sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

PALESTRA: "SUMO BEM E TEODICEIA NO PENSAMENTO DE KANT"

Palestra on-line "Sumo bem e Teodiceia no pensamento de Kant" no evento Kant300 . Inscrições no QR code.

O Professor Bruno Cunha apresentará sua "[...] tese compatibilista entre a corrente que considera que o Bem Supremo ser compreendido uma perspectiva individual, tanscendente e religiosa, segundo a qual a conexão entre virtude e felicidade é pens´vel sob as condições conjuntas da imortalidade da alma e da existência de Deus; a perspectiva coletiva e imanente, a partir da qual se atrbui um papel central à dimensão histórica e política. Por último, argumenta que "[...] como problema da razão, o Sumo Bem dever ser interpretado, em suas dimensões imanente e transcendente, como uma nova abordagem do problema da Teodicéia."

Uma excelente proposta de discussão:



A "CRENNÇA EM KANT": BELIEF IN KANT

PROGRAMA DO EVENTO
Em 24 de janeiro de 2025

 

AINDA ALGUNS TÓPICOS SOBRE "O PROCESSO DE SEPARAÇÃO ENTRE FILOSOFIA E PSICOLOGIA" (II)

 

Assim que foi lançado, acrescentei aqui em 17.10.2020, uma obra que tratava da separação, no séc. XIX entre filosofia e a psicologia. Conheço outras obras do autor. Ademais a temática não se distancia dos meus interesses de pesquisa atuais.

Trata-se do livro: Psicologia e filosofia: estudos sobre a querela em torno ao psicologismo”, que discute e defende que “o processo de separação entre filosofia e psicologia marca um dos temas decisivos nas origens da filosofia contemporânea, dando lugar, como um de seus desdobramentos, à chamada querela em torno ao psicologismo (Psychologismusstreit). Esta enfatiza primariamente a questão acerca da possibilidade ou da impossibilidade da redução da filosofia ― em especial, suas disciplinas normativas, como a lógica, a ética e a estética ― à psicologia. Tal querela é decisiva para a formação de todas as escolas filosóficas que surgiram desde a segunda metade do século XIX até o início do século XX, dentre as quais se destacam a psicologia descritiva, o neokantismo, a fenomenologia, a hermenêutica e a filosofia analítica.”

....

Hoje 16.01.2025 soube do Lançamento de novo livro do prof. Mario:

Trata-se de "Novas considerações sobre a relação psicologia-filosofia: estudos sobre a querela em torno ao psicologismo (Psychologismusstreit)".

Conheci o trabalho do prof. Mario Ariel González Porta a partir de textos e cursos sobre Kant; escreveu e também li alguns de seus textos sobre a relação Psicologia-Filosofia.

(Grifos destaques  meus)

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"O livro trata da confrontação central para a gênese da fenomenologia entre o projeto fenomenológico e o psicologismo. De maneira atenta e rica em termos históricos, Mário Porta reconstrói os vários âmbitos desse embate e mostra o que a fenomenologia aporta em termos de solução para esse problema."

______.

ASSIS, Machado de. Todos os romances e contos consagrados de Machado de Assis. Rio de Janeiro, RJ: Nova Fronteira, 2016. ("Box" em três volumes)

______. Memorial de Aires. Porto Alegre, RS: L&PM, 2009.

______. Esaú e Jacó. Porto Alegre, RS: L&PM, 1998.

BARROS, Daniel Martins de. Machado de Assis: loucura e as leis. São Paulo: Brasiliense, 2010.

BORCH-JACOBSEN, Mikkel; SHAMDASANI, Sonu. The Freud files: an inquiry into the history of psychoanalysis. Cambridge University Press, 2012.

CORDÁS, Táki Athanássios; BARROS, Daniel Martins de; GONZALEZ, Michele Oliveira. Personagens ou pacientes? 2: mais clássicos da literatura mundial para refletir sobre a natureza humana. Porto Alegre, RS: Artmed, 2019.

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3. ed. – Porto Alegre, RS: Artmed, 2019.

______. Religião, psicopatologia e saúde mental. Porto Alegre, RS: Artmed, 2008.

DALRYMPLE, Theodore. Evasivas admiráveis: como a psicologia subverte a moralidade. São Paulo: Ed. É Realizações, 2017.

FERMÉ, Eduardo; Hansson, Sven Ove. Belief Change: introduction and overview. Springer,  2018.

FFYTCHE, Matt. The foundation of the unconscious: Schelling, Freud and the birth of the modern psyche. Cambridge University Press, 2011.

JUNG, Carl Gustav. Psicologia do insconsciente. 22. ed. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2011. (Obras completas, Vol. 7/1).

______. O eu e seu inconsciente. 27. ed. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2011. (Obras completas, Vol. 7/2). FREUD, Sigmund. Interpretação do sonhos. In: Obras completas. vol 4. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

______. Estudos psiquiátricos. 6. ed. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2011. (Obras completas, Vol. 1)

______. Psicologia do inconsciente. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2011. (Obras completas, Vol. 7/1).

______. O eu e o inconsciente. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2011. (Obras completas, Vol. 7/2.)

______. Estudos experimentais. 6. ed. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2011. (Obras completas, Vol. 2)

______. Psicogênese das doenças mentais. 6.ed. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2011. (Obras completas, Vol. 3)

______. Freud e a psicanálise. 6. ed. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2011. (Obras completas, Vol. 4)

______. Presente e futuro. 6. ed. Petrópolis/RJ: Editora Vozes,2011. (Obras completas, Vol. 10/1)

LEITE NETO, A.; CECÍLIO, A. L.; JAHN, H. (Orgs.). Machado de Assis: obra completa em quatro volumes. LEITE NETO, A.; CECÍLIO, A. L.; JAHN, H. (Orgs.). 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008. 4v.

PORTA, Mario Ariel González. Psicologia e filosofia: estudos sobre a querela em torno ao psicologismo (Psychologismusstreit). São Paulo: Edições Loyola, 2020.

______. O pensamento de Kant. Brasília, DF: Academia Monergista, 2023.

POPPER, K. (1993). Lógica da pesquisa científica. São Paulo: Edusp.

______. O conhecimento e o problema mente-corpo. Lisboa: Edições 70, 2009.

______; ECCLES, J. C. O cérebro e o pensamento. Campinas, SP: Papirus; Brasília, DF: Ed. Universidade de Brasília, 1992.

______. O conhecimento objetivo. Belo Horizonte, MG: Itatiaia, 1999.

______. O eu e seu cérebro. Campinas, SP: Papirus; Brasília, DF: Ed. Universidade de Brasília, 1995.

______. Conjecturas e refutações. Trad. Bath S. Brasília: UB, 1972.

SHAMDASANI, Sonu. Jung e a construção da psicologia moderna: o sonho de uma ciência. Aparecida, SP: Editora Idéias & Letras, 2011.

 

 


quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

MEDITAÇÃO RETROSPECTIVA NOTURNA CLXVII: UMA RECORDAÇÃO DO "EEDME 1990"

Um Clinâmen

Estive lá!

Jovens dirigentes se encontraram no 6º EEDME em Presidente Prudente:

Bateu saudades da época.

Entre 6 e 8 de outubro de 1990 realizou-se no Campus da Unesp de Presidente Prudente o 6º EEDME. (Escondidinho, de costas para o Dirigente estadual à época, apareço na foto olhando para trás).

Organizado pelo DM/USE. Cerca de 140 Jovens Dirigentes de Mocidade oriundos de várias regiões do Estado. Estiveram reunidos e discutiram à época o tema "Mocidade: uma questão pessoal e social" desenvolvido através de vários estudos em grupo.



segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

MEDITAÇÃO VERSPETINA CLXI: DA ANTROPLOGIA KANTIANA E OUTRAS POSSÍVEIS RELAÇÕES BUSCADAS (II)


Após a “reflexão matinal”, estudando os textos de sempre, tentando escrever e revisando o texto para submissão sobre uma pesquisa, reli os trechos abaixo. 

De todas as leituras recentes sempre, em certa medida, tenho notado um renovado convite a estar atento ao que realmente está ao nosso alcance e o que não é de nossa alçada, separando pacientemente uma coisa da outra para continuar o caminho nas correções. Convite sempre reiterado, principalmente, na linha de interpretação do que escrevemos aqui, neste texto e outros. Ora, cabendo sempre observar que a prática visada concernente à filosofia moral aqui, numa perspectiva "estoica" ou "kantiana", amparadas em outras referências clássicas na filosofia, preservar a motivação na busca individual pela Virtude e "cura das paixões" (no LE 907-912: controle ou "vencer as suas más inclinações"). 

Aliás, este tema "paixões" que tem sido frequente aqui nesta página, também aparece na obra citada abaixo "Antropologia de um ponto de vista pragmático" e vou escrever algo mais sobre isso, em breve. Inclusive, tentando relacionar as fontes consultadas com frequência. 

Aqui, faço um esboço sobre temas e problemas da filosofia clássica alemã, focado em questões antropológicas no pensamento clássico alemão, especificamente sobre o tema na Antropologia de Kant: “O caráter da espécie”, "a destinação do ser humanos" e a "faculdade de conhecer" (Kant. 2006, p. 215-227) entre outro temas na obra relacionados esses citados. 

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Sobre o tema e a obra:

Este inverno, pela segunda vez, estou oferecendo um curso em antropologia, o qual pretendo transformar em uma disciplina acadêmica própria... Meu intuito é expor através dela as fontes de todas as ciências, ciências da moral, ou habilidade, do convívio social, dos métodos de educar e governar seres humanos, e assim, de tudo o que pertence ao prático... Incluo muitas observações da vida comum, de forma que, meus leitores terão muitas oportunidades para comparar sua própria experiência com as minhas considerações e assim, do início ao fim, achar as aulas divertidas e nunca áridas. Em meu tempo livre, estou trabalhando em um exercício preparatório para alunos a partir desse (na minha opinião) muito prazeroso estudo empírico (Beobachtungslehre) da habilidade, prudência, e até sabedoria que, junto com a geografia física e diferente de toda outra instrução, pode ser chamado de conhecimento do mundo.

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Kant - (Carta a Marcus Herz, em 1773)

No caso de um livro que o próprio autor desejou que fosse “popular” talvez não seja supérfluo lembrar que a filosofia de Kant, por ser crítica, pretende estabelecer limites bem definidos para o conhecimento teórico, com a finalidade de assegurar à ciência a certeza e a objetividade que só podem ser alcançadas por via de regras e procedimentos formais sistematicamente construídos. E importante perceber corretamente o significa desses limites: não se trata de restringir os horizontes humanos nem de renunciar à experiência das possibilidades de conhecer e agir. Um iluminista que se dedica ao exame da razão só pode ter como meta a expansão de seu poder por via do conhecimento aprofundado da sua natureza. Se para ampliar aprimorar é preciso por vezes limitar e disciplinar, isso é algo que decorre de uma dialética interna à condição humana e de uma visão lúcida da finitude. Tenha-se presente, portanto, o caráter positivo dessa tarefa, inteiramente coerente com a perspectiva do progresso da humanidade no uso da razão.

O “ponto de vista pragmático” que Kant adota na sua Antropologia deriva desse humanismo progressista: a cultura e a educação do gênero humano só fazem sentido se servirem ao aprimoramento de cada homem, e este é o significado profundo da vinculação do saber antropológico ao mundo humano. Não se trata de utilitarismo e sim de uma concepção profunda de que o homem é, para si mesmo, finalidade e não instrumento. É isso que constitui a autenticidade de um conhecimento “pragmático”, que confere ao homem a prerrogativa de conhecer e dominar o mundo para servir aos fins humanos. Por isso o conhecimento das condições em que o homem elabora a sua própria existência não deve ser a mera descrição de mecanismos e habilidades inatos ou adquiridos, mas a avaliação do proveito que a espécie pode tirar daí para o aprimoramento de si mesma. A antropologia deve ser pragmática porque ela é inseparável do interesse do homem por si próprio e do compromisso que deve manter consigo mesmo.

É este o motivo pelo qual esse conhecimento não pode ser apenas teórico, isto é, não deve sujeitar-se aos limites da estrita objetividade, não porque desdenhe o rigor, mas porque o que está em jogo nesse caso justifica e mesmo exige um mais amplo descortino. A espécie de rigor que aí deve ser praticado conjuga-se com a ousadia de um desvelamento profundo na prática da observação. Hábitos contraídos e atitudes convencionadas devem ser superados quando o homem deseja verdadeiramente “estudar a si mesmo”. Dados de ordem científica devem ser justapostos às imagens construídas na literatura e nas artes, consideradas como fonte de apreensão dos caracteres humanos. Singularidades raciais e culturais devem ser comparadas, para ressaltar o sentido da diversidade. A antropologia, respeitando  os limites da crítica do conhecimento, ao mesmo tempo se abre à totalidade.

É esta mescla de ambição e desprendimento ― algo que talvez esteja no cerne da atitude filosófica ― que faz da Antropologia de Kant uma lição para a nossa atualidade. (Franklin Leopoldo e Silva).

(os Grifos e Destaques no texto são meus)

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Fonte: Amazon.com.br

______.

ARISTÓTELES. MetafísicaÉtica a Nicômaco; Poética. (Tradução Vincenzo Coceo, Leonel Vallandro e Gerd Bornheim e Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1984.

ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion de Epicteto. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012)

BECK, Judith S. Terapia cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre, RS, 2997.

BUTLER, J; CLARKE, S; HUTCHESON, F; MANDEVILLE, B; SHAFTESBURY, L; WOLLASTON, WFilosofia moral britânica: textos do século XVIII. Campinas, SP: Ed. Unicamp, 2014.

CUNHA, Bruno. A gênese da ética em Kant. São Paulo: Editora LiberArs, 2017.

DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.

______. Introdução ao Manual de Epicteto. 3. ed. São Cristóvão: EdiUFS, 2012.

DUPLÁ, Leonardo Rodriguez. Mal y la gracia: la religión natural de Kant. Barcelona: Herder; 2019.

GALENO. On the passions and errors of the soul. Translated by Paul W . Harkins with an introduction and interpretation by Walter Riese. Ohio State University Press, 1963.

GAZOLLA, Rachel.  O ofício do filósofo estóico: o duplo registro do discurso da Stoa, Loyola, São Paulo, 1999.

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

______. A filosofia como maneira de viver: entrevistas de Jeannie Carlier e Arnold I. Davidson. (Trad. Lara Christina de Malimpensa). São Paulo: É Realizações, 2016.

______. Exercícios espirituais e filosofia antiga. Trad. Flávio Fontenelle Loque, Loraine Oliveira. São Paulo: É Realizações, Coleção Filosofia Atual, 2014.

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

_____. Silêncio: o poder da quietude em um mundo barulhento. Rio de Janeiro, RJ: Harper Collins, 2018.

HÖFFE, Otfried. Immanuel Kant. Tradução Christian Viktor Hamm, Valerio Rohden. – São Paulo: Martins Fontes, 2005.

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. "Do ideal de Sumo Bem como um fundamento determinante do fim último da razão puraSegunda seção". (A805, 806 - B833, 834). Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1994.

______. Lições de Ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Feldhaus. São Paulo: Unesp, 2018.

______. Crítica da razão prática. Trad. Monique Hulshof. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016.

______. Sobre a Pedagogia. Tradução de Francisco Cock Fontenella. Piracicaba, SP: Editora Unimep, 1996.

______. Sobre a Pedagogia. Petrópolis, RJ, Editora Vozes, 2021.

______. Antropologia de um ponto de vista pragmático. Tradução Clélia Aparecida Martins. São Paulo: Iluminuras, 2006.

______. Cursos de Antropologia: a faculdade de conhecer (Excertos). Seleção, tradução e notas de Márcio Suzuki. São Paulo: Editora Clandestina, 2017.

______. Resposta à pergunta: o que é “esclarecimento”?. In: Immanuel Kant textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1985.

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). (O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro, ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Brasília, DF: Feb, 2013. ("As leis do progresso" - Q. 776-802) "As virtudes e os vícios" - Q. 893-912)

LEBRUN, Gérard. O conceito de paixão. In: NOVAES, Adauto (org.). Os sentidos da paixão. São Paulo: Cia. das Letras, 1987.

MARCO AURÉLIO. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1973.

______. Meditações. São Paulo: Penguin/Companhia das Letras, 2023.

PLATÃO. Mênon. Trad. Maura Iglésias. Rio de Janeiro: Ed. PUC-RIO; São Paulo: Ed. Loyola, 2001.

________. República de Platão. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2012.

________. Teeteto. Trad. Adriana Manuela Nogueira e Marcelo Boeri. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.

________. Timeu. Trad. Maria José Figueredo. Lisboa: Instituto Piaget, 2003.

ROBERTSON, Donald. The Philosophy of Cognitive Behavioural Therapy (CBT): stoic philosophy as rational and Cognitive Psychotherapy. Londres  :Karnac Books, 2010.

______. Pense como um imperador. Trad. Maya Guimarães. Porto Alegre: Citadel Editora, 2020.

______. How to think Like a roman emperor: the stoic philosophy of Marcus Aurelius. New York: St. Martin's Press, 2019.

SELLARS, J. The Art of Living: the stoics on the nature and function of philosophy. Burlington: Ashgate, 2003.

 


 

domingo, 5 de janeiro de 2025

REFLEXÃO MATINAL CLIX: “CURA OU CONTROLE DAS PAIXÕES”? UMA REFLEXÃO SOBRE PERFECTIBILIDADE (III)

(IMAGEM: "Pinterest")

(em andamento)

“As paixões são como um corcel, que só tem utilidade quando governado, e que se torna perigoso quando passa a governar. Uma paixão se torna perigosa a partir do momento em que deixais de poder governá-la, e que dá em resultado um prejuízo qualquer para vós mesmos ou para outrem.” (LE, Q. 908)

Tem sido comum e bastante frequente, nas leituras de autores escolhidos para um determinado enfoque, encontrar nestes, reflexões sobre a "natureza humana". Na obra dos Estoicos entre outros grandes filósofos, por exemplo, o tema é fundamental. É o que foi a Reflexão matinal de hoje.

Começo com Musonius Rufus, que teria dito:

Todos nós fomos feitos pela natureza, de forma que possamos viver livre de erros e de forma nobre, não que um possa e outro não possa, todos podemos.”

Evidente que, como andam as coisas hoje em dia, não é difícil encontrar, inúmeros opositores ensandecidos, desequilibrados, a insistirem na negação de que se possa nascer com inclinação para as virtudes. Preferem defender que possa haver no homem uma natureza corrupta em si mesma do que admitir que, na verdade, haveria a possibilidade de que uma certa “natureza humana” pudesse ter se corrompido; que se tenha tomado direções equivocadas e desviado da meta, a qual como diz Musonius Rufus: “todos podemos” chegar. A filosofia seria uma ferramenta para retorno à nossa verdadeira “natureza humana”. Este é o foco aqui!

O que se aprenderá com a filosofia, no modo defendido aqui é que ela pode sim, revelar uma "essência" em nós. O erro, o equívoco, será uma constante mesmo na vida de quem persista em agir corretamente, mas daí não se poder ratificar que há somente uma natureza corrompida; pelo contrário, o que haveria é que, no exercício cotidiano a ocorrência dos erros e dos desvios de rota sempre se apresentam. Cabe-nos a “escolha”!

E, é isso, que exige de nós, sempre, uma profunda e repetida reflexão, por parecer apontar na direção de uma solução distante e quase impossível. Os Estoicos defendem que qualquer um pode reverter um mau comportamento, reparar os erros e se reorientar na direção no caminho das Virtudes dedicando-se ao estudo regular, constante e disciplinado da filosofia. Para eles a prática das virtudes começa por aí e prossegue-se aprendendo a separar o que é bom (virtude) do que é mau (vícios).

A meta, portanto: aprendermos a admitir que há coisas às quais podemos impor nosso controle e há coisas que fogem da nossa alçada e é pífio o poder de termos controle sobre elas. O que a proposta dos Estóicos sugere é que se exercite as ações em consonância com as que fogem ao nosso domínio, que estariam, talvez, no domínio das leis naturais. A Filosofia é tomada, portanto, como prática diária na correção dos erros e na compreensão e aceitação das próprias limitações.

Ademais, tendo estudado com frequência a obra dos estoicos, com profundo interesse no estudo sobre as paixões, recentemente, a partir mesmo do próprio Descartes, encontrei relações bem interessantes a serem pensadas e acrescentei um artigo do prof. S.S. Chibeni que corrobora em grande medida as minhas reflexões.

Portanto, é nesse sentido acrescento um trecho de artigo deste professor sobre o que diz Descartes em seu “Paixões da alma” porque neste texto ele apresenta o tema numa nova perspectiva, tomando como ponto de partida uma análise da “natureza das paixões”; desenvolve a ideia de “controle das paixões” muito presente no texto de Descartes enquanto os estoicos por exemplo falavam em “cura das paixões”.

Ou seja, analisa  “[...] as paixões dos pontos de vista fisiológico, psicológico e anímico. Utilizando [...] as noções de paixões boas e más, de efeitos bons e maus, de malefícios e benefícios sem questionar a distinção do bem e do mal. É evidente que para aplicarmo-nos ao controle de nossas paixões é preciso antes saber distinguir o bem do mal. Isso cabe à área da filosofia denominada moral ou ética. Descartes e a maior parte dos grandes filósofos atribuíram grande importância ao estudo da moral, procurando determinar o critério do bem e do mal e os fundamentos nos quais se apóie. Segundo ele não “[...] podemos adentrar esse assunto aqui. E se atém “[...] unicamente a alguns aspectos das relações entre as paixões e a moral, tratados em As Paixões da Alma.” sugerindo para isso a leitura atenta nesse ponto os parágrafos 47 - 49 e 52; os parágrafos 137-138 e ainda do LE Q. 907-908. (eu sempre estendo até à questão 912)

No fina de seu artigo, na seção “Na direção do infinito” ao fazer uma proposta para essa busca, diz ele: 

“Não poderíamos concluir este pequeno trabalho sem mencionar que no final da terceira parte de seu livro Descartes apresenta brevemente um outro aspecto das percepções da alma, complementar ao das paixões, tais quais as entendia. Vimos que para ele estas últimas tinham sempre uma "contraparte" orgânica. 

Sugerimos, por nossa vez, que esse aspecto talvez não seja central nas paixões, que parecem antes ser inerentes à própria alma.

De qualquer modo, dentro do referencial que elaborou, Descartes também notou que há percepções da alma que radicam nela própria, ou, em suas palavras, "emoções interiores que são excitadas na alma apenas pela própria alma" (§ 147; grifamos). Um dos exemplos que dá é a "alegria intelectual" que sentimos quando lemos um romance ou assistimos a uma peça teatral em que as situações excitam em nós diversas paixões, como a alegria, a tristeza, o ódio, o amor, trazendo-nos todas uma espécie de prazer de ordem superior.

Vejamos estas belas passagens do parágrafo 148, em que Descartes desenvolve o tema:

Ora, visto que essas emoções interiores nos tocam mais de perto e têm, por conseguinte, muito mais poder sobre nós do que as paixões que se encontram com elas, e das quais diferem, é certo que, contanto que a alma tenha sempre do que se contentar em seu íntimo, todas as perturbações que vêm de outras partes não dispõem de poder algum para prejudicá-la. Servem, antes, para lhe aumentar a alegria, pelo fato de, vendo que não pode ser por elas ofendido, conhecer com isso a sua própria perfeição. E, para que a nossa alma tenha assim do que estar contente, precisa apenas seguir estritamente a virtude. Pois quem quer que haja vivido de tal maneira que sua consciência não possa censurá-lo de alguma vez ter deixado de fazer todas as coisas que julgou serem as melhores (que é o que chamo aqui seguir a virtude), recebe daí uma satisfação tão poderosa para torná-lo feliz que os mais violentos esforços da paixão nunca têm poder suficiente para perturbar a tranqüilidade de sua alma.

Descartes aponta, assim, uma espécie de sublimação dos sentimentos, na direção da alegria perene e sem mácula que resulta tão-somente da prática da virtude. Essa a alegria que viveremos um dia, quando, pelos nossos esforços, lograrmos alcançar a excelsa condição de Espíritos puros.”

Bastante oportuno sem dúvidas, para as intenções de estudos por aqui, encontrar estas relações entre grandes filósofos e aproveitar seus escritos para a “filosofia prática” (Chibeni, 1997)

Link para o artigo: https://www.geeu.net.br/artigos/paixoes.pdf

 

(Só os grifos destaques são meus)

______.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural, 1987 (col. Os Pensadores).

ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012).

CHIBENI, S.S. "As paixões: uma breve análise filosófica e espírita.", Reformador, junho de 1997, pp. 176-80.

CÍCERO. On ends (The Finibus). Tradução de H. Rackham. Harvard: https://www.loebclassics.com, 1914.

DESCARTES, R. Les Passions de l’Âme. In: Adam, C. e Tannery, P. (eds.) Oeuvres de Descartes. Tomo XI, pp. 291-497. Paris, Vrin, 1967.

______. (As Paixões da Alma. Trad. J. Guinsburg e Bento Prado Jr. In: Descartes - Obra Escolhida, pp. 295-404. São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1973.)

______. Discursos do Método; Meditações metafísicas; Objeções e Respostas; As Paixões da Alma; Cartas. (Introdução de Gilles-Gaston Granger; prefácio e notas de Gerard Lebrun; Trad. de J. Guinsberg), Bento Prado J. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (Os Pensadores).

DUPLÁ, Leonardo Rodriguez. Mal y la gracia: la religión natural de Kant. Barcelona: Herder; 2019.

EPICTÉTE. Entretiens. Livres I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue).

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

______. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments: Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

KANT, Immanuel. Vorlesung über die philosophische Encyclopädie. In: Kant gesalmmelte Schriften, XXIX, Berlin, Akademie, 1980, pp. 8 e 12).

______. Observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime: Ensaio sobre as doenças mentais. (Trad. Vinícius Figueiredo). Campinas, SP: Ed. Papirus, 19993.

______. Lições de ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Fedhaus. São Paulo: Editora Unesp, 2018.

______. A religião nos limites da simples razão. Edições 70, Lisboa, 1992.

______. A religião nos limites da simples razão. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2024.

______. Die Religion innerhalb der Grenzen der bloßen Vernunft. W. de Gruyter, 1968.

______. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. Guido A. de. São Paulo: Discurso editoria: Barcarola, 2009.

______. A metafísica dos costumes. Trad. Clélia Aparecida Martins. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

______. Textos pré-críticos. São Paulo: Editora Unesp, 2005.

______. Sobre um suposto direito de mentir por amor à humanidade. In: Textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

______. Investigação sobre a clareza dos princípios da teologia e da moral. Lisboa: Imprensa Casa da Moeda, 2007.

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______. Crítica da razão pura. Trad. Fernando Costa Matos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

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quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

REFLEXÕES SOBRE A MENTIRA EM KANT E AGOSTINHO

  
Dizer a verdade só é, portanto, um dever em relação àqueles que têm direito à verdade.” (KANT, 2013, p.72).

Benjamin Constant e Immanuel Kant defendem posições diferentes em relação aos primeiros princípios da moral e do direito.

E, nas condições físicas atuais prossigo estudando e tentando escrever o máximo possível. Aqui, por exemplo, retomei um tema da reflexão kantiana sobre Ética e sobre o Direito.  E, revisitei o texto de Kant e o de Constant.

Trata-se do problema central de saber, a partir do texto de Kant sobre questão da mentira. Kant a define como uma inverdade intencional que envolve questões tanto éticas como jurídicas, pois o ato de mentir além de tornar indigno quem o pratica ainda torna inútil a fonte do direito. Benjamim Constant em seu texto "Das reações políticascriticou Kant por ter afirmado que a mentira, independente de qual seja, é inadmissível porque torna o homem indigno. Constant admite que o direito de mentir em determinados casos é legitimado, pois, segundo o filósofo, dizer a verdade só é, portanto, um dever em relação àqueles que têm direito à verdade. Ora, o dever é o que  corresponde aos direitos de um outro, então, onde não há direitos não há deveres. Kant refuta Constant ao afirmar que seu posicionamento sobre um suposto direito de mentir, em primeiro lugar; se trata de uma fórmula pouco clara, na medida em que a verdade não é um bem ao qual o direito possa ser outorgado a alguém, mas negado a um outro; em segundo lugar, e sobretudo, porque o dever de veracidade não faz nenhuma distinção entre pessoas em relação às quais se tem esse dever, ou em relação às quais também se pudesse isentar dele, isso porque é um dever incondicional, válido em todas as circunstâncias. Pois, a mentira, enquanto violação do dever ético, é um ato indigno, que merece desprezo.

Portanto, para Kant, a questão da mentira é um problema moral, que envolve tanto a ética quanto o direito, onde não é possível um direito de mentir nem a sua legitimação. Pois, nenhuma inverdade intencional na manifestação do pensamento de alguém pode deixar de ser considerado como mentira porque um ato assim viola o direito de outros ao tornar inútil a fonte do direito, pois, sendo o princípio de verdade um dever “que deve ser considerado a base de todos os deveres a serem fundados sobre um contrato, e a lei desses deveres, desde que se lhe permita a menor exceção, torna-se vacilante e inútil.” (KANT, 2013, p. 74). Deste modo, a mentira por mais que seja bem intencionada não pode ser defendido por ser um ato indigno.

E, porque estou estudando e tentando aproximação entre Santo Agostinho e Immanuel Kant sobre o problema da mentira. Os dois estão entre os filósofos que consideram a mentira inadmissível em qualquer circunstância. Para isso, fiz releitura da questão na discussão entre Kant e Constant. 

E, esta reflexão sobre a mentira continua a ser fundamental para a compreensão ética da verdade em tempos de “fake news” e “pós-verdade.

______.

AGOSTINHO. A mentira - Contra a mentira. Trad. Ary E. Pintarelli e Alessandro Jocelito Beccari. Petrópolis, RJ: Vozes, 2025.

______. Retratações. Trad. Ary E. Pintarelli. Petrópolis, RJ: Vozes, 2025.

BECKENKAMP, Joãosinho. Introdução à filosofia crítica de Kant. Editora UFMG,  2017.

CUNHA, Bruno. A gênese da ética em Kant. São Paulo: Editora LiberArs, 2017.

GUYER, PAUL. The Cambridge companion to Kant. Cambrridge University Press, UK, 1992.

HÖFFE, Otfried. Immanuel Kant. Tradução Christian Viktor Hamm, Valerio Rohden. – São Paulo: Martins Fontes, 2005.

KANT, Immanuel. Lições de ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Fedhaus. São Paulo: Editora Unesp, 2018.

______. A religião nos limites da simples razão. Edições 70, Lisboa, 1992.

______. A religião nos limites da simples razão. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2024.

______.Vorlesung über die philosophische EncyclopädieInKant gesalmmelte Schriften, XXIX, Berlin, Akademie, 1980, pp. 8 e 12).

______. Observações sobre o sentimento do belo e do sublime; Ensaio sobre as doenças mentais. Tradução e estudo de Vinicius de Figueiredo. São Paulo: Editora Clandestina, 2018.

______. Observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime; Ensaio sobre as doenças mentais. (Trad. Vinícius Figueiredo). Campinas, SP: Ed. Papirus, 1993.

______. Observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime; Ensaio sobre as doenças mentais. Lisboa: Edições 70, 2012.

______. Die Religion innerhalb der Grenzen der bloßen Vernunft. W. de Gruyter, 1968.

______. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. Guido A. de. São Paulo: Discurso editoria: Barcarola, 2009.

______. A metafísica dos costumes. Trad. Clélia Aparecida Martins. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

______. Textos pré-críticos. São Paulo: Editora Unesp, 2005.

______. Sobre um suposto direito de mentir por amor à humanidade. In: Textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

______. Investigação sobre a clareza dos princípios da teologia e da moral. Lisboa: Imprensa Casa da Moeda, 2007.

______. Lições de Ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Feldhaus. São Paulo: Unesp, 2018.

______. Lições sobre a Doutrina Filosófica da Religião. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis: Vozes/ São Francisco, 2019.

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______. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? InEstudos Kantianos, Marília, v. 8, n. 2, p. 179-189, Jul./Dez., 2020.

______. Crítica da razão prática. Tradução de Valério Rohden. São Paulo, Martins Fontes, 2002.

______. Crítica da razão prática. Trad. Monique Hulshof. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016.

______. Sobre a Pedagogia. Tradução de Francisco Cock Fontenella. Piracicaba, SP: Editora Unimep, 1996.

______. Antropologia de um ponto de vista pragmático. Tradução Clélia Aparecida Martins. São Paulo: Iluminuras, 2006.

______. Sobre a Pedagogia. Petrópolis, RJ, Editora Vozes, 2021.

SALGADO, Joaquim Carlos. A idéia de Justiça em Kant: seu fundamento na liberdade e na igualdade. 2. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1995.

TERRA, Ricardo R. Kant e o direito. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.

PALESTRA: "SUMO BEM E TEODICEIA NO PENSAMENTO DE KANT"

Palestra on-line "Sumo bem e Teodiceia no pensamento de Kant" no evento Kant300 . Inscrições no QR code. O Professor Bruno Cunha ...