quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

REFLEXÃO MATINAL VIII

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A reflexão matinal de hoje:
Como de praxe, exercitando, fugindo da trivialidade, que instaura o domínio da superficialidade, destrói o sentimento de moderação e da busca do necessário, antes visto como normalidade. Assim, sigo com a prática comum, entre os estudos, a adoção sistemática, disciplinada, de exercícios que propiciam um distanciamento das agruras do cotidiano no firme propósito de buscar ou resgatar instantes de Paz. Nas passagens de filosofia, citadas aqui, a tentativa é de mostrar esse esforço. Uma busca constante pela moderação. Pois:     

"A natureza dá-nos em abundância o que naturalmente necessitamos. A civilização do luxo é um desvio em relação à natureza: dia-a-dia cria novas necessidades, que aumentam de época para época; o engenho está a serviço dos vícios”.

Onde está a moderação?

“Desapareceu de entre nós a antiga moderação natural que limitava os desejos às necessidades; hoje, desejar apenas o essencial é dar provas de mesquinho provincianismo”

A filosofia de Sêneca, portanto, ganha aqui o sentido de medicamentum. Ou seja; um guia para aprimoramento do caráter puramente humano. A compreensão da natureza nos conduzirá à superação de temores e à compreensão do homem e do que está para além das suas limitações. Exercitemos, na busca pela moderação. A fuga do trivial.

A normalidade ainda é meta por aqui.
______.
SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014 (Carta 90; 18-19).


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