terça-feira, 28 de março de 2017

UMA REFLEXÃO SOBRE O "BEM-ESTAR"

1. MINDSCAPE: Robert Cloninger, MD, "On Genetics, Personality & Wellness."

2. (NUPES-UFJF): “Is it possible to change our personality? How? / É possível mudar nossa personalidade?” – Dr.Cloninger



domingo, 26 de março de 2017

"FEELING GOOD"

Uma reflexão sobre sentir-se bem...

Com David Burns.
Palestra realizada em um evento TEDx, produzido independentemente.
Por que às vezes caímos em buracos negros de depressão, ansiedade e 'auto-dúvida'? 
E podemos mudar a maneira como nos sentimos?

"FEELING GOOD"

sábado, 25 de março de 2017

DO USO DA RAZÃO COMO PROFILAXIA...


"Devemos viver como médicos, tratando a nós mesmos com a razão, contra os males de não usá-la". (Musónio Rufo)

______.


(Caio Musónio Rufo - Filósofo estóico do primeiro século da “era cristã”. Nascido em Volsínios, na Etrúria. Viveu entre 25 d.C. - 95 d.C.)

PARA NÃO PERDER TEMPO...

"Não é papel do filósofo multiplicar argumentos e demonstrações. Se um argumento claro e consistente não basta, o problema está no ouvinte. Ao multiplicar as demonstrações para quem se nega a aceitar o claro e sonoro perde-se grande tempo, e se reconhece um tipo de teimosia que não deveria ser reconhecido". (Musonio)

(Caio Musónio Rufo - Filósofo estóico do primeiro século da “era cristã”. Nascido em Volsínios, na Etrúria. Viveu entre 25 d.C. - 95 d.C.)



sexta-feira, 24 de março de 2017

O LUGAR DA PESSOA NO COSMOS


"Ian Ramsey Centre for Science and Religion, University of Oxford, e a Pontificia Universidad Católica de Chile têm o prazer de convidar jovens acadêmicos da América Latina para se candidatarem a participar do workshop O lugar da pessoa no cosmos, que será realizado em Santiago do Chile, de 20 a 22 setembro de 2017, até 15 maio de 2017 [...]"

http://www.cyral.org/pt-br/workshops/pessoa-no-cosmos/

RELAÇÃO MENTE-CORPO: PRIMEIROS APONTAMENTOS

Para Renè Descartes:



"[..] a fim de que se note que o corpo, tomado em geral, é uma substância, razão pela qual também ele não perece de modo algum; mas que o corpo humano, na medida em que difere dos outros corpos, não é formado e composto senão de certa configuração de membros e outros acidentes semelhantes; e a alma humana, ao contrário não é assim composta de quaisquer acidentes, mas é uma pura substância (...) é, no entanto, sempre a mesma alma; ao passo que o corpo humano não mais é o mesmo pelo simples fato de se encontrar mudada a figura de alguma de suas partes. Donde se segue que o corpo humano pode facilmente perecer, mas que o espírito ou a alma do homem [...] é imortal por sua natureza (DESCARTES, 1649/1983, p. 80)"*.

O texto a que dou início aqui vincula-se a um tema que já era uma das minhas motivações, antes mesmo da entrada na Graduação, quando pude ter os primeiros contatos com uma mais ampla bibliografia à época, orientado pela profa. Carmen Beatriz Milidoni (in Memoriam).
Minha perspectiva, que ainda prevalece e pretendo desenvolver aqui, é a de que Renè Descartes pode ter sido mal interpretado, por vários autores. O mote escolhido para pensar essa questão é, exatamente, a compreensão de que à medida que se aprofunda numa leitura mais sistemática da obra cartesiana, confrontando sua própria produção, pode-se notar uma leitura, de certa forma enviesada.

Daí, como ponto de partida, passarei a um exercício que considera o próprio método que Descartes usa no exame dessas ideias e toda a "visão de mundo" que o circundava.
Em seguida, após esse exame, tentar compreender as consequencias para a sua visão da medicina, dada a visão de homem que se desdobra da primeira análise. E, que o próprio Descartes discute.
Bastante significativa, e será analisado com mais rigor, o "problema da relação entre a mente e o corpo", considerando exclusivamente os seus escritos. Em que medida se deve apreender tal compreensão senão pelo exame mesmo da obra cartesiana?
Ciente de que ele, realmente, apresentou uma separação entre o corpo e a mente, considerarei o fato de que essa era uma ferramenta metodológica, de teor metafísico e que considera os elementos simples antes de examinar os elementos compostos; que examinaremos a partir da obra "As paixões da alma".
Nota-se nesse procedimento metodológico, quase que à maneira da Navalha de Ockam, o seu interesse em tentar compreender a alma e o corpo como separados entre si, para em seguida pensar sua união e todas as implicações para sua Medicina, causadas por essa junção, uma composição entre corpo e alma: O "[...] corpo humano pode facilmente perecer, [...] o espírito ou a alma do homem [...] é imortal por sua natureza" (Idem; Ibidem).

______.
*. Discursos do Método; Meditações; Objeções e Respostas; As Paixões da Alma; Cartas; introdução de Gilles-Gaston Granger; prefácio e notas de Gerard Lebrun; Trad. de J. Guinsberg, Bento Prado J. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (Os Pensadores).

quarta-feira, 22 de março de 2017

DESFAZENDO MITOS

Como desde há muito tempo e nesse momento, continuo estudando o tema "história da ciência e da religião", decidi refletir sobre como a noção de conflitos entre religião e ciência não se sustenta; a menos que se justifiquem e se fundamentem em "mitos" preestabelecidos. 

Tal reflexão, anota-se aqui, permeada muitas vezes por relações de aproximaçāo e/ou conflitos. 

No entanto, os pesquisadores da Universidade do Wisconsin, EUA, Ronald L. Numbers, e da Universidade de Oxford, Inglaterra, Andrew Pinsent, estiveram na UFJF participando do III Ciclo de Conferências Internacionais em Ciência e Espiritualidade e apresentaram reflexões a desfazerem certos "mitos" fragilmente defendidos no que se refere a essa discussão.


Artigo/entrevista:
http://www.ufjf.br/revistaa3/files/2013/10/18-19.pdf

Videos
1. (Numbers)
https://www.youtube.com/watch?v=hKpvLvah0QY

2, (Pinsent)
https://www.youtube.com/watch?v=-39OweTCOLo&feature=c4-overview&list=UUBFbFwJHAdu6PAitK1_3gTw

sábado, 18 de março de 2017

KANT E A METAFÍSICA

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Ainda que se pretenda expulsá-la, ela retornará, forte e robusta; parece alertar o próprio Kant:

“A razão humana, num determinado domínio dos seus conhecimentos, possui o singular destino de se ver atormentada por questões, que não pode evitar, pois lhe são impostas pela sua natureza, mas às quais também não pode dar resposta por ultrapassarem completamente as suas possibilidades. Não é por culpa sua que cai nessa perplexidade. Parte de princípios, cujo uso é inevitável no decorrer da experiência e, ao mesmo tempo, suficientemente garantido por esta. Ajudada por estes princípios eleva-se cada vez mais alto (como de resto lho consente a natureza) para condições mais remotas. Porém, logo se apercebe de que, desta maneira, a sua tarefa há-de ficar sempre inacabada, porque as questões nunca se esgotam; vê-se obrigada, por conseguinte, a refugiar-se em princípios, que ultrapassam todo o uso possível da experiência e, não obstante, estão ao abrigo de qualquer suspeita, pois o senso comum está de acordo com eles. Assim, a razão humana cai em obscuridades e contradições, que a autorizam a concluir dever ter-se apoiado em erros, ocultos algures, sem contudo os poder descobrir. Na verdade, os princípios de que se serve, uma vez que ultrapassam os limites de toda a experiência, já não reconhecem nesta qualquer pedra de toque. O teatro destas disputas infindáveis chama-se Metafísica”.

______.
(KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Trad. de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão - Introdução e notas de Alexandre Fradique Morujão. 3. ed. - A VII - Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994, p. 3).
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quinta-feira, 16 de março de 2017

PROGRAMAÇÃO DO 2º SIMPÓSIO INTERNACIONAL MENTE-CÉREBRO - 17/3/2017


"O enigma continuará a ser debatido no 2º Simpósio Internacional Mente-Cérebro, que acontece nos dias 17 e 18 de março de 2017 no Anfiteatro do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O evento é promovido por pesquisadores do Núcleo de Pesquisa em Espiritualidade e Saúde (NUPES) da instituição e da Universidade de São Paulo (USP), com o apoio do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP e da Universidade de Oxford (Inglaterra)."


CRIAÇÃO OU EVOLUÇÃO: PRECISAMOS ESCOLHER?

DURANTE O "VIII CICLO DE CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS EM CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE - NUPES":

Poucas questões geram tantas e intensas discussões entre os cristãos ou outras crenças como o tema da criação em contraposição com a evolução. O autor Denis Alexander - Instituto Faraday para ciência e religião da Universidade de Cambridge, investiga e procura discutir se há possibilidades de uma harmonia em torno das duas propostas. Em nova edição, o autor atualiza a ciência, e estende a discussão sobre as implicações teológicas do tema.
Publicação da obra traduzida para o português prevista para breve.


 

domingo, 5 de março de 2017

REFLEXÃO MATINAL XXVI (I): TEMPERANÇA



Nada de "mudar o mundo", quero mesmo avançar sobre mim mesmo!

. ' .

"Eu não sou sábio e (que tua maledicência seja satisfeita) não o serei. Exige de mim, portanto, não que eu seja igual aos bons, mas unicamente melhor que os maus. Basta-me a cada dia cortar algum de meus vícios e refrear meus desvarios." (SÊNECA. "Da vida Feliz". XVII : 3)


"εγκράτεια"

O texto abaixo, contendo uma "prece" e "quatro pedidos", tem forte ligação com a “cultura grega”, portanto, leiamos como tal; retenhamos o que seja bom:

(No FEDRO)

"Fedro — [...] Mas vamos embora, porque o calor já não está tão forte.
Sócrates — Não convém que façamos uma prece a esses deuses, antes de seguir o caminho?
Fedro — Por que não?
Sócrates — Querido Pã e outros deuses que estais neste lugar, concedei-me a beleza interior e fazei que meu exterior se harmonize com tudo o que carrego dentro de mim. Que eu possa considerar rico o sábio e possa ter uma quantidade de ouro que só o temperante conseguiria tomar para si ou levar consigo. Precisamos de outras coisas, Fedro? Creio que pedi o suficiente.
Fedro — Esta oração é também a minha, pois os amigos têm tudo em comum.
Sócrates — Vamos, então!"
______.
(PLATÃO. In: Fedro, 279 B-C, apud REALE, G. O saber dos antigos: terapia para os tempos atuais. 3. ed. São Paulo: Loyola. p. 251-261)
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Sobre os quatro pedidos...:
1. Primeiro pedido: “[...] beleza interior” [...]
2. Segundo pedido: “[...] concordância que o homem deve realizar entre o ‘interior’ e o ‘exterior’ [...] o que é ‘espiritual' e o que está ligado ao corpo”
3. Terceiro pedido: “[...] não é o ouro (e a riqueza em geral) o verdadeiro Bem [...] a Sabedoria tem muito mais valor que este.”
4. Quarto pedido: “[...] o filósofo sabe que não pode pedir [...] todo o ouro da sabedoria [...] mas pode [...] ter o mais possível [...] desde que não ultrapasse o justo limite.”

Seria esse o temperante...

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A RELIGIÃO NOS LIMITES DA SIMPLES RAZÃO: PROSSEGUINDO COM OS TRABALHOS DESDE 2018 (IV)

  Sobre " A religião nos limites da simples razão ". Na próxima sexta-feira, 19.04.2024 , às 14h, os professores Bruno Cunha e ...