terça-feira, 30 de março de 2021

PALESTRA: "LIÇÕES DE ÉTICA"


Reunião da Academia de Ciências e Letras de Londrina.

Com palestra do prof. Charles Feldhaus sobre as “Lições de ética” de Immanuel Kant.

Dia 11 de abril 2021.

Link para o evento:

https://www.youtube.com/watch?v=G8Zc_B1Fj9c

sábado, 27 de março de 2021

ÉTICA DAS VIRTUDES: PHILIPPA FOOT

 



                                                                                                                                               
MARQUINHOS

Anotações (em construção e, relendo, atualizando e acrescentando hoje, numa pausa rápida aqui, a bibliografia)

O que é virtude?

Tem sido comum as discussões sobre a virtude; não somente entre os estoicos, mas em meio à sociedade, em geral. E, não é raro que se ouçam dizer que o mundo atual tem se tornado tão vazio de sentido por não haver uma preocupação com essa questão. Nesse sentido, diria  Sêneca:

“A razão é igual à razão, tal como a rectidão é igual a si mesma; por conseguinte toda a virtude é igual à virtude, pois a virtude outra coisa não é senão a razão recta. Todas as virtudes são formas da razão; são formas da razão se forem todas rectas e se forem rectas são todas iguais. ” (LXVI.32)

Ou seja: “a virtude é a razão reta.”

Tenho estudado bastante e publicado aqui, alguns temas de teor filosófico diverso, nos quais me exercito. São diversos entre si, mas preservam uma linha tênue de relação: “ética”, “bioética”“filosofia da religião”, o “problema mente-corpo” e o “estoicismo”. Na verdade, publico-os aqui somente para manter salvos os textos e retomá-los num futuro com fins de correção e sistematização. E, entre estes temas está o da Virtude.

Um dia desses, no entanto, sem sair da temática já apontada e que tem sido constante, publiquei aqui uma frase, como tenho feito, exercitando como já disse, a redação. Ainda que fosse só um exercício despretensioso na direção do aperfeiçoamento da escrita, a frase, bem curta e sem muito "ineditismo" reforçava uma postura contrária que mantenho em relação aos nocivos “modismos contemporâneos”, e quem me conhece sabe do que digo. A frase, a que me refiro e sustento serenamente, não com argumentos complexos, que aliás me agradam; mas por mera posição pessoal foi essa: "A essência não só precede à existência como ainda sobreviverá a ela." (MARQUINHOS, 2017)

A ela acrescento uma frase de Epictetus e avanço numa breve reflexão:

"Proteja o bem que existe em você em tudo o que você fizer, e no que diz respeito a todo o resto, receba o que lhe for dado enquanto puder fazer uso sensato. Se não puder, não terá sorte, estará propenso a falhar, perturbado e limitado." (Epictetus)

Para a típica forma de pensar e filosofar dos estoicos haveria, em nós, algo que se preserva em certa medida na execução do pensamento lógico universal, e dessa forma estaria garantida uma coerência e um equilíbrio que auxiliariam na tarefa de cada ser humano no exercício prático e constante de tornar-se a cada dia uma pessoa melhor; uma boa pessoa que segundo o que diz Epictetus, por haver uma essência esta deve ser preservada em nós como uma centelha interior que não pode se extinguir.

As nossas ações, no entanto, devem ser pensadas e direcionadas de certa forma ao bem comum sob pena de ela, para nós perder força e nos enfraquecer nos juízos que nos sejam pedidos acerca de decisões e sobre uma ou outra necessidade de tomar como certo ou verdadeiros atos do nosso cotidiano. Não havendo tal possibilidade de se estabelecer limites, haveria sim se os que, ultrapassando essas barreiras avançassem na ação que prejudicasse a outrem ou a si mesmos. Enfim, Epictetus, recomenda que não percamos essa nossa essência; que façamos o que é certo, o nosso dever.

E, também o imperador e filósofo Marco Aurélio teria escrito em suas Meditações: “Se não é certo, não faça. Se não é verdade, não diga”.

Interessa ressaltar aqui que mesmo sendo um imperador ele fazia esse tipo de ponderação; preservando-se distante do comum dos homens de seu tempo e assegurando a proteção da sua própria essência, similar ao pensamento de Epictetus, ressalte-se; nunca agindo sem estar certo nem faltando com a verdade.

É certo que ao ler este brevíssimo texto, alguém irá esbravejar sobre a questão da liberdade e da possibilidade de podermos fazer o que quisermos das nossas ações e vivermos cada um a sua própria vida do jeito e forma que achar melhor. O problema é atingirmos ou prejudicarmos alguém. Também alertando para o fato de que ao preservarmos aquela essência estaremos mantendo a nossa própria individualidade de forma que não se apague. Reafirma Marco Aurélio: "Meu único medo é fazer algo contrário à natureza humana ;  a coisa errada, do jeito errado, ou no momento errado." (Meditações. 7.20)

Uma reflexão que, com certeza, vou retomar, corrigir e aprofundar e que, recentemente, me levou mais diretamente a partir da Ética das virtudes, a alguns livros de Philippa Foot, que acabei de ler. Seu pensamento, de herança aristotélica, tem me ajudado a refletir sobre alguns tópicos em relação às Virtudes, um dos temas centrais nesta página. Acrescentei abaixo três dos livros dela que li recentemente e, com o tempo vou publicando aqui breves “resenhas” sobre alguns trechos que me interessaram mais de perto e pretendo retomar. A isso somarei mais tarde, obras mais recentes sobre os desdobramentos de suas pesquisas e seu pensamento nos dias atuais.

Ainda, tudo a ser feito!

______.

Livros de Philippa Foot:

FOOT, Philippa. Natural goodness. Clarendon Press, 2003.

______. Moral dilemmas: and other topics in moral philosophy. Oxford University Press, 2003)

______. Virtues and Vices: and other essays in moral philosophy. OUP Oxford; Reprint, 2003).

Informações sobre a a autora: https://pt.wikipedia.org/wiki/Philippa_Foot

_______.

SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS 

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural, 1987 (col. Os Pensadores).

______. Aristóteles: Ethica Nicomachea - III 9 - IV 15: As virtudes morais. Trad. Marco Zingano. São Paulo: Odysseus Editora, 2008.

ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012).

BORGES, Maria. Borges. Razão e emoção em Kant. Pelotas, RS: Editora e Gráfica Universitária, 2012.

______. Emotion, Reason, and Action in Kant. Bloomsbury Academic, 2019.

CÍCERO. On ends (The Finibus). Tradução de H. Rackham. Harvard: https://www.loebclassics.com, 1914.

COELHO, Humberto Schubert. Genealogia do Espírito. Brasília, DF: 2012.

______. Filosofia perene: o modo espiritualista de pensar. São Paulo: Ed. Didier, 2014.

CUNHA, Bruno. A gênese da ética em Kant. São Paulo: Editora LiberArs, 2017.

______. Autonomy and trust in bioethics. The Gifford Lectures University of Edinburgh, Newnham College. Cambridge University Press, 2002.

______. From principles to practice: normativity and judgement in ethics and politics. Cambridge University Press, 2018.

DESCARTES, R. Oeuvres. Org. C. Adam e P. Tannery. Paris: Vrin, 1996. 11v. [indicadas no texto como Ad & Tan]

_______. Oeuvres et lettres. Org. André Bidoux. Paris: Gallimard, 1953. (Pléiade).

______. Discursos do Método; Meditações metafísicas; Objeções e Respostas; As Paixões da Alma; Cartas. (Introdução de Gilles-Gaston Granger; prefácio e notas de Gerard Lebrun; Trad. de J. Guinsberg), Bento Prado J. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (Os Pensadores).

EPICTÉTE. Entretiens. Livres I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue).

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

______. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments: Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

GALENO. Aforismos. São Paulo: E. Unifesp, 2010.

______. On the passions and errors of the soul. Translated by Paul W . Harkins with an introduction and interpretation by Walter Riese. Ohio State University Press, 1963.

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

KANT, Immanuel. Vorlesung über die philosophische Encyclopädie. In: Kant gesalmmelte Schriften, XXIX, Berlin, Akademie, 1980, pp. 8 e 12).

______. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Discurso editoria: Barcarola, 2009.

______. Observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime: Ensaio sobre as doenças mentais. (Trad. Vinícius Figueiredo). Campinas, SP: Ed. Papirus, 19993.

______. Lições de ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Fedhaus. São Paulo: Editora Unesp, 2018.

______. Lições sobre a doutrina filosófica da religião. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.

______. Anthropology from a pragmatic point of view. Carbondale, III: Southern Illinois University Press. 1996. eBook., Base de dados: eBook Collection (EBSCOhost).

______. Antropologia de um ponto de vista pragmático. Trad. Clélia Aparecida Martins. São Paulo: Iluminuras, 2006.

______. Crítica da razão prática. Tradução de Valério Rohden. São Paulo, Martins Fontes, 2002.

______. A metafísica dos costumes. Trad., apresentação e notas de José Lamego. 2. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2011.

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). (O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro, ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Brasília, DF: Feb, 2013a. (Q. 74a “A razão”); Q. 907-912: "paixões"; 893-906: “virtudes e vícios”e 920-933: "felicidade")

LEBRUN, Gérard. O conceito de paixão. In: NOVAES, Adauto (org.). Os sentidos da paixão. São Paulo: Cia. das Letras, 1987.

MARCO AURÉLIO. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Livro II. 1).

MASSI, C. D. As leis naturais e a verdadeira felicidade. Curitiba: Kardec Books, 2020.

______. Espírito e matéria: diálogos filosóficos sobre as causas primeiras. Curitiba: Kardec Books, 2020.

NUSSBAUM, Martha C. A fragilidade da bondade: fortuna e ética na tragédia e na filosofia grega. São Paulo, Martins Fontes, 2009. 486 páginas. 

PLATÓN. Carta VII. In: Diálogos VII (Dudosos, Apócrifos, Cartas). Madrid: Gredos, 1992.

RICOUER, Paul. Ser, essência e substância em Platão e Aristóteles. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014. (Carta LXXV)

SCHLEIERMACHER, F. D. E. Introdução aos Diálogos de Platão. Belo Horizonte, MG: Ed. UFMG, 2018.

TEIXEIRA, L. Ensaio sobre a Moral de Descartes. Tese (Cátedra) – Faculdade de Filosofia Ciências e Letras. São Paulo, 1955.

ZINGANO, Marco. Aristóteles: tratado da virtude moral. São Paulo: Odysseus Editora, 2008.



APRESENTANDO A "CRÍTICA DA RAZÃO PURA" DE IMMANUEL KANT

 



"Introducing Kant's Critique of Pure Reason.

Paul Guyer. Brown University, Rhode Island. Allen WoodIndiana University, Bloomington.

"This Element surveys the place of the Critique of Pure Reason in Kant's overall philosophical project and describes and analyzes the main arguments of the work. It also surveys the developments in Kant's thought that led to the first critique, and provides an account of the genesis of the book during the 'silent decade' of its composition in the 1770s based on Kant's handwritten notes from the period."

É sabido que, na Crítica da Razão Pura, Kant critica a metafísica tradicional e suas provas de imortalidade da alma, liberdade (livre arbítrio) e a existência de Deus. Mais uma obra para nos  aprofundarmos nas questões kantianas. Inclusive e principalmente, nessa questão da crítica à metafísica. Um dos pontos da pesquisa.  

sexta-feira, 26 de março de 2021

REFLEXÃO MATINAL LXXVII: SILÊNCIO NUM MUNDO BARULHENTO

 

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“Bem-aventurado silêncio. Feliz o homem que nada sabe e nada deseja.” (Angelus Silesius 1624-1677)

 

Em meio a tanto barulho e vozerio, "medito andando" (atualmente não muito, e com muito cuidado) e decidi isso há anos, na tentativa de aprofundar-me sistematicamente numa intensa busca por "eustatheia" (tranquilidade) e "euthymia" (crença em si).

É projeto em andamento “há séculos”, às vezes, por descuido, interrompido. Mas, retomado sigo o conselho sugerido pelos estoicos; mais especificamente Sêneca, Epictetus e Marco Aurélio. 

Como aqui, num lembrete de Epictetus, por exemplo:

"Pergunte-se o seguinte no início da manhã:

O que está faltando para que eu me liberte da paixão?

E para alcançar a tranquilidade?

O que sou eu? Um corpo, um dono de propriedades ou uma reputação?

Nenhuma dessas coisas. 

O que, então? Um ser racional. 

O que, então, é exigido de mim? 

Meditar sobre as minhas ações.

Como eu me afastei da serenidade? 

O que eu fiz de hostil, indiferente e não-social? 

O que eu falhei em fazer em todos esses momentos? - (Epictetus)".

Feito isso, devo aplicar-me em desenvolver o seguinte:

"Das coisas que são encargos nossos, todas quantas seria belo desejar, nenhuma está ao teu alcance ainda. Assim, faz uso somente do impulso e do refreamento, sem excesso, com reserva e sem constrangimento." (Epictetus)

Pois:

"Se você não deseja perder a cabeça, não alimente o hábito. Tente, como primeiro passo, manter-se calmo e conte os dias que você não se irritou. Eu costumava me irritar todos os dias, depois a cada dois dias, então a cada três ou quatro dias… Se você chegar a 30 dias, agradeça aos deuses! Porque primeiro um hábito é enfraquecido e depois obliterado. Quando você puder dizer: 'Eu não perdi minha calma hoje, ou no próximo dia, ou nos próximos três ou quatro meses, mas me mantive sereno enquanto sofria provocações', você saberá que está com a saúde melhor." (Epictetus)

Acrescente-se ainda que, à medida que me informam sobre o que de "pior" circula em torno a nós:

"Sempre que notícias perturbadoras chegarem até você, lembre-se de que notícias nunca se referem a algo dentro de sua esfera de ação. (Epictetus)".

Pelo que me consta, portanto, a considerar o que realmente importa ou pode e deve ser feito, tudo ainda está por realizar.

Prossigo!


______.

SUGESTÃO DE LEITURAS


DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.

DINUCCI, A. Fragmentos menores de Caio Musônio Rufo; Gaius Musonius Rufus Fragmenta Minora. In: Trans/Form/Ação. vol.35 n.3 Marília, 2012.

______. Diatribes 12 e 13 de Musônio Rufo: sobre coisas relativas a Afrodite e casamento. In: Revista Crítica Histórica, v. 7, p. 348, 2013. 
Disponível em:
http://www.revista.ufal.br/criticahistorica/index.php?option=com_content&view=article&id=178:diatribes12e13demusoniorufo&catid=87:documentacao&Itemid=63 (26.03.2021).

______. Introdução ao Manual de Epicteto. 3 ed. São Cristóvão: EdiUFS, 2012.

DIÓGENES LAÉRCIO. Lives of Eminent Philosophers, vol. I, II. Trad. R. D. Hicks. Harvard: Loeb Classical Library, 1925.

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

______. Silêncio: o poder da quietude em um mundo barulhento. Rio de Janeiro, RJ: Harper Collins, 2018.

MARCO AURÉLIO. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Livro II. 1).


RECEPÇÃO DA FILOSOFIA PRÁTICA: DE IMMANUEL KANT A G.W. F. HEGEL


O material apresentado nesse novo livro trata da filosofia prática de Kant e como sua recepção foi "negligenciada" em seus primeiros anos e pelo idealismo alemão

Traz ensaios que "[...] discutem, além de Kant, Hegel e Fichte, pensadores relativamente pouco conhecidos como Pistorius, Ulrich, Maimon, Erhard, E. Reimarus, Reinhold, Jacobi, F. Schlegel, Humboldt, Dalberg, Gentz, Rehberg e Möser . As questões discutidas incluem a objeção do formalismo vazio, a separação entre direito e moralidade, liberdade e determinismo, niilismo, o direito à revolução, ideologia e os limites do estado liberal. Tomados em conjunto, os ensaios fornecem uma imagem historicamente informada e filosoficamente matizada do desenvolvimento da filosofia prática pós-kantiana."

.'.

"Scholarship on Kant's practical philosophy has often overlooked its reception in the early days of post-Kantian philosophy and German Idealism. This volume of new essays illuminates that reception and how it informed the development of practical philosophy between Kant and Hegel. The essays discuss, in addition to Kant, Hegel and Fichte, relatively little-known thinkers such as Pistorius, Ulrich, Maimon, Erhard, E. Reimarus, Reinhold, Jacobi, F. Schlegel, Humboldt, Dalberg, Gentz, Rehberg, and Möser. Issues discussed include the empty formalism objection, the separation between right and morality, freedom and determinism, nihilism, the right to revolution, ideology, and the limits of the liberal state. Taken together, the essays provide an historically informed and philosophically nuanced picture of the development of post-Kantian practical philosophy."


______.CLARKE, A; GOTTLIEB. G.(eds.). Practical Philosophy from Kant to Hegel: Freedom, Right, and Revolution". Cambridge University Press, 2021


quinta-feira, 25 de março de 2021

REFLEXÃO MATINAL LXXVI: “VIATICUM” E A “TRANQUILIDADE DA ALMA”

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“Quando, em relação a algo, é entravado ou impedido, recrimina a si mesmo.” (Epictetus)

Somos tentados a falar, mesmo não estando entre os que gostam dessa atividade. Mas, mesmo de pouco falar nos deparamos com nossos equívocos quando nos aventuramos. Quantas vezes dissemos alguma coisa que não precisava ser dita! Assumirmos que cometemos esses deslizes é um passo na direção da serenidade também. E, todos temos um deslize deste tipo, guardado, que quando escapa pede de nós uma reflexão da qual devemos extrair importantes lições. Agir com pressa ou falar demais não nos faz bem. Mas, refletir é buscar a prudência.

  1. O que aprendo com os filósofos, em geral, sobre isso?
  2. O que aprendo como os estoicos sobre isso?
  3. A partir dessa questão, reflito sobre o silêncio interior (não é mero calar-se), mais uma vez.
  4. Como manter o silêncio interior e não agir tresloucadamente?

Um caminho seria controlar as emoções para que daí não resultassem ações equivocadas. Alcançarmos aqueles quatro pilares que por onde vamos o levamos, foi primeiro exercício de muitos que têm sido postos em prática. A esses acrescentei, recentemente “Os votos do estoico”. Mas, como ainda não se alcançou a excelência nas atitudes, sigo trabalhando.

E, ainda: 

silenciar e caminhar... (medito andando).

Transformei estes dois momentos especiais da existência atual como fundamentais para aprendizagem profunda.

E, à medida que avanço, faz-se necessário aferir a aprendizagem. Na maioria das vezes, há pouco ou nenhum avanço, mas o prokopton  deve impor-se mais esforços. 

Fundamental atentarmos para o progresso pessoal.

E, são sinais de progresso, segundo Epictetus:

“[48.b1] Σημεῖα προκόπτοντος· οὐδένα ψέγει, οὐδένα ἐπαινεῖ, οὐδένα μέμφεται, οὐδενὶ ἐγκαλεῖ, οὐδὲν περὶ ἑαυτοῦ λέγει ὡς ὄντος τι ἢ εἰδότος τι. ὅταν ἐμποδισθῇ τι ἢ κωλυθῇ, ἑαυτῷ ἐγκαλεῖ. κἄν τις αὐτὸν ἐπαινῇ, καταγελᾷ τοῦ ἐπαινοῦντος αὐτὸς παρ' ἑαυτῷ· κἂν ψέγῃ, οὐκ ἀπολογεῖται. περίεισι δὲ καθάπερ οἱ ἄρρωστοι, εὐλαβούμενός τι κινῆσαι τῶν καθισταμένων, πρὶν πῆξιν λαβεῖν.

[48.b1] Sinais de quem progride: não recrimina ninguém, não elogia ninguém, não acusa ninguém, não reclama de ninguém. Nada diz sobre si mesmo – como quem é ou o que sabe. Quando, em relação a algo, é entravado ou impedido, recrimina a si mesmo. Se alguém o elogia, se ri de quem o elogia. Se alguém o recrimina, não se defende. Vive como os convalescentes, precavendo-se de mover algum membro que esteja se restabelecendo, antes que se recupere. 

[48.b2] ὄρεξιν ἅπασαν ἦρκεν ἐξ ἑαυτοῦ· τὴν δ' ἔκκλισιν εἰς μόνα τὰ παρὰ φύσιν τῶν ἐφ' ἡμῖν μετατέθεικεν. ὁρμῇ πρὸς ἅπαντα ἀνειμένῃ χρῆται. ἂν ἠλίθιος ἢ ἀμαθὴς δοκῇ, οὐ πεφρόντικεν. ἐνί τε λόγῳ, ὡς ἐχθρὸν ἑαυτὸν παραφυλάσσει καὶ ἐπίβουλον.

[48.b2] Retira de si todo o desejo e transfere a repulsa unicamente para as coisas que, entre as que são encargos nossos, são contrárias à natureza. Para tudo, faz uso do impulso amenizado. Se parecer insensato ou ignorante, não se importa. Em suma: guarda-se atentamente como um inimigo traiçoeiro”.

Difícil! Mas terá de ser feito!

Portanto, mais uma vez, registrando o que foi a “Reflexão matinal” de hoje, faço anotações ainda na perspectiva de um "προκόπτον –prokopton”. De quem aspira à Sabedoria.

Das minhas leituras, atualmente tão frequentes sobre estoicismo, sua proximidade com a TCC tenho analisado o mais notório princípio para prática dessa filosofia: este conjunto de “exercícios práticos”. 

Os objetivos estoicos estão sempre ajustados de forma a dar mais valor à ação do que às palavras. A maneira de agir de cada indivíduo que pretenda ser sábio, priorizada devido ao fato de que verdadeiramente a ação mostra como uma pessoa realmente é. Daí a incessante busca, realizando tais “exercícios práticos” no cotidiano para alcançar a eustatheia (tranquilidade) e euthymia (crença em si), como já anotei aqui nessa página, outras vezes. Não é tarefa fácil mas é caminho a ser trilhado até o limite, com objetivo de buscar a serenidade!

Por exemplo, Sêneca, no "De tranquillitate animi"; 14:2, escreve:

"Vtique animus ab omnibus externis in se reuocandus est: sibi confidat, se gaudeat, sua suspiciat, recedat quantum potest ab alienis et se sibi adplicet, damna non sentiat, etiam aduersa benigne interpretetur".

"Seja como for, a alma deve recolher‐se em si mesma, deixando todas as coisas externas: que ela confie em si, se alegre consigo, estime o que é seu, se aparte o quanto pode do que é alheio, e se dedique a si mesma; que ela não sinta as perdas e interprete com benevolência até mesmo as coisas adversas".

Enfim, só vou dando continuidade, registrando aqui um blog, excelente página que, segundo um professor especialista no assunto e participante do projeto está em pleno desenvolvimento. Registro abaixo o link da página e faço destaque para um “podcast” organizado por Donato Ferrara para tais estudos e práticas.

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1. Link: "Lendo e vivendo à sombra do Pórtico":                              https://devitastoica.com/

2. Texto: "Os votos do estoico":                                  https://devitastoica.com/2017/06/09/os-votos-do-estoico-massimo-pigliucci/

3. Podcast "Viaticum" - by Donato Ferrara:        https://devitastoica.com/2018/08/26/viaticum-o-podcast-de-de-vita-stoica/

______.

ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion de Epicteto. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012)

BECK, Judith S. Terapia cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre, RS, 2997.

DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.

DINUCCI, AFragmentos menores de Caio Musônio Rufo; Gaius Musonius Rufus Fragmenta Minora. In: Trans/Form/Ação. vol.35 n.3 Marília, 2012.

______. Introdução ao Manual de Epicteto. 3. ed. São Cristóvão: EdiUFS, 2012.

______. Epictetus Discourses. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

______. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments: Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/GALENO. Aforismos. São Paulo: E. Unifesp, 2010.

GALENO. On the passions and errors of the soul. Translated by Paul W . Harkins with an introduction and interpretation by Walter Riese. Ohio State University Press, 1963.

GAZOLLA, Rachel.  O ofício do filósofo estóico: o duplo registro do discurso da Stoa, Loyola, São Paulo, 1999.

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

______. A filosofia como maneira de viver: entrevistas de Jeannie Carlier e Arnold I. Davidson. (Trad. Lara Christina de Malimpensa). São Paulo: É Realizações, 2016.

______. Exercícios espirituais e filosofia antiga. Trad. Flávio Fontenelle Loque, Loraine Oliveira. São Paulo: É Realizações, Coleção Filosofia Atual, 2014.

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

_____. Silêncio: o poder da quietude em um mundo barulhento. Rio de Janeiro, RJ: Harper Collins, 2018.

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). (O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro, ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Brasília, DF: Feb, 2013.

ROBERTSON, Donald. The Philosophy of Cognitive Behavioural Therapy (CBT): stoic philosophy as rational and Cognitive Psychotherapy. Londres  :Karnac Books, 2010.

______. Pense como um imperador. Trad. Maya Guimarães. Porto Alegre: Citadel Editora, 2020.

______. How to think Like a roman emperor: the stoic philosophy of Marcus Aurelius. New York: St. Martin's Press, 2019.

MARCO AURÉLIO. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1973.

SELLARS, J. The Art of Living: The Stoics on the Nature and Function of philosophy. Burlington: Ashgate, 2003.

sábado, 20 de março de 2021

REFLEXÃO MATINAL LXXV: "SIM À VIDA" - RETORNANDO A UM TEMA

 


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Retomando, porque reapareceu nas "lembranças" aqui; de uma reflexão que fiz em 2015 e decidi acrescentar, hoje, alguns elementos para novas reflexões. O livro que li, recentemente, mantendo as leituras e releituras costumeiras, foi lançado em 2020: "Yes to Life: in spite of everything",e, aliás, coloquei como título desse texto. Uma visão pessoal, somente.

“Por mais que se justifique que o escritor possa partilhar com o leitor seu senso de futilidade, é um cinismo irresponsável proclamar o absurdo da existência. Se o escritor não for capaz de imunizar o leitor contra o desespero, deveria ao menos abster-se de inoculá-lo.” (FRANKL, 2005, p. 94)

Especialistas em críticas (de preferência as que só denigrem, sem nem saber o que se passa); mestres em apontar defeitos alheios... tremem quando o assunto é cuidarem de si mesmos.

Por isso, já há algum tempo, cuido do verbo! Primeiro, reaprendendo a escrever; depois, se a isso me atrevo, opto sempre por ser aprendiz de uma postura de buscador da serenidade. De nada valeria acrescentar inúmeros volumes em estudos se não fosse para destes extrair novas formas de pensar, de viver; e, no fundo, alçar a novas formas de agir.

É nesse sentido, da autorreflexão, o ocupar-me com os exercícios (aplicação dos princípios) na prática do que aprendo.

Recentemente, por exemplo:

Reli, um texto de Epicteto, sobre o fato de colocarmos em prática o que aprendemos sobre nossos juízos de bem e mal. Diz ele, no cap. XVI, do seu "Entretiens". Livre II, (2002): “Que nous ne nous exerçons a faire l'appication de nos jugements concernant les biens et les maux. (p. 62-68)

Destaquei do capítulo, os elementos abaixo:

1. "Procurar as nossas falhas"

2. "Buscar em nós os remédios para as nossas inquietudes"

3. "Retificar nossos juízos"

A isso tudo tenho juntado reflexões, sobre como superar velhas concepções sobre o amor, a felicidade e verdade.

Tenho aprendido, que o amor existe, a felicidade é possível e, como dizia o Platão, no Górgias (473b): "Verdade jamais é refutada".

Depois, ainda aprendendo, acrescentei aqui, nessa reflexão, o fato de que a "Vida tem um Sentido (Frankl, 2005)."

E, não me restam dúvidas de que se empreendendo esforços nessas buscas, serei melhor sucedido do que ocupar-me com “defeitos alheios”.

Ataco os meus!

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Ademais, na base de certas concepções que adotamos apressadamente está uma visão unilateral da vida, materialista, calcada em “presentismos” sem uma transcendência elementar, apesar de alguns dos autores (escolhidos, exatamente, por não defenderem uma “auto-ajuda” simplória) - são indicados aqui, mesmo não defendendo algo de “transcendente”. E, todos reconhecem a dificuldade da realização do que propõem como “cuidar de si”. Vale, no entanto, acima de tudo, o que há de boa filosofia!

E, "é realmente curioso ver o materialismo falar incessantemente da necessidade de elevar a dignidade do homem, quando se esforça para reduzi-lo a um pedaço de carne que apodrece e desaparece sem deixar qualquer vestígio; de reivindicar para si a liberdade como um direito natural, quando o transforma num mecanismo, marchando como um boneco, sem responsabilidade por seus atos. (REVUE. março de 1869)”

Portanto:

Que eu esteja atento à necessidade de que a antiga recomendação socrática ainda tem importância fundamental; a este acrescentados os demais autores aqui indicados. Só uma tentativa de trilhar o bom-senso e vigiarmos a nós mesmos! Uma vida não examinada não vale a pena ser vivida pelo homem (ὁ ... ἀνεξέταστος βίος οὐ βιωτὸς ἀνθρώπῳ)". De Sócrates, na Apologia de Platão

Uma vida não examinada

Mas, enfim: "Incorre em culpa o homem por estudar os defeitos alheios?"

“Incorrerá em grande culpa, se o fizer para os criticar e divulgar, porque será faltar com a caridade. Se o fizer para sua instrução pessoal e para evitá-los em si próprio, tal estudo poderá algumas vezes ser-lhe útil. Importa, porém, não esquecer que a indulgência para com os defeitos de outrem é uma das virtudes contidas na caridade. Antes de censurardes as imperfeições dos outros, vede se de vós não poderão dizer o mesmo. Tratai, pois, de possuir as qualidades opostas aos defeitos que criticais no vosso semelhante. Esse o meio de vos tornardes superiores a ele. Se lhe censurais o ser avaro, sede generosos; se o ser orgulhoso, sede humildes e modestos; se o ser áspero, sede brandos; se o proceder com pequenez, sede grandes em todas as vossas ações." (KARDEC, 2013)

A se buscar ...

(grifos e destaques meus)

...

EPICTÈTE. Entretiens.   Trad. Joseph Souilhé. Livre II. Paris: Les Belles Lettres, 2002. - (cap. XVI. "Que nous ne nous exerçons a faire l'appication de nos jugements concernant les biens et les maux." (p. 62-68)).

EPICTETO. As Diatribes de Epicteto. Livro I. Tradução, introdução e comentário Aldo Dinucci. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2020.

FRANKL, Viktor. O Sofrimento Humano: Fundamentos antropológicos da psicoterapia. Trad. Bocarro, Karleno e Bittencourt, Renato. Prefácio, Marino, Heloísa Reis. São Paulo: É Realizações, 2019.

______. Em busca de sentido. 25. ed. - São Leopoldo, RS: Sinodal; Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

______. Yes to Life: In spite of everything. Beacon Press, 2020.

______. Um sentido para a vida: psicoterapia e humanismo. Aparecida, SP: Ideias e letras, 2005.

______. The doctor and the soul: from psycotherapy to logotherapy. New york: Bantam Books, 1955.

______. Psycotherapy and existencialism: selected papers on logotherapy. New York: Simon and Schuster, 1970

______. Angst und Zwang. Acta  Psychotherapeutica, I, 1953, pp. 111-120.


______. Der Psichotherapie in der Praxis. Vienna: Deuticke, 1947.

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). (O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro, ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Brasília, DF: Feb, 2013.

MARCO AURÉLIO. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1973.

PLATÃO. Banquete, Fédon, Sofista e Político. Trad. José Cavalcante de Souza, Jorge Paleikat e João Cruz Costa. São Paulo: Abril Cultural, 1972.

________. Fedro, Eutífron, Apologia de Sócrates, Críton, Fédon. Trad. Edson Bini. Bauru, SP: Edipro, 2008.

________. Górgias, Eutidemo, Hípias Maior e Hípias Menor. Trad. Edson Bini. Bauru, SP: EDIPRO, 2007.

________. Mênon. Trad. Maura Iglésias. Rio de Janeiro: Ed. PUC-RIO; São Paulo: Ed. Loyola, 2001.

________. Górgias, Protágoras. 3. ed. Trad. Carlos Alberto Nunes. Edição bilíngue; Belém, PA, 2021.

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________. República de Platão. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2012.

________. Teeteto. Trad. Adriana Manuela Nogueira e Marcelo Boeri. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.

________. Timeu. Trad. Maria José Figueredo. Lisboa: Instituto Piaget, 2003.

ROBERTSON, Donald. The Philosophy of Cognitive Behavioural Therapy (CBT): stoic philosophy as rational and Cognitive Psychotherapy. Londres  :Karnac Books, 2010.

______. Pense como um imperador. Trad. Maya Guimarães. Porto Alegre: Citadel Editora, 2020.

______. How to think Like a roman emperor: the stoic philosophy of Marcus Aurelius. New York: St. Martin's Press, 2019.

SELLARS, J. The Art of Living: The Stoics on the Nature and Function of philosophy. Burlington: Ashgate, 2003.

SCHLEIERMACHER, F. D. E. Introdução aos Diálogos de Platão. Belo Horizonte, MG: Ed. UFMG, 2018.

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