sábado, 10 de fevereiro de 2018

MANUAL DE RELIGIÃO E SAÚDE MENTAL: A RELAÇÃO ENTRE ESPIRITUALIDADE, RELIGIÃO, DOENÇAS E SAÚDE MENTAL.

1. Handbook of Religion and Mental Health2.Handbook of Religion and Health

Li, recentemente, a primeira edição deste livro-manual: "Handbook of Religion and Mental Health.". Segue abaixo, o prefácio como aparece no livro. A segunda edição ficou para o futuro.

“A religião tem sido uma das forças mais poderosas ao longo da história humana. No entanto, as profissões médicas e de saúde mental geralmente não reconheceram esse poder. Na verdade, como demonstrado pelo Dr. Koenig e pelos seus colaboradores no “Manual de Religião e Saúde Mental”, as ligações da espiritualidade e da religião com a doença, a saúde e a saúde mental são inevitáveis. Em vez de continuarem a evitar, os profissionais de saúde mental precisam de estar mais bem preparados para fazerem o melhor uso destas ligações em benefício dos pacientes. Esta tarefa (à qual este Manual se dirige) exige que a área procure formas de transmitir adequadamente informações relevantes, válidas e úteis aos formandos e profissionais e expandir a base científica nesta área. No que diz respeito à educação e aos cuidados clínicos, é claro que a avaliação de questões religiosas e espirituais deve tornar-se uma parte esperada da avaliação do paciente em toda a medicina e especialmente nos cuidados de saúde mental, não diferente da consideração da família do paciente. e contexto social, o exame do estado mental e a elucidação das preferências do paciente para opções de tratamento específicas. É importante ressaltar que os esforços para expandir a compreensão do papel da espiritualidade e da religião nos cuidados de saúde devem ser feitos dentro do contexto das abordagens existentes, sob um paradigma "ambos-e" em vez de "um ou outro", com os profissionais mantendo o respeito pelos seus crenças dos pacientes. Quando os indivíduos são educados sobre técnicas e abordagens específicas, é fundamental que lhes sejam fornecidas informações completas sobre a base de evidências (ou seja, os pontos fortes e fracos da literatura existente, os bons e os maus impactos das intervenções). Idealmente, no desenvolvimento de directrizes ou outras ferramentas de ensino, as evidências específicas subjacentes às recomendações devem ser delineadas com clareza. Em essência, é necessária uma abordagem sistémica às questões educativas – desde o desenvolvimento curricular, aos testes de modelos, até à educação médica continuada. Este Manual fornece um recurso muito útil para atingir esses fins.

 

O Manual também deixa claro que, embora haja um grande apoio à interligação entre religião, espiritualidade e saúde, há necessidade de aprender muito mais sobre os mecanismos subjacentes a estas ligações, bem como sobre os resultados das intervenções para os seus objectivos. propósitos. Por causa disso, os esforços devem ser direcionados tanto para melhorar a metodologia para o campo como para expandir a sua infra-estrutura: para obter uma melhor compreensão do impacto e da especificidade dos diferentes elementos da religiosidade; determinar melhor os ingredientes activos das abordagens baseadas na religião; e desenvolver estruturas para investigação sobre questões religiosas e espirituais no contexto do desenvolvimento ao longo da vida, desde a infância e adolescência até à idade adulta e à velhice. Em resumo, este livro não só chama a atenção para as importantes conexões entre espiritualidade, religião, saúde e saúde mental, mas também identifica áreas importantes para desenvolvimento futuro. Koenig e os colaboradores do Manual deixaram bem claro que qualquer pessoa envolvida na prestação de serviços de saúde e de cuidados de saúde mental, no estudo ou avaliação de intervenções de saúde pública, ou na tentativa de melhorar a qualidade e a satisfação dos pacientes nos sistemas de prestação de cuidados de saúde, não pode ignorar a importância dessas questões.”


“Religion has been one of the most powerful forces throughout human history. Yet the medical and mental health professions have generally not acknowledged that power. In fact, as demonstrated by Dr. Koenig and his collaborators in the ‘Handbook of Religion and Mental Health’, the links of spirituality and religion with disease and health and mental health are unavoidable. Rather than continue this avoidance, mental health professionals need to be better poised to make the best use of these connections to benefit patients. This task (to which this Handbook is addressed) requires that the field look at ways to appropriately convey relevant, valid, and useful information to trainees and practitioners and to expand the science base in this area. With regard to edu- cation and clinical care, it is clear that the assessment of religious and spiritual is- sues should become an expected part of patient evaluation in all of medicine and especially mental health care, no different from the consideration of the patient's family and social context, the mental status examination, and the elucidation of patient preferences for particular treatment options. Importantly, efforts to expand the understanding of the role of spirituality and religion in health care should be made within the context of existing approaches, under a "both-and" paradigm rather than "either--or," with practitioners maintaining respect for their patients' beliefs. When individuals are educated about specific techniques and approaches, it is critical that they be given complete information about the evidence base (i.e., the strengths and weaknesses in the existing literature, the good and the bad im- pacts of interventions). Ideally, in the development of guidelines or other teaching tools, the specific evidence underlying the recommendations should be delineated with clarity. In essence, a systemic approach to educational issues is needed--from curriculum development, to model testing, to continuing medical education. This Handbook provides a very useful resource for attaining these ends.

The Handbook also makes clear that, although there is a great deal of support for the interconnection among religion, spirituality, and health, there is a need to learn much more about the mechanisms underlying these links as well as the outcomes of interventions for their targeted purposes. Because of this, efforts should be aimed at both enhancing the methodology for the field and expanding its infra-structure: to gain a better understanding of the impact and specificity of different elements of religiousness; to better ascertain the active ingredients of religion- informed approaches; and to develop frameworks for research on religious and spiritual issues in the context of development across the lifespan, from childhood and adolescence through adulthood and the elder years. In summary, this book not only calls attention to the important connections among spirituality, religion, health, and mental health but also identifies important areas for future development. Dr. Koenig and the contributors to the Handbook have made it very clear that anyone involved in providing health and mental health care services, studying or evaluating public health interventions, or trying to im- prove quality and patient satisfaction in health care delivery systems cannot ignore the importance of these issues.”

______.
1. KOENIG, Harold. Handbook of Religion and Mental Health. Academic Press (1998).

2. ______. Handbook of Religion and Mental Health. 2. ed. Oxford University Press. 2012

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