domingo, 30 de junho de 2019

INBORN KNOWLEDGE: COLIN McGINN E AS ORIGENS DO CONHECIMENTO


Li essa obra em 2017, logo depois de um Congresso sobre “Relação mente-cérebro” indicado por um dos conferencistas. Por ser um tema tão importante para minhas pesquisas, minhas leituras, hoje retomei para releitura da semana, sem interromper as atividades obrigatórias e cumprimento dos inúmeros prazos.

Foco sempre na tese dele de que há problemas demais que foram criados na busca de soluções! Alguns, para ele, sem solução.

“Neste livro, Colin McGinn apresenta um argumento conciso, claro e convincente de que as origens do conhecimento são inatas - que o inatismo, e não o empirismo, está correto em sua teoria de como os conceitos são adquiridos. McGinn considera o caso particular das qualidades sensíveis - ideias de cor, forma, gosto e assim por diante. Ele argumenta que estes, que ele uma vez considerou como o caso mais forte para a posição empirista, na verdade não são bem explicados pelo relato empirista que eles derivam de interações com objetos externos. Em vez disso, sustenta ele, as ideias de qualidades sensíveis oferecem o argumento mais forte para a posição inatista - que uma ampla gama de nosso conhecimento é inata, não adquirida através dos sentidos. No entanto, McGinn adverte, como isso pode ser, é profundamente problemático. Não temos boas teorias sobre como o conhecimento inato é possível. O conhecimento inato é um mistério, embora seja um fato.
McGinn descreve o tradicional debate entre empirismo e inatismo; oferece uma série de argumentos contra o empirismo; constrói um argumento em favor do inatismo; e considera as consequências filosóficas da adoção da posição inatista, discutindo a percepção, o problema mente-corpo, o inconsciente, a metafísica e a epistemologia.”

(grifos são meus)

______.

AGOSTINHO de HIPONA (354 - 430). "Confissões". Livro X, XII e XVIII

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CICLO DE CONFERÊNCIAS: FILOSOFIA MORAL DE KANT

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REFLEXÃO MATINAL XLII: NOTAS SOBRE O DEVER DE SI PARA SI

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 Todos erram tanto mais perigosamente que cada um segue uma verdade; a sua falta não consiste em seguir uma falsidade, mas em não seguir uma outra verdade” (Blaise Pascal, Pensées, 443-863).

.’.

Assim como em Epicteto, leio os originais, acompanho as traduções do prof. Aldo Dinucci, do Encheiridion; os textos abaixo, de Marco Aurélio, também da mesmo forma, acompanho-os, na exposição do prof. Donato Ferrara em sua página no Youtube” na tradução de Virgínia de Castro e Almeida, indicada por ele. As anotadas hoje, na perspectiva de uma "reflexão matinal" à maneira estóica, apontam para a noção de dever:

“21. Se alguém pode convencer-me e provar-me que penso ou procedo mal, regozijo-me de ter assim um ensejo de me corrigir: porque procuro a verdade, que nunca fez mal a ninguém. E aquele que persiste no seu erro e na sua ignorância experimenta um mal.

22. Quanto a mim, cumpro o meu dever, e desse rumo não me desviam os outros seres porque ou são inanimados e privados de raciocínio, ou andam perdidos e ignoram o seu verdadeiro caminho.

23. Serve-te dos animais irracionais e, em geral, das coisas e dos objetos, como um ser racional deve servir-se dos que são privados de razão: com magnanimidade e liberdade. Serve-te dos homens como de seres dotados de razão, de criaturas sociáveis. Em todas as circunstâncias, invoca os deuses. E não te preocupes com o tempo que te será dado para viveres assim: se tivesses só três horas para viver desta maneira, seria suficiente.”

______.
DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.

DINUCCI, Aldo. Tradução e comentário à Diatribe de Epicteto 1.2: como manter o caráter próprio em todas as ocasiões. Veredas da História, [online]. Ano V, Edição 2: Juiz de Fora, 2012. p.197-208.

EPICTETO. Entretiens. Livre I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Book I. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue)

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

EPICTETUS. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments; Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

MARCO AURÉLIO. Meditações, VI : 21, 22, 23. (tradução de Virgínia de Castro e Almeida)

SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.


PETER HARRISON E SUA INTERPRETAÇÃO DOS FUNDAMENTOS RELIGIOSOS DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO

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Peter Harrison abre esse seu livro com esta citação de Blaise Pascal:


"We desire truth, and find within ourselves only uncertainty... This desire is left to us, partly to punish us, partly to make us perceive from whence we have fallen." (Pascal, Pensées, §401)



De minha parte, tem sido comum, à medida que avanço nas leituras dos temas propostos nesta página, sempre intercalar uma ou outra leitura, além de manter as atividades exigidas pelos cursos em andamento e disciplinas que leciono. Aqui, no caso, o tema é o “conflito entre ciência e religião” que, como foi dito, é um dos tópicos de meu interesse e pesquisas e aparece e reaparece por aqui. Não é novidade que nesse campo as duas visões historicamente tratadas como divergentes e com pressupostos, cada uma os seus, sobre o universo, seja de grande relevância. Também, temos percebido nas leituras de grandes estudiosos sobre o assunto que tal “conflito” é bem recente; assim como a própria noção de ciência, surgida em meados dos sécs. XVI e XVII. Por exemplo: Peter Harrison, que organizou “Ciência e religião”; Ronald Numbers e seu, entre outros, “Galileu Goes to jail”; Andrew Pinsent e muito recentemente: Rodney Stark. Todos eles já citados aqui, nesta página.
Peter Harrison diz em um de seus livros, já citado aqui  nessa página:

“nossos próprios conceitos de ciência e religião são relativamente recentes, surgindo apenas nos últimos trezentos anos, e são essas mesmas categorias, em vez de seus conceitos subjacentes, que limitam nossa compreensão de como o estudo formal da natureza relaciona-se com a vida religiosa”.

Entre os últimos lidos, mais um que estará entre os que sempre tornarei a ler, associando e acrescentando as aprendizagens a mais elaborados textos futuramente:  "The Fall of Man and the Foundations of Science".

Hoje, portanto, acrescento este, iniciado recentemente, terminei agora:

“Peter Harrison apresenta uma interpretações sobre os fundamentos religiosos do conhecimento científico. Ele mostra como as abordagens para o estudo da natureza que surgiram nos séculos XVI e XVII foram diretamente infuluenciadas por discussões teológicas sobre a 'queda do Homem' e a extensão em que a mente e os sentidos foram danificados por aquele evento primitivo. Os métodos científicos, sugere ele, foram originalmente concebidos como técnicas para reparar o dano cognitivo provocado pelo pecado humano. Em seu início, a ciência moderna foi conceituada como um meio de recapturar o conhecimento da natureza que Adão possuíra. Ao contrário de uma visão generalizada que vê a ciência emergindo em conflito com a religião, Harrison argumenta que as considerações teológicas foram de vital importância no enquadramento do método científico.”
(grifos meus)


______.
HARRISON, Peter. The Fall of Man and the Foundations of Science. Cambridge University Press, 2007.

Sobre o autor:

“Peter Harrison is professor of the history of science and director of the Centre for the History of European Discourses at the University of Queensland. He is the author or coeditor of numerous books, including Wrestling with Nature: From Omens to Science, also published by the University of Chicago Press.”

sábado, 29 de junho de 2019

XV SEMANA DE GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA - PUC-Rio - Philos

FILOSOFIA E AS CIÊNCIAS 


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KANT E O KANTISMO: HERANÇAS INTERPRETATIVAS


Presente, logo que publicaram, da orientadora, no Mestrado, Profa. Clélia Aparecida Martins (in memoriamque o organizou juntamente com o prof. Ubirajara R. A. Marques, orientador rigoroso, durante a graduação, a quem sou grato pela condução das minhas primeiras incursões pelo árido texto kantiano:

Esta obra busca preservar a tradição do pensamento crítico Kant e permitir revivê-lo em reflexões filosóficas. Os textos que compõem esta coletânea foram apresentados no II Colóquio de História da Filosofia, realizado em agosto de 2006, na Faculdade 
de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista.”

Nela, “o problema da liberdade de pensar, da relação da razão, no papel de crítica racional, tanto com o poder, quanto com as representações comuns; o problema dos meios pelos quais se busca uma resposta à questão última do sentido da existência não só da vida humana, mas de todas as formas vivas, que nenhum saber ou crença consegue satisfazer plenamente, são alguns dos conceitos atuais que têm sua fonte em Kant”

______.

MARTINS, Clélia Aparecida; MARQUES, Ubirajara R. A. Kant e o kantismo: heranças interpretativas. São Paulo: Brasiliense, 2009.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

REVISITANDO A ESTÉTICA RACIONALISTA ALEMÃ: DE LEIBNIZ A LESSING



Durante os dias em férias desse ano, aproveitando o tempo para ler o máximo das leituras obrigatórias; acrescentei e dei início à leitura desse livro. Tema, recorrente em conversas com amigos sobre Estética. Postei quando comecei a ler, terminei de ler ontem 30 de outubro. Para mim, uma excelente discussão sobre o tema. Projeto prossegue...


"[...] uma defesa filosófica de algumas de suas principais idéias [...] de que a beleza desempenha um papel integral na vida, que o prazer estético é a percepção da perfeição, que as regras estéticas são inevitáveis ​​e valiosas. (BEISER, 2009)" 
...

E, “Diotima's Children é um reexame da tradição racionalista da estética que prevaleceu na Alemanha no final do século XVII e no séc. XVIII. É em parte um levantamento histórico das figuras e temas centrais dessa tradição. Mas é também uma defesa filosófica de algumas de suas principais idéias, a saber, de que a beleza desempenha um papel integral na vida, que prazer estético é a percepção da perfeição, que as regras estéticas são inevitáveis ​​e valiosas. Isso mostra que as críticas de Kant e Nietzsche a essa tradição são amplamente infundadas. A tradição racionalista merece uma reavaliação porque é de grande significado histórico, marcando o início da estética moderna, da crítica de arte e da história da arte.”

"Este estudo surgiu da convicção de que o único caminho a seguir em estética é voltar atrás. Para evitar as aporias do presente, devemos recuperar a tradição estética antes de Kant, especialmente a tradição do racionalismo estético de Leibniz a Lessing, que liga a era moderna ao passado clássico. Um estudo adequado dessa tradição nos ensina a importância da beleza na vida, a conexão íntima da beleza com a verdade e a bondade, a necessidade de regras, a importância do paladar e a dimensão cognitiva da experiência estética. Todas essas doutrinas foram rejeitadas por Kant, mas com base em um gosto polêmico, limitado e apressado. A estética contemporânea repousa na polêmica de Kant, mas o custo tem sido grande: a estética não tem mais conteúdo. Qualquer coisa, mesmo latas de sopa e mictórios, são obras de arte. Não advogo a reabilitação por atacado da estética racionalista, apenas o reexame de seus temas centrais. Enquanto a era neoclássica se foi para sempre, muitas de suas idéias fundamentais são de importância duradoura. Mesmo se alguém os rejeitar, é pelo menos importante saber o porquê. Isso significa que precisamos reconstruir os fundamentos intelectuais da tradição racionalista. Essas fundações são muito mais fortes do que muitos suspeitam. Na análise final, eles se apóiam em dois pilares inabaláveis: o princípio da razão suficiente e a autoridade de Diotima. Enquanto este estudo aborda a estética contemporânea, ele se destina principalmente como uma contribuição para os estudos históricos. Tentei esboçar os amplos contornos da tradição racionalista na Alemanha, de Leibniz a Lessing. Embora tenha havido muitos estudos focados em pensadores individuais, não houve nenhum dedicado à tradição como um todo. Felizmente, adotar essa visão mais ampla nos ajudará a ver as floresta e as árvores. Este estudo não pretende ser uma história completa do racionalismo estético na Alemanha. O objetivo é cobrir apenas suas figuras centrais, aquelas que tiveram maior influência." ...

"Diotima's Children is a re-examination of the rationalist tradition of aesthetics which prevailed in Germany in the late seventeenth and eighteenth century. It is partly an historical survey of the central figures and themes of this tradition But it is also a philosophical defense of some of its leading ideas, viz., that beauty plays an integral role in life, that aesthetic pleasure is the perception of perfection, that aesthetic rules are inevitable and valuable. It shows that the criticisms of Kant and Nietzsche of this tradition are largely unfounded. The rationalist tradition deserves re-examination because it is of great historical significance, marking the beginning of modern aesthetics, art criticism, and art history."

(só os grifos são meus)

______.
BEISER, F. C. Diotima’s children: german aesthetic rationalism from Leibniz to Lessing. Oxford: Oxford University Press, 2009.


VI COLÓQUIO HANS JONAS

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O “Princípio responsabilidade”: 40 anos depois

Na PUC-PR.






quinta-feira, 27 de junho de 2019

MEDITAÇÃO RETROSPECTIVA NOTURNA XII: LIBERDADE, SERENIDADE E PAZ

“Ensine-me como confiar em meu coração,    em minha intuição e sabedoria interior,   nos sentidos do meu corpo,    nas bênçãos ...

(Imagem: Pinterest)

Ainda uma reflexão sobre a liberdade [ἐλευθερίας], serenidade [εὐροίας], e a imperturbável paz de espírito [ataraxia

O ponto de partida:

“Você vê, então, que é necessário para você vir a ser um frequentador das escolas, se você realmente deseja fazer um exame das decisões de sua própria vontade. E que este não é um trabalho para uma simples hora ou dia você sabe tão bem quanto eu.” (EPICTETO)

Em plena caminhada:

“Guarde por todos os meios aquilo que é próprio de você, mas não alcance aquilo o qual é de outro. Sua fidelidade é própria de você, seu autorrespeito é próprio de você; quem, então, pode tirar essas coisas de você? Quem senão você mesmo pode evitar de usá-las (EPICTETO. D. I.XXV.4)”

Antes do assentimento, examinar detidamente as representações, recomenda Epicteto. Portanto:

“O homem que se exercita contra tais representações externas é o verdadeiro atleta em treino. [...] Grande é a luta, divina é a tarefa; o prêmio é um reino, liberdade [ἐλευθερίας], serenidade [εὐροίας], paz [ataraxia] (EPICTETO. D. II.XVIII.28-29).”

Nesse sentido, também exercitar o julgamento trará como consequência prática, o domínio das ações futuras e controle das emoções

“Muito bem, então, se o julgamento do homem determina todas as coisas [no campo da ação], e se um homem tem maus julgamentos, qualquer que seja a causa será também a consequência. (EPICTETO. D. III.IX.4-5).”

E, já dizia Pierre Hadot, refletindo sobre o que chamou “exercícios espirituais” na antiguidade”:

“Tal é a lição da filosofia antiga: um convite para cada ser humano a transformar a si mesmo. Filosofia é uma conversão, uma transformação do indivíduo em sua maneira de ser e viver, e uma busca pela sabedoria. Esta não é uma matéria fácil”.

Prosseguirá, assim, o "prokoptonπροκόπτον ".


______.
ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion de Epicteto. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012).

EPICTETO. Entretiens. Livre I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Book I. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue).

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

______. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments: Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

GAZOLLA, Rachel.  O ofício do filósofo estóico: o duplo registro do discurso da Stoa, Loyola, São Paulo, 1999.

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

______. HADOT, Pierre. Exercícios espirituais e filosofia antiga. (trad Flavio Fontenelle Loque e  Loraine Oliveira. Prefácio: Davidson, Arnold. São Paulo: Editora "É Realizações",  2014.

PARA UMA REFLEXÃO SOBRE HISTÓRIA DA METAFÍSICA

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A obra em questão, tem sido examinada a partir da filosofia de Heidegger como “filosofia da existência”, na forma como tratam os especialistas em Ser e Tempo, de 1927. 

No entanto, ressaltando já, de início, que estou pensando no “existencialista” Kierkegaard, e no fato de que Heidegger se recusava a se definir como um “existencialista”.

Aqui cheguei a partir do interesse pelo conceito de “tédio”, tratado numa perspectiva diferente da que tenho acompanhado.


_______.
HEIDEGGER, M. Sein und Zeit. Tübingen: M. Niemeyer, 1986.

______.Que é metafisica? Trad. Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural, 1989. (Os Pensadores).

______Kant y el Problema de la Metafísica. 3. ed. México: Fondo de Cultura Econômica, 1996.

______. Seminários de Zolikon. São Paulo: EDUC; Petrópolis: Vozes, 2001.

______. Conceitos fundamentais de metafísica: mundo, finitude e solidão. Rio de Janeiro, RJ: Forense Universitária, 2003.

______. A questão da técnicaScientiæ & Studia. São Paulo, v. 5, n. 3, p. 375-98, 2007.

______. Ser e Tempo. Trad. Fausto Castilho. Campinas - SP: Ed. Unicamp, 2012

KIERKEGAARD. O conceito de angústia. 3. ed. Trad. Alvaro Valls. Petrópolis, RJ, Vozes, 2015.


domingo, 23 de junho de 2019

REFLEXÃO MATINAL XLI: VALORES QUE NÃO TEM PREÇO


toda mulher gosta de ....
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Epicteto propõe, como sempre aponto nas meditações por aqui, como um primeiro passo o afastamento dos falsos juízos. A proposta de Epicteto está bem próxima da que tinha sido apresentada por Sócrates. Uma "vida examinada" e orientada por filosofia (não qualquer), como para Sócrates, também para Epicteto esse primeiro passo faria com que compreendêssemos, com o esforço, essa Lei que nos tiraria da ignorância e, além disso, nos colocaria na esteira de dois princípios estoicos fundamentais que devem já formar a base sólida para enfrentarmos a nós mesmos: 
  • a tranquilidade (apatheia)
  • a imperturbável paz de espírito (ataraxia).
"[...] quando o espírito se acalma, tudo se acalma."  

E, bem li, relendo, o “Entretiens”, volume I, da obra de Epicteto, iniciando a manhã, trecho em que trata de valores que nos são mais caros e sobre os quais diria que é pelo valor que concedemos às coisas que geralmente agimos:

“És tu quem precisa inserir isso na sua deliberação, não eu. Pois és tu que conheces a ti mesmo, quanto valor tem para ti mesmo e por quanto vendes a ti mesmo, e diferentes homens vendem-se por diferentes preços (1.2.11).”*

O estoico ocupa-se em agir de modo adequado diante dos acontecimentos da vida, e quando nada pode fazer, não agirá. Isso é uma consequência da aplicação dos princípios “theoremata”  (Encheiridion, 52), a que se dedica, como prokopton. Sua tranquilidade, e imperturbável paz de espírito são daí advindas.

Daí a incessante busca, realizando tais exercícios práticos no cotidiano para alcançar a eustatheia (tranquilidade) e euthymia (crença em si) como já anotei aqui nessa página, mais de uma vez.

______.
DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.

DINUCCI, Aldo. Tradução e comentário à Diatribe de Epicteto 1.2: como manter o caráter próprio em todas as ocasiões. Veredas da História, [online]. Ano V, Edição 2: Juiz de Fora, 2012. p.197-208.

EPICTETO. Entretiens. Livre I. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Book I. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue)

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

EPICTETUS. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments; Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

MARCO AURÉLIO. Meditações, IV : 3, 12, 13 e 17. (tradução de Virgínia de Castro e Almeida)

SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.
....

* LINK da tradução e comentário à Diatribe de Epicteto 1.2: como manter o caráter próprio em todas as ocasiões:


sábado, 22 de junho de 2019

REFLEXÃO MATINAL XL: EXERCÍCIO PARA A MANHÃ E NOITE


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Nas Meditações (Livro V : 1), Marco Aurélio, anotava suas reflexões estóicas, e é notória proximidade com Epictetus e Sêneca.

“De manhã, quando te levantas contra vontade, pensas: Levanto-me para cumprir a minha tarefa de homem. Por que hei de afligir-me, visto que vou fazer justamente aquilo para que nasci e para o que fui mandado a este mundo? Fui porventura criado para me conservar no quente, deitado debaixo de cobertores? — É mais agradável. — Nasceste, pois, para te entregares ao que é mais agradável? Em suma, nasceste para a passividade ou para a ação? Repara como plantas, pássaros, formigas, abelhas fazem cada qual o seu trabalho e concorrem quanto podem para manter o equilíbrio do mundo. Só tu estarias dispensado da tua tarefa e terias o direito de te furtar ao que manda a natureza? — Também devemos descansar. — É justo; mas ao repouso também a natureza impõe um limite, como ao comer e ao beber; e tu ultrapassas tal limite, vais além do que é necessário, enquanto na ação, no esforço, te conservas aquém do possível.”

Uma, entre as que acho belíssimas e costumo associar com a que segue abaixo, em que se lê os preceitos seguintes:

“Não deixe teu sono cair sobre seus olhos lassos
Antes de ter pesado todos os atos do dia:
Em que falhei? Que fiz, qual dever omiti?
Começa por aí e prossegue o exame: após o que 
Condena o malfeito, alegra-te pelo Bem.” *

...

Antes de ir para a cama, portanto:

Reflita sobre as coisas mais importantes que aconteceram no dia que encerrou e o que de mais importante relaciona-se com uma ética pessoal.

Pergunte a ti mesmo:

·        O que fiz errado?
·        O que fiz certo?
·        E o que ainda precisa ser feito?

______.
*PORFÍRIO. Vida de Pitágoras, § 40; Conversações III, 10. 3 (tradução Souilhé).

O SUPOSTO "CONFLITO CIÊNCIA X RELIGIÃO" (II)

Recentemente, acrescentei, uma obra de  Alvin Plantinga  que até recentemente não conhecia: “ Ciência, religião e naturalismo:  onde está o ...