terça-feira, 25 de outubro de 2022

REBELDES FABULOSOS: OS PRIMEIROS ROMÂNTICOS E A INVENÇÃO DO EU

Desde quando exatamente nossos pensamentos e ações giram em torno de nós mesmos, em torno de nosso ego? Desde quando esperamos que só nós determinemos nossas vidas?

No final da década de 1790 – quando a maioria dos estados europeus ainda estava nas garras dos governantes absolutistas – a ideia do indivíduo livre era considerada extremamente perigosa. E, no entanto, naquela época, um grupo de pensadores na pequena cidade universitária de Jena ousou colocar o ego no centro de seu pensamento, escrita e vida. Esses fabulosos rebeldes incluíam os poetas Goethe, Schiller e Novalis, os filósofos Fichte, Schelling e Hegel, os brilhantes irmãos Schlegel e o jovem cientista Alexander von Humboldt e sua musa, a corajosa e de espírito livre Caroline Schlegel.

 

Enquanto a Revolução Francesa estava mudando o cenário político da Europa, esses jovens românticos em Jena estavam iniciando uma revolução da mente. Sua vida transitou entre discussões prolixas, escândalos sensacionais, amores apaixonados e, acima de tudo, ideias radicais. Seus pensamentos sobre o poder criativo do ego, as exigências da arte e da ciência, a unidade do homem e da natureza e o verdadeiro significado da liberdade não só influenciaram o trabalho de muitos pintores, poetas e músicos, mas também moldaram nosso entendimento. da natureza e nossos projetos sociais e nosso anseio por uma vida autodeterminada.

 

Em seu livro inspirador, a autora best-seller Andrea Wulf não apenas fala sobre o que é provavelmente o círculo de amigos mais turbulento da história intelectual alemã, mas também explica por que ainda hesitamos entre os perigos do forte egocentrismo e as excitantes possibilidades do livre-arbítrio. . Porque a decisão entre a realização pessoal e o egoísmo destrutivo, entre os direitos do indivíduo e a nossa responsabilidade para com a comunidade e as gerações futuras é tão difícil hoje como era então.

 

. ‘ .

Seit wann genau kreist unser Denken und Handeln um uns selbst, um unser Ich? Seit wann erwarten wir, dass wir allein über unser Leben bestimmen?

Ende der 1790er Jahre – als die meisten Staaten in Europa noch im eisernen Griff absolutistischer Herrscher waren – galt die Idee vom freien Individuum als brandgefährlich. Und doch wagte zu dieser Zeit eine Gruppe von Denkern in der kleinen Universitätsstadt Jena, das Ich in den Mittelpunkt ihres Denkens, Schreibens und Lebens zu stellen. Zu diesen fabelhaften Rebellen gehörten die Dichter Goethe, Schiller und Novalis, die Philosophen Fichte, Schelling und Hegel, die genialen Schlegel-Brüder sowie der junge Wissenschaftler Alexander von Humboldt und ihre Muse, die mutige und freigeistige Caroline Schlegel.

 

Während die Französische Revolution die politische Landschaft Europas veränderte, entfachten diese jungen Romantiker in Jena eine Revolution des Geistes. Ihr Leben bewegte sich zwischen wortreichen Auseinandersetzungen, aufsehenerregenden Skandalen, leidenschaftlichen Liebesaffären und vor allem radikalen Ideen. Ihre Gedanken über die kreative Macht des Ich, den Anspruch von Kunst und Wissenschaft, die Einheit von Mensch und Natur und die wahre Bedeutung von Freiheit sollten nicht nur das Werk vieler Maler, Dichter und Musiker beeinflussen, sondern prägend werden für unser Naturverständnis, unsere Gesellschaftsentwürfe und unsere Sehnsucht nach einem selbstbestimmten Leben.

 

In ihrem inspirierenden Buch erzählt Bestsellerautorin Andrea Wulf deswegen nicht nur von dem wohl turbulentesten Freundeskreis der deutschen Geistesgeschichte, sondern erklärt auch, warum wir bis heute zwischen den Gefahren der starken Ichbezogenheit und den aufregenden Möglichkeiten des freien Willens schwanken. Denn die Entscheidung zwischen persönlicher Erfüllung und zerstörerischem Egoismus, zwischen den Rechten des Einzelnen und unserer Verantwortung gegenüber der Gemeinschaft und künftigen Generationen ist heute so schwierig wie damals.

______.

AMERIKS, Karl. The Cambridge Companion to German Idealism. Cambridge University Press; 2. ed., 2017.

BAVARESCO, Agemir Bavaresco; TAUCHEN, Jair Tauchen; PONTEL, Evandro Pontel (Orgs.). De Kant a Hegel: Leituras e atualizações. - Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2019.

BECKENKAMP, Joãosinho. Entre Kant e Hegel. Porto Alegre: Edipucrs, 2004, 288 p.

BEISER, Frederick. The Ffate of reason: german philosophy from Kant to Fichte.  Reprint. Harvard University Press. Harvard University Press, 1993.

______. Diotima’s children: german aesthetic rationalism from Leibniz to Lessing. Oxford: Oxford University Press, 2009.

______. German Idealism: the struggle against subjectivism, 1781-1801. Massachussetts: Harvard University Press, 2008.

BOWIE, Andrew. German philosophy: a very short introduction, Oxford University Press, USA, 2010.

DICK, Corey, Early Modern German Philosophy (1690-1750). OUP. Oxford University Press, 2010.

FERREIRO, Héctor; HOFFMANN, Thomas Sören; BAVARESCO, Agemir (Orgs.). Los aportes del itinerario intelectual de Kant a Hegel. Porto Alegre, RS, Editora Fi: EDIPUCRS, 2014. (Comunicaciones del I Congreso GermanoLatinoamericano sobre la Filosofía de Hegel. Português./Espanhol)

FERRY, Luc. Kant: uma leitura das três "Críticas". 3. ed. Rio de Janeiro: Difel, 2009.

GOLDSCHMIDT, Tyron; PEARCE, Keneth L. (Editores). Idealism: new essays in metaphysics. OUP, 2017.

GUYER, PAUL. The Cambridge companion to Kant. Cambrridge University Press, UK, 1992.

HADOT, Pierre. Não se Esqueça de Viver: Goethe e a tradição dos exercícios espirituais. Malimpensa, Lara Christina de], São Paulo: É Realizações, 2019.

HENRICH, Dieter. Grundlegung aus dem Ich: Untersuchungen zur Vorgeschichte des Idealismus. Tübingen – Jena 1790–1794. Suhrkamp Auflage, 2004.

______. Konstellationen: Probleme und Debatten am Ursprung der idealistischen Philosophie (1789-1795).  Klett-Cotta /J. G. Cotta'sche Buchhandlung Nachfolger, 1991.

HÖFFE, Otfriede. Immanuel Kant. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

______. Immanuel Kant. München: C. H. Beck, 2004.

______. Kant: crítica da razão pura: os fundamentos da filosofia moderna. São Paulo: Edições Loyola, 2013.

PHILONENKO, Alexis. Études kantiennes. Librairie philosophique J. Vrin, Paris, 1982.

WULF, Andrea. Fabelhafte rebellen: die frühen romantiker und die erfindung des ich - reich bebildert, mit vielen farbigen abbildungen und karten. ‎ C.Bertelsmann Verlag, 2022.


sexta-feira, 14 de outubro de 2022

SEMINAR: “THE ATHENS COLLOQUIUM ON KANT AND GERMAN IDEALISM” (ATHENS, OCTOBER 2022 – JUNE 2023)

“Temos o prazer de informar sobre a série de seminários The Athens Colloquium on Kant and German Idealism, organizado pelo Departamento de Filosofia da Universidade de Atenas, Grécia. O colóquio acontece uma vez por mês de outubro a dezembro de 2022 e de fevereiro a junho de 2023.

O Colóquio de Atenas sobre Kant e o Idealismo Alemão é organizado por Ioannis Trisokkas (Atenas), Sebastian Stein (Estugarda), Stavros Panagiotou (Atenas).

A primeira reunião será realizada na segunda-feira, 17 de outubro às 18h00 (Atenas, horário grego) com a palestra de Robert Pippin (Chicago), The Culmination: Heidegger, Hegel, and the Fate of Metaphysics.

Para a descrição e o programa da conferência, consulte abaixo ou visite o site do colóquio.

Entre em contato com Stavros Panagiotou (st.panagiotou15@gmail.com ) para receber o link Webex para o próximo colóquio.

***

O Colóquio de Atenas sobre Kant e o Idealismo Alemão é organizado pelo Departamento de Filosofia da Universidade de Atenas, Grécia. Trata-se de um colóquio online, convocado no Webex, que visa a criação de uma plataforma amigável para discussão de publicações recentes de alta qualidade na área de pesquisa de Kant e do Idealismo Alemão. Formalmente, o colóquio acontece uma vez por mês de outubro a dezembro e de fevereiro a junho. A este plano formal poderão, no entanto, ser acrescentados outros eventos, como workshops, conferências e entrevistas pertinentes ao tema do colóquio. Será dado tempo suficiente para todas as discussões."

Fonte Link do Evento:

"We are glad to give notice of the series of seminars The Athens Colloquium on Kant and German Idealism, hosted by the Department of Philosophy at the University of Athens, Greece. The colloquium takes place once a month from October to December 2022 and from February to June 2023.

The Athens Colloquium on Kant and German Idealism is organized by Ioannis Trisokkas (Athens), Sebastian Stein (Stuttgart), Stavros Panagiotou (Athens).

The first meeting will be held Monday, October 17th at 18:00  (Athens, Greek time) with the lecture by Robert Pippin (Chicago), The Culmination: Heidegger, Hegel, and the Fate of Metaphysics.

For the description and the program of the conference please see below or visit the website of the colloquium.

Please contact Stavros Panagiotou (st.panagiotou15@gmail.com) in order to receive the Webex link for the forthcoming colloquium.

***

The Athens Colloquium on Kant and German Idealism is hosted by the Department of Philosophy at the University of Athens, Greece. It is an online colloquium, convening on Webex, that aims at creating a friendly platform for discussing recent high-quality publications in the research area of Kant and German Idealism. Formally, the colloquium takes place once a month from October to December and from February to June. To this formal plan may, however, be added other events, such as workshops, conferences and interviews relevant to the theme of the colloquium. Ample time will be given to all discussions."

REFLEXÃO MATINAL CXLII: EXCERTOS PARA UM "EXERCÍCIO", UMA “PRECE” E "QUATRO PEDIDOS"


(IMAGEM: "Pinterest" By "Suzannah Clemn")

"O que então significa ser verdadeiramente educado? É aprender a aplicar nossos conceitos naturais às coisas certas e em concordância com a Natureza, e além disso, separar as coisas que estão em nosso poder daquelas que não estão." (Epictetus)

 

Nada de "mudar o mundo", quero mesmo avançar sobre mim mesmo!

Das minhas leituras e releituras sobre estoicismo, o mais notório princípio para prática de sua filosofia é um conjunto de três “exercícios práticos”. Os objetivos estóicos estão, sempre ajustados de forma a dar mais valor à ação do que às palavras. A maneira de agir de cada indivíduo que pretenda ser um estóico é priorizada devido ao fato de que verdadeiramente a ação mostra como uma pessoa realmente é. Daí a incessante busca, realizando exercícios práticos no cotidiano para alcançar a eustatheia (tranquilidade) e euthymia (crença em si). Aqui, só vou mostrar o primeiro exercício que é proposto pelos estóicos como ponto de partida para compreensão e prática de sua filosofia. São três exercícios fáceis e possíveis de serem realizados em qualquer tempo.

Bastante interessante, para mim, e um dos temas divulgados pelos estóicos: a reflexão matinal. O estóico Marco Aurélio, por exemplo, em suas Meditações como estóico, apresenta estes exercícios práticos que consistem sempre, como foi dito, em práticas simples. Ao acordar, agradeça por que você acordou e terá um novo dia com novas oportunidades pela frente. Segundo essa prática, o exercício se daria dessa forma:

No momento em que despertamos de uma noite sono, agradeçamos por ter acordado e por termos mais uma oportunidade num novo dia. Em seguida, tranquilamente sentemo-nos e pensemos no dia a se iniciar e como pretendemos vivê-lo, sem ter aqui a pretensão de estabelecer metas, planos.

Na verdade, o que importa aqui é pensar a maneira como nós enfrentaremos nossos vícios e como exercitaremos nossas virtudes. Algum conceito filosófico será exercitado e aplicado; alguma habilidade intelectual, um idioma, um tema de uma determinada área será posto em prática? Como faremos isso de forma efetiva? Como compor o nosso dia, que estamos iniciando, de forma a incluirmos esses exercícios?

Durante o dia, com certeza, inúmeras dificuldades aparecerão e, serão necessárias profundas reflexões sobre a forma como reagiremos a cada um.

Enfim, tomando o texto de Epictetus utilizado aqui para essa reflexão inicial, é fundamental, já praticando o exercício estóico, reconhecermos que não podemos controlar nada além dos nossos próprios pensamentos, nossas escolhas, vícios ou virtudes; nem tudo distante disso estará sob nosso controle. O que nos acontece à nossa volta serão eventos por nós percebidos que, no entanto, podemos optar por mantermos a calma e a tranquilidade diante deles, serenamente e sem nos distanciarmos da proposta inicial que pretendemos levar a cabo. 

Eis o primeiro exercício...

. ' .

"Eu não sou sábio e (que tua maledicência seja satisfeita) não o serei. Exige de mim, portanto, não que eu seja igual aos bons, mas unicamente melhor que os maus. Basta-me a cada dia cortar algum de meus vícios e refrear meus desvarios." (SÊNECA. "Da vida Feliz". XVII : 3)

"εγκράτεια"

O texto abaixo, contendo uma "prece" e "quatro pedidos", tem forte ligação com a “cultura grega”, portanto, leiamos como tal; retenhamos o que seja bom:

Acrescento:

(No Fedro[1])

"Fedro — [...] Mas vamos embora, porque o calor já não está tão forte.

Sócrates — Não convém que façamos uma prece a esses deuses, antes de seguir o caminho?

Fedro — Por que não?

Sócrates — Querido Pã e outros deuses que estais neste lugar, concedei-me a beleza interior e fazei que meu exterior se harmonize com tudo o que carrego dentro de mim. Que eu possa considerar rico o sábio e possa ter uma quantidade de ouro que só o temperante conseguiria tomar para si ou levar consigo. Precisamos de outras coisas, Fedro? Creio que pedi o suficiente.

Fedro — Esta oração é também a minha, pois os amigos têm tudo em comum.

Sócrates — Vamos, então!"

______.

Sobre os quatro pedidos...:

1. Primeiro pedido: “[...] beleza interior” [...]

2. Segundo pedido: “[...] concordância que o homem deve realizar entre o ‘interior’ e o ‘exterior’ [...] o que é ‘espiritual' e o que está ligado ao corpo”

3. Terceiro pedido: “[...] não é o ouro (e a riqueza em geral) o verdadeiro Bem [...] a Sabedoria tem muito mais valor que este.”

4. Quarto pedido: “[...] o filósofo sabe que não pode pedir [...] todo o ouro da sabedoria [...] mas pode [...] ter o mais possível [...] desde que não ultrapasse o justo limite.”

Seria esse o temperante...

______.

BLÖSER, Claudia; STAHL, Titus (eds.). The Moral Psychology of Hope. Rowman and Littlefield, 2020. 302pp.

COELHO, Humberto Schubert. Genealogia do Espírito. Brasília, DF: 2012.

______. Filosofia perene: o modo espiritualista de pensar. São Paulo: Ed. Didier, 2014.

DESCARTES, René.  As paixões da alma. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

EPICTÉTE. Entretiens. Livre I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue).

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

______. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments: Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

FOOT, Philippa. Natural goodness. Clarendon Press, 2003.

______. Moral dilemmas: and other topics in moral philosophy. Oxford University Press, 2003)

______. Virtues and Vices: and other essays in moral philosophy. OUP Oxford; Reprint, 2003). Informações sobre a a autora: https://pt.wikipedia.org/wiki/Philippa_Foot

FRANKL, Viktor. Um sentido para a vida: psicoterapia e humanismo. Aparecida, SP: Ideias e letras, 2005.

______. Yes to Life: in spite of everything. Beacon Press, 2020.

______. Em busca de sentido. 25. ed. - São Leopoldo, RS: Sinodal; Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

______. O Sofrimento humano: Fundamentos antropológicos da psicoterapia. Trad. Bocarro, Karleno e Bittencourt, Renato. Prefácio, Marino, Heloísa Reis. São Paulo: É Realizações, 2019.

______. The doctor and the soul: from psycotherapy to logotherapy. New york: Bantam Books, 1955.

______. Psycotherapy and existencialism: selected papers on logotherapy. New York: Simon and Schuster, 1970.

______. Angst und Zwang. Acta  Psychotherapeutica, I, 1953, pp. 111-120.

_____. Teoria e terapia das neuroses: introdução à logoterapia e à análise existencial. São Paulo: É Realizações, 2016.

GALENO. Aforismos. São Paulo: E. Unifesp, 2010.

______. On the passions and errors of the soul. Translated by Paul W . Harkins with an introduction and interpretation by Walter Riese. Ohio State University Press, 1963.

HADOT, Pierre. A filosofia como maneira de viver: entrevistas de Jeannie Carlier e Arnold I. Davidson. (Trad. Lara Christina de Malimpensa). São Paulo: É Realizações, 2016.

______. Exercícios Espirituais e Filosofia Antiga. Trad. Flavio Fontenelle Loque e Loraine Oliveira. Prefácio de Davidson, Arnold. São Paulo: É Realizações, 2014.

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Trad. Guillon Ribeiro, Brasília, DF: Feb, 2013. (“As virtudes e os vícios” - Q. 893-912; 907-912: "paixões"; 893-906: “virtudes e vícios” e 920-933: "felicidade")

LEBRUN, Gérard. O conceito de paixão. In: NOVAES, Adauto (org.). Os sentidos da paixão. São Paulo: Cia. das Letras, 1987.

MASSI, C. D. As leis naturais e a verdadeira felicidade. Curitiba: Kardec Books, 2020.

MASSI, C. D. Espírito e matéria: diálogos filosóficos sobre as causas primeiras. Curitiba: Kardec Books, 2020.

PLATÃO. In: Fedro, 279 B-C, apud REALE, G. O saber dos antigos: terapia para os tempos atuais. 3. ed. São Paulo: Loyola. p. 251-261.

SELLARS, J. The Art of Living: The Stoics on the Nature and Function of philosophy. Burlington: Ashgate, 2003. 

 

 

 



[1] PLATÃO. In: Fedro, 279 b-c, pp. 251-261.

 

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

REFLEXÃO MATINAL CXLI: “BUSCA DE SENTIDO” NA VIDA INTERIOR, NO QUE ESTÁ SOB NOSSO CONTROLE.

 

(IMAGEM: "Pinterest")


Um boa e fundamental reflexão sobre as consequências que devem ser pensadas por quem escreve!

O homem procura sempre um significado para a sua vida. Ele está sempre movendo-se em busca de sentido de seu viver; em outras palavras, devemos considerar aquilo que chamo de ‘vontade de sentido’ como um interesse primário do homem [...]” (2005, p. 29) 

Quanto ao “sentido da vida”, a maneira peculiar com que Viktor E. Frankl (1905 – 1997), investigou a questão do "sentido" ultrapassa em grande medida, uma mera especulação; pelo contrário: é possível extrair de sua posição uma boa reflexão filosófica. Parte do problema expresso pelo “sentimento de vazio de sentido” que leva as pessoas a procurar o psicólogo e o psiquiatra; um “vazio existencial” e a “depressão”, há muito discutidas nas áreas de saúde, e que apresentam-se, cada vez mais como “doenças do século XXI”; ponto alto da investigação de Frankl em seu livro. O fato de o homem, na maioria das vezes, não saber o que quer deveria, segundo ele, servir para que tal ignorância a respeito de tal "sentido" fosse substituída por uma profunda reflexão sobre a Vida.

Da confusão nascia o sentimento de falta de sentido da vida. A compensação financeira ou, dentro de certos limites, a segurança social não bastam. O homem não vive apenas de bem-estar material” (FRANKL, 2005, p. 23)

Ou seja, a discussão “terapêutica” de Frankl coloca o problema da “busca de sentido” como um tema de fundamental interesse humano, não somente como reflexão que aumente o sentido da existência mas como algo segundo o qual seria impossível viver sem. Buscar sentido em Viver constitui, portanto, para Frankl, a questão existencial primeira. Dado que é um sobrevivente de “campos de concentração” torna-se mais intenso o que ele pretende com a sua proposta: quase que num sentido kantiano de que viver é um dever. A busca pelo sentido, portanto, é imprescindível: viver bem.

Nesse texto faço uma reflexão em perspectivas diversas e considerando o em que devemos nos concentrar verdadeiramente quando a questão é o “sentido da Vida”. Aqui dois autores são o foco:

Viktor Frankl e seu excelente critério para se pensar a saúde mental e suas reflexões sobre o "Sentido da vida" daí advindos. Não é justificável apontar fatos externos como o grande problema, uma reorientação na busca de sentido pessoal da Vida é fundamental.

Por mais que se justifique que o escritor possa partilhar com o leitor seu senso de futilidade, é um cinismo irresponsável proclamar o absurdo da existência. Se o escritor não for capaz de imunizar o leitor contra o desespero, deveria ao menos abster-se de inoculá-lo. (FRANKL, 2005, p. 94)"

E, Allan Kardec, pensador francês do século XIX, também bastante citado aqui quando a questão é "autoconhecimento", sobre as consequências de se aventurar escrevendo ou apontando os “males” do ser humano ou da sociedade em geral, propõe como fundamental e urgente, uma reorientação na busca de sentido pessoal da Vida (LE 919). Fugindo de acusações que apontam para fora, a origem da nossa má saúde mental.

"[904] Incorrerá em culpa aquele que sonda as chagas da sociedade e as expõe em público?

Depende do sentimento que o mova. Se o escritor apenas visa produzir escândalo, não faz mais do que proporcionar a si mesmo um gozo pessoal, apresentando quadros que constituem antes mau do que bom exemplo. O Espírito aprecia isso, mas pode vir a ser punido por essa espécie de prazer que encontra em revelar o mal.

a) — Como, em tal caso, julgar da pureza das intenções e da sinceridade do escritor?

Nem sempre há nisso utilidade. Se ele escrever boas coisas, aproveitai-as. Se proceder mal, é uma questão de consciência que lhe diz respeito, exclusivamente. Ademais, se o escritor tem empenho em provar a sua sinceridade, apoie o que disser nos exemplos que dê.

______.

BLÖSER, Claudia; STAHL, Titus (eds.). The Moral Psychology of Hope. Rowman and Littlefield, 2020. 302pp.

COELHO, Humberto Schubert. Genealogia do Espírito. Brasília, DF: 2012.

______. Filosofia perene: o modo espiritualista de pensar. São Paulo: Ed. Didier, 2014.

DESCARTES, René.  As paixões da alma. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

EPICTÉTE. Entretiens. Livre I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue).

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

______. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments: Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

FOOT, Philippa. Natural goodness. Clarendon Press, 2003.

______. Moral dilemmas: and other topics in moral philosophy. Oxford University Press, 2003)

______. Virtues and Vices: and other essays in moral philosophy. OUP Oxford; Reprint, 2003). Informações sobre a a autora: https://pt.wikipedia.org/wiki/Philippa_Foot

FRANKL, Viktor. Um sentido para a vida: psicoterapia e humanismo. Aparecida, SP: Ideias e letras, 2005.

______. Yes to Life: In spite of everything. Beacon Press, 2020.

______. Em busca de sentido. 25. ed. - São Leopoldo, RS: Sinodal; Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

______. O Sofrimento humano: Fundamentos antropológicos da psicoterapia. Trad. Bocarro, Karleno e Bittencourt, Renato. Prefácio, Marino, Heloísa Reis. São Paulo: É Realizações, 2019.

______. The doctor and the soul: from psycotherapy to logotherapy. New york: Bantam Books, 1955.

______. Psycotherapy and existencialism: selected papers on logotherapy. New York: Simon and Schuster, 1970.

______. Angst und Zwang. Acta  Psychotherapeutica, I, 1953, pp. 111-120.

______. Teoria e terapia das neuroses: introdução à logoterapia e à análise existencial. São Paulo: É Realizações, 2016.

FREUD, Sigmund. Inibição, sintoma e angústia. São Paulo: Companhia das letras, 2014.

______. Inibição, sintoma e medo. Porto Alegre, RS: L&PM, 2018.

______. Die Träumdeutung. Hamburg: Nikol, 2011.

______. Interpretação dos sonhos. Obras completas. vol 4. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

______. O mal-estar na civilização. São Paulo: Penguin/Companhia das Letras, 2011. 

GALENO. Aforismos. São Paulo: E. Unifesp, 2010.

______. On the passions and errors of the soul. Translated by Paul W . Harkins with an introduction and interpretation by Walter Riese. Ohio State University Press, 1963.

JUNG, Carl Gustav. Civilização em transição. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2011. (Obras completas, Vol. 10/3). 

______. Estudos psiquiátricos. 6. ed. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2011. (Obras completas, Vol. 1)

______. Psicologia do inconsciente. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2011. (Obras completas, Vol. 7/1).

______. O eu e o inconsciente. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2011. (Obras completas, Vol. 7/2.)

______. Estudos experimentais. 6. ed. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2011. (Obras completas, Vol. 2)

______. Psicogênese das doenças mentais. 6.ed. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2011. (Obras completas, Vol. 3)

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Trad. Guillon Ribeiro, Brasília, DF: Feb, 2013. (“As virtudes e os vícios” - Q. 893-912; 907-912: "paixões"; 893-906: “virtudes e vícios” e 920-933: "felicidade")

LEBRUN, Gérard. O conceito de paixão. In: NOVAES, Adauto (org.). Os sentidos da paixão. São Paulo: Cia. das Letras, 1987.

MASSI, C. D. As leis naturais e a verdadeira felicidade. Curitiba: Kardec Books, 2020.

MASSI, C. D. Espírito e matéria: diálogos filosóficos sobre as causas primeiras. Curitiba: Kardec Books, 2020.


terça-feira, 11 de outubro de 2022

‘MUITO POUCO' SERIA INDISPENSÁVEL PARA UM MUNDO MELHOR: HUMANOS MELHORES

As Quatro Virtudes do mundo clássico. Muito pouco é preciso para criar boas comunidades humanas. Mas este 'muito pouco' é indispensável.

(*) 

"Incorrerá em culpa aquele que sonda as chagas da sociedade e as expõe em público?

Depende do sentimento que o mova. Se o escritor apenas visa produzir escândalo, não faz mais do que proporcionar a si mesmo um gozo pessoal, apresentando quadros que constituem antes mau do que bom exemplo. O Espírito aprecia isso, mas pode vir a ser punido por essa espécie de prazer que encontra em revelar o mal.”

a) — Como, em tal caso, julgar da pureza das intenções e da sinceridade do escritor?

Nem sempre há nisso utilidade. Se ele escrever boas coisas, aproveitai-as. Se proceder mal, é uma questão de consciência que lhe diz respeito, exclusivamente. Ademais, se o escritor tem empenho em provar a sua sinceridade, apoie o que disser nos exemplos que dê.

 

“The Four Virtues of the Classical world. Very little is needed in order to raise good human communities. But this 'very little' is indispensable.

As Quatro Virtudes do mundo clássico. Muito pouco é preciso para criar boas comunidades humanas. Mas este 'muito pouco' é indispensável.

Четыре добродетели классического мира. Совсем немного требуется, чтобы воспитать хорошие общества. Но без этого «немного» не обойтись.”

---
Credit: Michel Daw for the image.

______.

Comentando:

phronêsis (prudência / sabedoria prática): O conhecimento de saber o que é bom e o que é mau. Tomar decisões lógicas sobre o que devemos ou não fazer com base em nosso conhecimento e experiência.

sôphrosunê (temperança / moderação): Refere-se à moderação em todos os aspectos da vida. Não levando uma vida de excessos, tendo controle sobre nossos impulsos, emoções (boas e más), e favorecendo uma meta de felicidade e contentamento de longo prazo em vez de prazeres de curto prazo.

andreia (fortaleza / coragem): Coragem é decidir como agir em tempos de provação. Apesar do que muitos pensam, não é a ausência de ansiedades e medos, mas sim a forma como alguém age apesar da ansiedade e do medo. A resiliência diante da adversidade.

dikaiosunê (justiça / moralidade): O ato de fazer o que é certo e justo - e mantê-lo sempre, principalmente nos momentos difíceis. Essa ideia de justiça é fazer o que é certo em sua comunidade e como agimos em relação aos outros de acordo com a lei. Do ponto de vista estóico, a justiça é um dever para com os outros ao nosso redor e deve orientar as decisões, especialmente em tempos tumultuados.

______.

ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion de Epicteto. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012.

DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.

EPICTETO. Entretiens. Livre I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Book I. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue)

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

EPICTETUS. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments; Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

IRVINE, William B. A Guide to the Good Life: the ancient art of Stoic joy. New York: Oxford University Press, 2009.

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). (O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro, ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Brasília, DF: Feb, 2013. *(“As virtudes e os vícios” - Q. 893-912)

LONG, A.A. A stoic and Socratic guide to life. New York: Oxford University Press, 2007.

______. Epictetus: a stoic and socratic guide to life. New York: Oxford University Press. 2007.

______. (Org.) Primórdios da filosofia grega. São Paulo: Ideias e Letras, 2008..

MARCO AURÉLIO. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Livro II. 1)

SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.

REFLEXÃO MATINAL CXL: ANTE A "DICOTOMIA DO CONTROLE" PRESERVAR A SERENIDADE E IMPERTURBABILIDADE DA ALMA

(IMAGEM: Carl Friedrich Lessing (German, 1808-1880), "Landscape in the Eifel Mountains" (1834) - Oil on canvas, 110 x 158 cm - Warsaw, Muzeum Narodowe w Warszawie (National Museum).


Diante de tanta bobagem sendo chamada de "filosofia", coloco-me a questão do que esteja sob meu controle, refletindo sempre sobre a "Dicotomia do controle" no (Encheiridion, I:1).

"[I:1] Das coisas existentes, algumas são encargos nossos; outras não. São encargos nossos o juízo, o impulso, o desejo, a repulsa – em suma: tudo quanto seja ação nossa. Não são encargos nossos o corpo, as posses, a reputação, os cargos públicos – em suma: tudo quanto não seja ação nossa."

Ademais, sempre bom também aplicar o "Sustine et Abstine".

Abstenção de tudo o que não seja absolutamente necessário.

Pois, na verdade "Onde então, eu procuro o bem e o mal? Não em eventos incontroláveis, mas em mim, nas escolhas que são minhas." (EPICTETUS)

E, tenho aprendido EstoicaMente que:

"Os estoicos consideravam irracionais as reclamações sobre a temperatura, muita chuva, muito sol ou qualquer outra circunstância natural. Para eles isso fazia tanto sentido quanto discordar da dureza das pedras ou questionar por que os peixes nadam e não voam.

Esse excesso de saúde mental não lhes permitiria sobreviver aos nossos tempos."[1]

Hoje, acrescento de outras leituras, releituras e sempre retomando, essa citação das Meditações:

  • Tudo se transforma; e tu mesmo estás em perpétua mudança e, de certo modo, em perpétua decomposição — e assim o mundo inteiro.
  • É preciso deixar a culpa alheia onde está.
  • O termo de uma ação, o repouso e, por assim dizer, a morte de uma tendência e de uma opinião não são um mal. Pensa agora nos diferentes períodos da vida do homem: a infância, a adolescência, a idade viril, a velhice. Cada uma destas transformações representa uma morte: é terrível? Lembra-te agora da vida que levaste sob a direção de teu avô, depois, de tua mãe, depois, de teu pai; e encontrando muitas outras mudanças, transformações, acabamentos, pergunta a ti mesmo: é terrível? Assim será, e nada mais, o acabamento e o repouso e a transformação da tua vida inteira." (MARCO AURÉLIO. Meditações. IX, 19-21)

Em tudo, acima de tudo, buscar e preservar a Paz e Ἀταραξία - ataraxia.

Por isso, aqui, retornei como disse acima à "dicotomia do controle", no (Encheiridion, I: 1-5)

Acrescentando ainda que:

"Todo acontecimento ocorre de maneira que tua natureza ou o suporte ou não. Se te acontece o que a tua natureza suporta, não te rebeles; suporta-o como a tua natureza pode. Se acontecer o que tua natureza não suporta, não te rebeles, porque tanto mais cedo te há de exaurir. Lembra-te, porém, de que tua natureza suporta tudo que de tua opinião depende tornar suportável e tolerável, bastando imaginares que é de tua conveniência ou de teu dever fazê-lo. (MARCO AURÉLIO. Meditações. Livro X: 3)"

. ' .

______.

ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion de Epicteto. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012.

CÍCERO. On Duties. Trad. W. Miller. Harvard: Loeb Classical Library, 1913.

______. On the Nature of the Gods. Academics. Trad. H. Rackham. Harvard: Loeb Classical Library, 1933.

______. De Finibus. Bonorum Et Malorum. Trad. H. Rackham. Harvard: Loeb Classical Library, 1914.

______. Letters to Friends. Volume I: Letters 1-113. Trad. B. Shackleton. Harvard: Loeb Classical Library, 2001

DESCARTES, René.  As paixões da alma. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

DIÓGENES LAÉRCIO. Lives of Eminent Philosophers. vol. I, II.Trad. R. D. Hicks. Harvard: LoebClassical Library, 1925.

DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.

EPICTETO. Entretiens. Livre I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Book I. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

EPICTETUS. The Discourses of Epictetus as reported by ArrianFragments; Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard:Loeb Classical Library, 1928.

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

______. A filosofia como maneira de viver: entrevistas de Jeannie Carlier e Arnold I. Davidson. (Trad. Lara Christina de Malimpensa). São Paulo: É Realizações, 2016.

______. Exercícios Espirituais e Filosofia Antiga. Trad. Flavio Fontenelle Loque e Loraine Oliveira. Prefácio de Davidson, Arnold. São Paulo: É Realizações, 2014.

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

______. Silêncio: o poder da quietude em um mundo barulhento. Rio de Janeiro, RJ: Harper Collins, 2018.

MARCO AURÉLIO. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1973.

SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.



[1] (Postado, há alguns anos, pelo amigo professor Humberto Schubert Coelho). Só adicionei, à época em que publiquei no “facebook”, a imagem que reutilizo aqui.

 


REFLEXÃO MATINAL CLXVIII: O "HEGEMONICON" COMO "PODER INTERIOR" QUE DOMINA E COMANDA AS AÇÕES

(IMAGEM: "Pinterest")   CÓLERA E  "HEGEMONICON"-  ἡγεμονικόν Voltando ao corpo ("Modê Ani"). Consciência tra...