terça-feira, 7 de agosto de 2018

O CONFLITO MENTAL NA FILOSOFIA CLÁSSICA

1.    2. Mental Conflict (Issues in Ancient Philosophy) por [Price, A.W.]


Sempre assim; considerando que sempre retorno aos clássicos, dessa vez decidi retornar a um texto que li em 1998. Tal retorno, releitura, deveu-se exatamente ao fato de a obra partindo de boas “fontes primárias” traçar uma discussão pertinente, reforce-se, ao interesse que mantenho nesta página. Aqui, o tema é o “conflito mental” (razão vs emoção). Price trata de desenvolver o tema a partir da ideia de “mente dividida ou desejos opostos”, bastante presentes nas obras dos filósofos gregos.
Ao longo da obra Price, portanto, traça um panorama geral deste contexto; mostra como Sócrates, Platão tratam a questão.  Mostra Aristóteles, a princípio discípulo mas pouco a pouco se distanciando de seus mestres.
Em meio a tais discussões, como é um de nossos interesses aqui na página, adentraremos com atenção a maneira como Price tratará do tema a partir dos estóicos, de como esta “mente dividida” é tratada de maneira peculiar. Como ainda preservam algo da perspectiva socrática de que a decisão e responsabilidade por esta deve ser sempre da razão.
Enfim, será de certa maneira uma oportunidade de manter o foco dos objetivos já estabelecidos na página desde o inicio e retornar como dito acima às “fontes primárias” (antigas, medievais e modernas, até o séc. XIX) propostas pelo autor.  
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“As earthquakes expose geological faults, so mental conflict reveals tendencies to rupture within the mind. Dissension is rife not only between people but also within them, for each of us is subject to a contrariety of desires, beliefs, motivations, aspirations. What image are we to form of ourselves that might best enable us to accept the reality of discord, or achieve the ideal of harmony?
Greek philosophers offer us a variety of pictures and structures intended to capture the actual and the possible either within a reason that fails to be resolute, or within a split soul that houses a play of forces. Reflection upon them alerts us to the elusiveness at once of mental reality, and of the understanding by which we hope to capture and transform it. Studying in turn the treatments of Mental Conflict in Socrates, Plato, Aristotle and the Stoics, A.W. Price demonstrates how the arguments of the Greeks are still relevant to philosophical discussion today.” (Fonte: Amazon)

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1. PRICE, A. W. Conflito mental. Campinas, SP: Ed. Papirus, 1998.

2. ______. Mental conflict. London: Ed. Routledge, 1995.

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"A. W. Price is at Universiy of York; was educated at Winchester and Oxford, and has taught chiefly at York and in London. He has maintained an interest both in current ethical theory, and in the moral psychology of Greek philosophers, especially Plato and Aristotle."

Também escreveu:


  • "Love and Friendship in Plato and Aristotle". Oxford Clarendon Press, 1989.
  • Contextuality in Practical Reason. (Oxford: Clarendon Press, 2008).
  • Virtue and Reason in Plato and Aristotle . Oxford University Press. 2011.



  


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