Blog criado para breves reflexões sobre: Filosofia, Metafísica; Ética, Bioética (Relações entre ciência, tecnologia e impactos éticos), Deontologia (Kant). Filosofia clássica alemã: herança kantiana. Ciência x Religião. Espiritualidade e saúde. “Problema mente-corpo" (Frontiers of the mind-brain). Memória. Subjetividade. História e Filosofia da Psicologia e da Biologia. Ênfase no estudo das obras de Immanuel Kant, Hegel, Epicteto, Kierkegaard, Schleiermacher, Jaspers; Habermas.
segunda-feira, 29 de junho de 2020
REVISTA "ESTUDOS KANTIANOS" - (UNESP - MARÍLIA)
domingo, 28 de junho de 2020
SCHNEEWIND: ENSAIOS SOBRE A FILOSOFIA MORAL DE KANT (II)
Recentemente, tive acesso
à leitura desses ensaios de Jerôme B. Schneewind e entre eles um, específico,
trata da relação de Kant com a filosofia moral pré-kantiana; interessou-me
uma possível relação com os estoicos, apresentada
por Schneewind num destes ensaios. Li
e como prossegui com a leitura do tema e desse autor, acabei encontrando,
acrescentei e terminei de ler mais dois de sua autoria; sempre focando as
leituras dos ensaios em que ele dá maiores contribuições à filosofia e ética
kantianas.
“Ensaio
sobre a história da filosofia moral”: “J. B. Schneewind apresenta uma seleção de seus ensaios publicados
sobre ética, a história da ética e da psicologia
moral, juntamente com uma nova peça que oferece uma autobiografia
intelectual. O volume varia entre os séculos XVII, XVIII e XIX: inclui os
primeiros conhecimentos morais e princípios morais anti-fundacionalistas de Schneewind, o clássico "Os infortúnios da virtude" e
outros ensaios sobre a relação de Kant com a filosofia moral pré-crítica; também um longo artigo sobre "Os poderes
ativos" e a própria interpretação de Schneewind da filosofia moral
de Kant. Esses escritos fornecem excelentes introduções aos dois longos
livros de Schneewind e os
complementam de maneiras importantes.”
...
“Filosofia
moral de Montaigne a Kant”: “Essa antologia contém trechos de
trinta e dois importantes filósofos morais dos séculos XVII e XVIII. Incluindo
uma introdução substancial e extensas bibliografias, a antologia facilita o
estudo e o ensino da filosofia moral moderna em seu período formativo crucial.
Assim como pensadores conhecidos como Hobbes,
Hume e Kant, há trechos de uma ampla
gama de filósofos nunca reunidos anteriormente em um texto, como Grotius, Pufendorf, Nicole, Clarke, Leibniz, Malebranche, Holbach e Paley. Originalmente publicada como uma edição de dois volumes em
1990, a antologia agora é reeditada com um novo prefácio pelo professor Schneewind, como uma antologia de um
volume para servir como um companheirona compreensã da história de sucesso da ética moderna, The Invention of Autonomy . A antologia
fornece muitas das fontes discutidas em A
invenção da autonomia e, juntos, os dois volumes serão um recurso
inestimável para o ensino da história da filosofia moral moderna.”
“A
invenção da autonomia”: “Este livro notável é o estudo mais
abrangente já escrito sobre a história da filosofia
moral nos séculos XVII e XVIII. Seu objetivo
é definir a ética ainda influente de
Kant em seu contexto histórico,
mostrando em detalhes quais eram as questões centrais da filosofia moral para
ele e como ele chegou a suas próprias visões éticas distintas. O livro está
organizado em quatro seções principais, cada uma explorando a filosofia moral,
discutindo o trabalho de muitos filósofos influentes dos séculos XVII e XVIII.
Em um epílogo, o autor discute a
visão de Kant sobre sua própria historicidade e os objetivos da filosofia
moral. Em seu alcance, em suas análises de muitos filósofos não discutidos em
outros lugares e em revelar o sutil entrelaçamento do pensamento religioso e
político com a filosofia moral, esse é um relato sem precedentes da evolução da
ética de Kant.”
Sobre
o autor:
J. B. Schneewind is Emeritus Professor of Philosophy at Johns Hopkins University. He has studied at Cornell and Princeton and has taught at Chicago, Yale, Princeton, Hunter, Stanford, Leicester, Halle, Helsinki, and Johns Hopkins. A member of the American Academy of Arts and Sciences, he has been Chair of the Board of the Americal Philosopical Association and was awarded a Quinn Prize for Distinguished Service.
("grifos" e "destaques" meus)
______.
SCHNEEWIND, Jerome B. Invention of autonomy: a history
of Modern moral philosophy. Cambridge University Press, 1997.
sábado, 27 de junho de 2020
WEBINAR DO CFM: "BIOÉTICA EM TEMPOS DE COVID-19"
quarta-feira, 24 de junho de 2020
REVISITANDO A LÓGICA DE KANT: REGRAS... LIMITES.
(IMAGEM: "Pinterest")
Tendo prosseguido com os estudos, ainda tentando escrever um pouco mais sobre a pesquisa, há sempre o necessário intervalo, uma pausa breve na oficina. E, além do muito apreço ao tema e muito à obra, voltei, pela manhã ao "Manual dos cursos de Lógica geral", de Kant. (já tinha escrito aqui, sobre essa obra em 17 julho de 2019).
Parti, além da obra em si, de inestimável valor pessoal (considerando, de onde veio e a dedicatória, como destaquei, na primeira vez que a citei aqui); da afirmação de Kant sobre a “Lógica”, desde Aristóteles, não ter dado quase nenhum passo à frente nem para trás, dado que “o limite da Lógica acha-se determinado de maneira bem precisa, por ser ela uma ciência que expõe circunstanciadamente e prova de modo rigoroso unicamente as regras formais de todo o pensamento.”
E, seria tal “limite”, a vantagem de seu sucesso como ciência. Claro é que tal afirmação já foi bastante contestada e embora me interesse muito, não vou me demorar sobre ela. Só vou começar a pensar a ideia de "limites" a partir da noção de "regras". Futuramente retorno à questão; após mais estudos e reflexões.
"Tudo na natureza (Natur), tanto no mundo inanimado quanto vivo, ocorre segundo regras (Regeln), embora nem sempre conheçamos essas regras de imediato - A água cai segundo as leis dos gravesm e o movimento da marcha entre os animais produz-se conforme regras. O peixe na água e o pássaro no ar movem-se segundo regras. A Natureza toda, em geral, nada mais é propriamente do que um nexo de fenômenos segundo regras e em parte alguma ocorrre ausência de Regras (Regellosigkeit). Quando pensamos tê-la encontrado, só podemos dizer que as regras nesse caso no são desconhecidas.
O exercício das nossas faculdades (Kräfte) também se faz segundo certas regras, que seguimos inicialmente, inconscientes delas, até que, mediante tentativas e um demorado uso de nossas faculdades, chegamos ao seu conhecimento, o que acaba nos colocando em tal familiaridade com elas que nos custa muita fadiga pensá-la in abstacto. Do mesmo modo a gramática geral (allgemeine Gramatik), por exemplo, é a forma (Form) de uma língua em geral. Mas falamos mesmo não conhecendo a gramática, e quem não a conhece e no entanto fala possui na verdade uma gramática e fala segundo regras de que não tem consciência, porém." (KANT, 2002, p. 25)
terça-feira, 23 de junho de 2020
AINDA PENSANDO NO PERÍODO "PRÉ-CRÍTICO" KANTIANO: METAFÍSICA
Prosseguindo com a pesquisa, passando
por textos que, mesmo tratando de diversos temas mais distantes do principal e
mais urgente, percebo aproximações e, por estarem, em certa medida, "na
esteira" das discussões, de há alguns anos para cá, retorno e me fixo
sempre nos clássicos.
Aqui, sem sairmos das leituras
tradicionais, retornei pela manhã, à discussão entre Leibniz e Locke,
relendo Os Novos ensaios sobre o entendimento humano, que apresentam
a teoria do conhecimento de Leibniz e
sua crítica ao empirismo clássico de John Locke. Leio esse debate
que se estabelece na obra de Leibniz sobre
a obra de Locke sempre focado em
elementos com os quais Immanuel Kant, se posiciona e discute desde o
período pré-crítico até suas
formulações do período Crítico.
Além das discussões sobre o
conhecimento, uma outra questão a da origem do
mal (bem resolvida, em mim) como não sendo de origem no “Criador”,
mas no próprio homem, acabou me conduzindo para alguns outros autores como Wolff, Baumgartem; os moralistas
ingleses, Hume; Berkeley, Hobbes e, agora mais atentamente,
retomei a releitura dessa obra de Leibniz:
The Oxford Handbook of Leibniz; um
denso volume que parece me ajudar como um ponto de contato ao caráter
interdisciplinar da ampla produção de leibniziana, nos vários domínios para os
quais Leibniz contribuiu. Maria Rosa
Antognazza reúne especialistas para a elaboração da obra e oferece uma imagem bem
convincente sobre os empreendimentos de Leibniz.
Enfim, prosseguindo!
______.
ANTOGNAZZA, Maria Rosa. The Oxford Handbook of Leibniz. Oxford
University Press, 2018.
BUTLER, J; CLARKE, S;
HUTCHESON, F; MANDEVILLE, B; SHAFTESBURY, L; WOLLASTON, W. Filosofia moral britânica: Textos
do Século XVIII. Campinas, SP: Ed. Unicamp, 2014.
CUNHA, Bruno. A gênese da ética em Kant: o
desenvolvimento moral pré-crítico em sua relação com a teodiceia. São
Paulo: Editora LiberArs, 2017.
______. Lições sobre a doutrina filosófica da
religião. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.
KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad.
Guido A. de. São Paulo: Discurso editoria: Barcarola, 2009.
______. Textos pré-críticos. São Paulo: Editora Unesp, 2005.
______. Textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
LEIBNIZ. G. W. Novos ensaios sobre o entendimento humano. Lisboa:
Edições Colibri, 1993.
______. Ensaios de teodicéia. São Paulo:
Estação Liberdade, 2013.
______; WOLFF, C; EULER, L.P; BUFFON, G.-L;
LAMBERT, J. H; KANT, I. Espaço e
pensamento: textos escolhidos. Organização de Márcio Suzuki (Org.).
Tradução de Márcio Suzuki e Outros. São Paulo: Editora Clandestina, 2019. 286.
LOCKE, John. Ensaio sobre o entendimento humano. São
Paulo: Martins Fontes, 2012.
PHILONENKO, Alexis. L'Oeuvre de Kant: la philosophie
critique. Tome I. J. Vrin, 1996. (col. Bibliothèque d'histoire de la
philosophie)
RATEAU, Paul. Leibniz
on the Problem of Evil, Oxford University Press, 2019.
sábado, 20 de junho de 2020
ESPIRITUALIDADE E SAÚDE MENTAL: ABP
PSICOPATOLOGIA: REFLEXÕES MULTIDISCIPLINARES
Tendo reservado, dessa
semana, três manhãs de revisita a uma aula que apresentei há um ano atrás, bem longe daqui, em
vista de este ano ela estar prestes a ser realizada novamente, revisitei os
temas. Faço sempre assim, se desvio das pesquisas, volto sempre por onde já há trilha de caminhos já
percorridos e nunca abandonados. Uma maneira de manter a delimitação dos poucos
temas a que mais demoradamente me atenho.
Acostumado a ler
Karl Jaspers, desde seu “Introdução ao pensamento filosófico”, e,
sempre como "existencialista", ou como grande autor dos 2 volumes
de “Algemeine Psychopathologie” a
que tive acesso, inicialmente em português, e sempre os consulto, no original,
à medida que vou aprendendo o idioma, sobre estes temas com qual sempre estou
envolvido e estudando.
Cheguei a esse filósofo,
da mesma forma que cheguei a Hans Jonas; pelo interesse em temas da filosofia e da medicina. Entre os grandes do nosso
tempo, poucos demonstraram tanto conhecimento nas duas áreas, conheciam tão bem
os problemas relacionados à área médica tanto quanto da filosófica. Ainda
continuo lendo autores que mantém este perfil, de trabalharem nas duas frentes;
tendo já, aqui mesmo, nesta página, descrito entre os mais recente, algumas referências a Iván Izquierdo, sobre suas pesquisas
sobre a Memória e sobre "Bases biológicas do transtornos mentais". Ou
seja, como Karl Jaspers, Hans Jonas,
tanto pela experiência direta quanto pelas reflexões sobre essa experiência ao
longo da vida: eles eram médicos e importantes pensadores que conviveram entre
filósofos e médicos.
Mais recentemente,
também, nas pouquíssimas horas vagas, entre as leituras kantianas para a
pesquisa; ainda na esteira do Jaspers, estou lendo o material de "psicopatologia" do
Prof. Paulo Dalgalarrondo (médico).
Muito material bom nas obras; inclusive, claro, com diálogos com filósofos também!
Enfim, bons motivos para
enriquecer as pausas para os indispensáveis e ainda sofríveis exercícios de
retorno ao violão.
____
BARLOW, David H; DURAND, Mark; HOFMANN, Stefan G. Psicopatologia: uma abordagem integrada. 3. ed. Boston: Cengage Learning, 2021.
DALGALARRONDO,
Paulo. Psicopatologia e semiologia
dos transtornos mentais. 3. ed. – Porto Alegre, RS: Artmed, 2019.
______. Religião, psicopatologia e saúde mental. Porto
Alegre, RS: Artmed, 2008.
IZQUIERDO, Ivan. A arte de esquecer: cérebro,
memória e esquecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Vieira & Lent,
2010.
______. Memória. 3. ed. Porto Alegre: Artmed,
2018. 140 p.
______. KAPCZINSKI,
Flávio; QUEVEDO, João; IZQUIERDO, Ivan. Bases biológicas dos transtornos psiquiátricos: uma abordagem
translacional. 3. ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2011.
JASPERS, Karl. Il medico nell'età della técnica. Con
un saggio introduttivo di Umberto Galimberti. Milano: Raffaello Cortina
Editore, 1991.
______. Der Arzt im technischen Zeitalter: Technik
und Medizin. Arzt und Patient. Kritik der Psychotherapie. 2. ed. München:
Piper, 1999.
______. Psicopatologia geral: psicologia
compreensiva, explicativa e fenomenologia. São Paulo: Atheneu, 1979. (2 vols.)
______. Plato and Augustine. Edited by
Hannah Arendt. Translated by Ralph Manheim. New York: Harvest Book, 1962.
______. Introdução ao pensamento filosófico. 16.
ed. São Paulo: Cultirx, 1971.
JONAS, Hans. "Técnica, medicina e ética: sobre
a prática do princípio responsabilidade". São Paulo: Paulus,
2013. (Ethos)
KANT, Immanuel. Observações sobre o sentimento do belo e do sublime. Papirus, Campinas, 1993.
MORRISON, James. Entrevista inicial em saúde mental. Porto Alegre, RS: ARTMED, 2010.
OLIVEIRA, Sérgio Eduardo Silva de; TRENTINI, Clarissa Marceli. Avanços em psicopatologia: avaliação e diagnóstico baseados na CID-11. Porto Alegre, RS: ARTMED, 2023.
QUEVEDO, J. ; IZQUIERDO, I. (Orgs.). Neurobiologia
dos transtornos psiquiátricos. Porto Alegre: Artmed, 2020. 388 p.
quinta-feira, 18 de junho de 2020
REFLEXÃO MATINAL XL: SE A RAZÃO PREVALECER
“ Aquele que possui prudência é
também contido, o que possui autocontenção também é inabalável, o inabalável é
imperturbável, o imperturbável está livre da tristeza, o que está livre da
tristeza é feliz. Portanto, o prudente é feliz, e a prudência é suficiente para
constituir a vida feliz.” (SÉNECA*, 2014, Carta LXXXV : 2)
Como tenho anotado aqui, na verdade, para reflexão e aplicação a mim, e que acabo compartilhando.
Recordo que os estoicos
adotam, a reflexão matinal, como uma preparação para o dia que surge e
que aplica-se ao dia que se inicia e aos dias seguintes; por toda vida.
O prokopton, ao levantar-se
pela manhã, deverá ter sempre essa meta.
Também recomendam
uma “meditação retrospectiva noturna” (bem
próximo do que Agostinho de Hipona também
recomendou).
O aspirante à sabedoria, deverá exercitar-se para ter
sempre boas coisas em mente quando o dia começa; deve ocupar-se com os “tà
eph’hēmîn”, com os encargos que sejam
verdadeiramente seu dever pessoal . Começa, toda manhã, ao despertar,
perguntando-se: o que, na verdade, deve ser o foco para alcançar a Ἀταραξία – ataraxia: "imperturbabilidade de espírito"?
E, durante todo dia,
todos os dias, a meta deverá ser uma disciplina interior.
Portanto, retornando ao
tema, reli pela manhã sobre o assunto, reencontrando-me com a passagem das "Paixões
da alma", de René Descartes:
“Mas,
como a maioria de nossos desejos se estende a coisas que não dependem de nós
nem todas de outrem, devemos exatamente distinguir nelas o que depende apenas
de nós, a fim de estender nosso desejo tão-somente a isso; e quanto ao mais,
embora devamos considerar sua ocorrência inteiramente fatal e imutável, a fim
de que nosso desejo não se ocupe de modo algum com isso, não devemos deixar de
considerar as razões que levam mais ou menos a esperá-la, a fim de que essas
razões sirvam para regular nossas ações” (Paixões da alma, 1983. § 146).
Junto a essa de
Descartes, duas outras citações, que reforçam, p\ra mim, a necessidade de reorientarmos
nossa tarefa se pretendemos ser um Prokopton.
Fundamental para a persistência no aprendizado. Vejamos:
“[...]
Novamente,
não faz diferença a grandeza da paixão; não importa qual seu tamanho possa ser,
não reconhece nenhuma obediência, e não dá boas-vindas ao conselho. Assim como
nenhum animal, selvagem ou domesticado, obedece à razão, já que natureza os fez
surdos ao conselho; assim as paixões não seguem nem escutam, por mais que sejam
moderadas. Tigres e leões nunca adiam a sua selvageria; eles às vezes a
moderam, e então, quando você está menos preparado, sua ferocidade adormecida é
despertada para a loucura. Vícios nunca são domesticados.
Novamente,
se a razão prevalecer, as paixões nem sequer começarão; mas se elas se
encaminharem contra a vontade da razão, elas se manterão contra a vontade da
razão. Pois é mais fácil detê-las no começo do que controlá-las quando ganham
força. Este meio caminho (atenuação dos vícios, admitida pelos peripatéticos)
é, portanto, enganoso e inútil; deve ser considerado como a declaração de que
devemos ser moderadamente insanos ou moderadamente doentes.”
A se pensar!
______.
quarta-feira, 17 de junho de 2020
O "PROBLEMA XXX", ANGÚSTIA E A HISTÓRIA DA MELANCOLIA: POSSÍVEIS APROXIMAÇÕES
A partir da releitura
do “Problema XXX” em
Aristóteles (em 2018), estou estudando a tradição filosófica sobre esse problema, na tentativa de apreender a
própria visão da época sobre o conceito de μέλαινα χολὴ e após exposição desse,
qual seria a resposta de Aristóteles e
uma possível evolução do conceito após suas reflexões.
A isso, acrescentei,
retomando leituras kierkegaardianas que
fiz em 1992, de um autor que tenho lido com mais frequência também: Rollo May, no que ele apresenta de
influência da obra de S. A. Kierkegaard,
que despertou meu interesse para o “Conceito
de angústia”, “Temor e tremor”, e
a “Psicologia do dilema humano”. Só,
mais recentemente, em 2019, tive acesso a outra obra: “As obras do amor”, inclusive acompanhando um grupo de pesquisas da Argentina sobre temas em Kierkegaard.
Hoje, prosseguindo, numa das pausas da pesquisa, li “História da Melancolia” (Cordás; Emílio,
2016).
A obra interessou-me à
medida que me permitiu analisar o tema em relação ao que apontei acima, tanto
sobre autores quanto sobre os temas. E, ela tem como objetivo o que está
delineado na sinopse do livro:
“Doença,
loucura, melancolia e depressão são palavras cujos significados e percepções
são historicamente construídos e, portanto, mutáveis, refletindo e evidenciando
formas de pensar. Com linguagem acessível, mas sem deixar de lado a qualidade
das informações e das reflexões propostas, os autores deste livro apresentam e
analisam, a partir dos conhecimentos tanto da psiquiatria como da história, as
ideias que influenciaram a compreensão da melancolia na civilização ocidental,
da mitologia clássica até o DSM-5.”
(a referência completa, seguirá
abaixo).
O que pude perceber até
aqui, com as leituras, é que o problema
ainda está em aberto.
As soluções que se tem apresentado ainda não resolveram uma série de
questões.
O meu interesse, naturalmente, é filosófico,
mas tenho acompanhado atentamente as discussões do ponto de vista dos avanços
atuais, tanto na pesquisa médica, Nenriciências e da Psiquiatria,
sobre esta questão quanto aos avanços na área da Psicologia e na própria Filosofia.
Algumas das leituras
resultam breves apontamentos como estes que anoto aqui.
Voltemos ao trabalho!
______.
ARISTÓTELES. Obras Completas. - Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa. Lisboa: INCM - Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Lisboa: 2005.
______. O homem de gênio e a melancolia. São
Paulo: Nova Aguilar, 2009.
CODÁS, Táki Athanássios; EMÍLIO, Matheus Schumaker. História da melancolia. Proto Alegre, RS: Artmed, 2016.
KIERKEGAARD, S. A. O desespero humano: doença
até a morte. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
______. O desespero humano: São Paulo: Ed.
UNESP, 2010.
______. Do desespero silencioso ao elogio do amor
desinteressado.(Org. Alvaro Valls). Escritos, 2004.
______. As obras do amor. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
______. O conceito de angústia. 3. ed. Trad.
Alvaro Valls. Petrópolis, RJ, Vozes, 2015.
MAY. Rollo. May, R.,
Angel, E., & Ellenberger, H. (Orgs.). Existencia: nueva dimension em
psiquiatría y psicología. Madrid, Editorial Gredos, 1977.
______. (Org.). Psicologia existencial. Rio
de Janeiro: Globo, 1980.
______. A descoberta do ser. São Paulo:
Rocco, 1988.
______. O homem à procura de si mesmo. São
Paulo: Ed. Círculo do livro, 1992.
______. Psicologia
do dilema humano. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
PONTE, Carlos Roger Sales
da; SOUSA, Hudsson Lima de. Reflexões críticas acerca da psicologia
existencial de Rollo May. Rev. abordagem gestalt., Goiânia ,
v. 17, n. 1, p. 47-58, jun. 2011. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672011000100008&lng=pt&nrm=iso>.acessos
em 17 ago. 2019.
terça-feira, 16 de junho de 2020
REFLEXÕES SOBRE A "RELIGIÃO MORAL DE KANT"
Como tem sido uma
constante, mantendo o foco das leituras atuais, a que tenho me dedicado, aqui
acrescento outra obra que acabei de ler, dando continuidade aos trabalhos.
Trata-se de "Kant's moral religion", escrito por Allen
Wood.
Como já escrevi, aqui na página; é
sabido que "Kant era um epistemólogo, um filósofo da mente,
um metafísico da experiência, um especialista em ética e
um filósofo da religião. Mas tudo isso foi sustentado por sua fé
religiosa", pontos que sempre me interessaram e compõem minhas leituras
básicas. Portanto, é nessa linha que acrescento mais esta obra,
agora, mais especificamente, tratando dos temas da moral e religião em
Kant.
O livro também, como
outros que acrescentei aqui, tem como objetivo discutir temas bastante criticado
por diversos autores.
Portanto:
“Na Religião moral
de Kant, Allen W. Wood argumenta que a doutrina da crença religiosa
de Kant é consistente com seu melhor pensamento crítico e, de fato, que os "argumentos
morais" - juntamente com a fé que justificam - são parte integrante
da filosofia crítica de Kant. . Wood mostra que a perspectiva religiosa
sensível de Kant sobre o mundo merece ser considerada uma das maiores de suas
contribuições filosóficas. Ao apresentar sua interpretação de Kant, Wood
fornece uma declaração clara do que o filósofo revela em seu raciocínio para
crer em Deus e na imortalidade. Ele reexamina a concepção de volição moral de
Kant e defende sua doutrina do "bem supremo." Discute o uso de Kant
da fé moral como um critério racional para a religião em relação à fé
eclesiástica, experiência religiosa e reivindicações à revelação divina.
Finalmente, ele discute a idéia do filósofo de um mal radical na
natureza do homem e desenvolve a teoria da graça divina de Kant, como é
prenunciada em seu livro de 1793, Religião dentro dos limites da razão. Wood
sustenta que os pensamentos de Kant sobre religião são uma ótima solução
filosofal para problemas difíceis que devem ser enfrentados por todos e podem
servir de guia em qualquer esforço para lidar racionalmente com questões
religiosas.”
Enfim; lido e
necessariamente, incluído nas reflexões, juntando-o aos outros já
apontados aqui, entre os quais, alguns volto a inserir na bibliografia abaixo.
(grifos e destaques meus)
______.
CUNHA, Bruno. A gênese
da ética em Kant. São Paulo: Editora LiberArs, 2017.
DICK, Corey. Early
Modern German Philosophy (1690-1750). OUP. Oxford University Press, 2010.
KANT, Immanuel. Lições
de ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Fedhaus. São Paulo: Editora Unesp,
2018.
______. Lições sobre
a doutrina filosófica da religião. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2019.
______. A religião
nos limites da simples razão. Edições 70, Lisboa, 1992.
KANTERIAN. Edward. Kant, God and Metaphysics: the secret thorn. Routledge, 2017.
sábado, 13 de junho de 2020
BEETHOVEN: ANGÚSTIA; VIDA, OBRA, ROMANTISMO E IDEALISMO ALEMÃES
Ludwig van
Beethoven, mais vivo do que nunca. Presente em repertórios de
grandes orquestras em todo mundo. E, está completando 250 anos e sua
obras tem sido executadas por grande solistas em sua homenagem; apesar dos
tempos em que vivemos, segue sendo lembrado.
Quanto a mim, ainda
adolescente, estudante de música, tive um primeiro contato com partituras
como "Pour Elise"; "Sonata ao luar", mas foi quando conheci a Quinta
Sinfonia e Nona Sinfonia que passei a buscar mais informações
sobre a obra e o compositor.
Reconhecido por muitos
como um gênio da música. Também, nesse período, já antigo frequentador da
Biblioteca municipal da cidade, encontrei um livro de Romain Rolland, que
me levou, de uma vez por todas, a estudar mais a fundo a sua bibliografia e a
história de sua obra, situando Beethoven em seu tempo, sua família,
sua relação com outros músicos, com mecenas, com o público, até com mulheres, a
saúde e os problemas com "audição". Um ser humano, como qualquer um
de nós.
Nos anos 90, num programa de rádio, ouvi um programa inteiro sobre a obra beethoveniana, sua maneira "romântica" de dar título às partituras e o tema da "melancolia". Enfim, mais um elemento novo à época, mas que depois comecei a estudar também, e a primeira obra que destaco aqui apresenta um pouquinho de elementos desse aspecto da sua biografia. Trata-se de Beethoven: angústia e triunfo:
Ou seja, sempre as
temáticas mais constantes nas minhas leituras presentes nestas obras e autores
que comentei aqui.
E, apesar de estar mais envolvido
com a temática do Idealismo Alemão, e, em certa medida, com o romantismo alemão, acabei de acrescentar às outras, conforme
dados abaixo, para ler nos intervalos da pesquisa principal, a obra de Lewis
lockwood: "Beethoven: the music and the life"
“Lewis Lockwood esboça as
turbulentas estruturas pessoais, históricas, políticas e culturais em que
Beethoven trabalhou e examina seus efeitos em sua música. “O resultado é a mais
rara das realizações, um trabalho profundamente humano de erudição que irá - ou
pelo menos deveria - atrair especialistas e generalistas em igual medida”
(Terry Teachout, Commentary). Finalista do Prêmio Pulitzer. "Lewis
Lockwood escreveu uma biografia de Beethoven na qual as horas que Beethoven
passou escrevendo música - isto é, seus métodos de trabalho, seu interesse por
compositores contemporâneos e antigos, o desenvolvimento de suas intenções e
ideais musicais, sua vida musical interior, em curto - foram devidamente
integrados com os eventos externos de sua carreira. O livro é inestimável.
" (Charles Rosen)
BURKE,
Edmund. Investigação filosófica sobre a origem de nossas ideias do
sublime e da beleza. São Paulo: Edipro, 2016.
HENRICH,
Dieter. The unity of reason: essays on Kant's philosophy.
Trad. Jeffrey Edwards. Richard L. Velkely (editor). Library of Congress
Cataloging-in-Publication Data. Oxford University Press, 1994.
______. Denken
und Selbst: Vorlesungen über Subjektivität. Suhrkamp, 2016.
______. Between
Kant and Hegel: lectures on german idealism. Harverd University Press:
Cambridge, Massachusssets; London, England, 2008.
______. Grundlegung
aus dem Ich: Untersuchungen zur Vorgeschichte des Idealismus. Tübingen
– Jena 1790–1794. Suhrkamp Auflage, 2004.
______. Konstellationen: Probleme
und Debatten am Ursprung der idealistischen Philosophie (1789-1795).
Klett-Cotta /J. G. Cotta'sche Buchhandlung Nachfolger, 1991.
KANT,
Immanuel. Crítica da faculdade do juízo. Trad. Valério Rohden
e Antonio Marques. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.
KIERKEGAARD.
S. A. Œuvres Complètes. Tome XX. Index Terminologique. Principaux
concepts de Kierkegaard par Gregor Malantschuk. Traduit du danois, adapté e
complété par Else-marie Jacquet-Tisseau. Paris, Éditions de L’orante, 1986.
______. O
conceito de angústia: uma simples reflexão psicológico-demonstrativa
direcionada ao problema dogmático do pecado hereditário de Virgilius
Haufniensis. Tradução e Posfácio Álvaro Luiz Montenegro Valls. 3. edição,
Petrópolis, Vozes, 2015. (Vozes de bolso)
LOCKWOOD,
Lewis. Beethoven: the musica and the life. W. W. Norton
& Company, 2005.
______. Beethoven: a
música e a vida. Conex, 2004.
SACHS,
Harvey. A nona sinfonia: a obra-prima de Beethoven e o
mundo na época de sua criação". Rio de Janeiro, RJ: José Olimpio,
2017.
SCHILLER,
J. C. Friedrich. Cartas sobre a educação estética do homem. São
Paulo: Iluminuras, 1995.
______. Kallias ou sobre a beleza: a correspondência entre Schiller e Körner (jan-fev. 1793. Trad. Ricardo Barbosa. Rio de Janeiro: J. Zahar Editores, 2002.
SWAFFORD, Jan. Beethoven: angústia e triunfo. Amarilys, 2017.
quarta-feira, 10 de junho de 2020
domingo, 7 de junho de 2020
MEDITAÇÃO RETROSPECTIVA NOTURNA XXXVI: OS VERDADEIROS BENS E A "LEI NATURAL"
Segundo os estóicos, se a
razão
não segue a "Lei natural",
ela se perde no caminho dos vícios e, com a desculpa de que viver é tarefa
complexa, o homem, decide-se por desvios improdutivos e não a seguindo,
tornam, a vida difícil, infeliz e distante das Virtudes. Quase que, com tal afastamento, criam uma “segunda natureza”, resultado de vida viciosa e indisciplinada.
Tenho aprendido e prossigo com a “meditação andando” (Hanh, 2000) por trilhas da “filosofia prática” tanto em Epicteto
quanto em Sêneca, que uma das tarefas práticas da filosofia dos antigos e dos estoicos, é a busca por cultivar uma
vida simples e sem apegos infundados ao que esteja lá fora, no mundo externo. Já é natural e fundamental
o desprendimento, sem desprezo do que nos seja útil ao aprendizado.
Aqui, acrescento um texto
a que retomo e registrei nesta página, escrito por Aldo Dinucci e Antonio
Tarquínio; um trecho da “Introdução ao
Manual de Epicteto (2012)”
referindo-se a Sócrates, no Eutidemo; um "Diálogo" platônico que, à
época, tomei para meditação da noite e revisito hoje. O texto trata dos verdadeiros bens.
Diz o texto:
"No Eutidemo de
Platão, Sócrates observa que os bens reconhecidos pelos mortais se
transformam em males se administrados por imprudentes. Apresentarei o argumento
de Sócrates no Eutidemo de
um modo didático. Pensem, leitores, em uma lista de bens. Suponho que nela incluirão coisas como a riqueza, a saúde, o poder, um
elevado status social, o prazer, a vida.
Mas
considerem o seguinte: a riqueza na mão de um tolo se torna inútil ou destrutiva; e se
pode ser má, não é em si mesma nem boa, nem má. A saúde também nem sempre é um bem, já que seu contrário,
a doença, pode por vezes levar
o homem a valorizar sua vida e tomar ciência de si mesmo. O poder já foi ocasião para a ruína
e a destruição de muitos. Um elevado status
social pode concorrer para
tornar o homem arrogante e cercá-lo de falsos amigos. O prazer também nem sempre é um bem,
pois há prazeres que escravizam e destroem os homens. Seu contrário, a dor, nem
sempre é um mal, pois às vezes é um meio para se obter algo maior (como o
atleta que se submete a um treinamento extenuante para melhorar seu
desempenho). E a vida também
não é em si mesma um bem ou um mal, pois há ocasiões em que a morte é opção
melhor que a vida (como no caso de alguém que, para continuar vivendo, tem que
trair seus princípios, sujeitar-se a indignidades, ou compactuar com crimes).”
(Dinucci; Taquínio, 2012. p.7)
(os grifos e destaques são
meus)
“Mantenha-se
firme, mantenha-se Bem” (Sêneca)
Sugestão para aprofundamente da reflexão sobre o tema da "paixões"
Link com a exposição do professor Aldo Dinucci (UFS): "O Estoicismo e a cura das paixões" https://www.youtube.com/watch?v=lnxfnwMdVmg - 07 de julho de 2020.
__________.
ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion de Epicteto. Edição
Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos
e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão, SE: Universidade
Federal de Sergipe, 2012.
DINUCCI, Aldo; TAQUÍNIO,
Antonio. Introdução ao manual de
Epicteto. São Cristóvão, SE: Universidade Federal de Sergipe, 2012.
HANH, Thich Nhat. Meditação andando: um para a paz
interior. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
quarta-feira, 3 de junho de 2020
MACHADO DE ASSIS NOS INTERVALOS (II)
Nova
tradução de "As Memórias póstumas de Brás Cubas” para o inglês, pela Penguin Classics,
por Flora Thomson-DeVeux, que o traduziu como “The Posthumous
Memoirs of Brás Cubas”. (cf. Imagem).
Ela
escreveu também um artigo* “Lendo Machado através do espelho: estudo de
caso da tradução das Memórias Póstumas”, publicado no nº 25 da MAEL,
em que compara as três traduções anteriores do romance para o inglês, mostrando
como as diferentes soluções permitem conhecer melhor a grandeza e a
complexidade do texto de Machado de Assis.
* Link do Artigo escrito por Flora Thomson-DeVeux, no Scielo, (dez. 2018): https://www.scielo.br/pdf/mael/v11n25/1983-6821-mael-11-25-0096.pdf
Saiu
também uma resenha sobre a nova tradução, publicada na New
Yorker (por Dave Eggers, de 02 de junho de 2020, que assinou o Prólogo desta tradução da obra.
E,
também um texto na Folha de São Paulo (Caderno “Ilustrada”, por Maurício Meireles, de 03 de
junho de 2020).
ATUALIZANDO, sobre o grande lançamento.
Saindo na mídia, na Revista ISTO É (17.06.2020), e a editora É Realizações destacou, conforme o link abaixo:
.
segunda-feira, 1 de junho de 2020
UMA DISCUSSÃO BIOÉTICA ATUAL
"Em uma entrevista exclusiva, realizada pela jornalista Roxane Ré, do Jornal da USP no Ar, Reinaldo Ayer de Oliveira, primeiro secretário da Sociedade Brasileira de Bioética (SBB) abordou questões relacionadas aos Protocolos da Ética Médica em tempos de COVID-19"
Link: Jornal da USP no Ar
O SUPOSTO "CONFLITO CIÊNCIA X RELIGIÃO" (II)
Recentemente, acrescentei, uma obra de Alvin Plantinga que até recentemente não conhecia: “ Ciência, religião e naturalismo: onde está o ...
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Retomando os estudos, com novos inícios, superações. Estudando hoje, durante um excelente curso em andamento , conforme o link que acresc...
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REFLEXÃO MATINAL CLXII: UMA INTERPRETAÇÃO KANTIANA DA MORAL CRISTÃ EM "CONFRONTO" COM ÉTICAS ANTIGASDado o percurso que iniciei há alguns anos, hoje estudando as referências básicas para as pesquisas aqui acrescentei esse artigo às obras qu...