemão cultivou e que ilustram o seu lema, contrário ao Memento
mori, “Não se esqueça do morrer”: Memento vivere, “Não se esqueça de
viver”. As três práticas se reduzem a concentrar-se com intensidade no
presente, considerar as circunstâncias em conjunto e cultivar a esperança. Além
da investigação cuidadosa de como tais exercícios são sugeridos pela vida e
pelos textos de Goethe [...]. Uma obra que faz valer o elogio que lhe viria a
endereçar Luc Ferry: ‘Admirável’.”
(Grifos e destaques meus)
(Grifos e destaques meus)
______.
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__________. Elogio da Filosofia
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