
“A razão humana necessita de uma ideia de perfeição suprema, que lhe sirva como critério de acordo com o qual possa fazer determinações. Na filantropia, por exemplo, pensa-se a ideia da amizade suprema com o propósito de determinar em qual extensão este ou aquele grau de amizade se aproxima da ideia suprema ou se afasta dela. Podemos ser prestativos a alguém por amizade, levando em consideração, no entanto, nosso próprio bem-estar. Mas, sem levar em conta a nossa própria vantagem, podemos igualmente sacrificar tudo pelo amigo. No último caso nos aproximamos da ideia de amizade mais perfeita. Um conceito desse tipo, que é necessário como medida do menor ou do maior grau nesse e naquele caso, subtraído de sua realidade, é uma ideia. Ora, não seria uma tal ideia uma mera ficção, como, por exemplo, a República de Platão? De modo algum. Ao contrário, estabeleço este ou aquele caso de acordo com a ideia. Dessa forma, um soberano pode, por exemplo, organizar seu Estado de acordo com a ideia da república mais perfeita com o propósito de, dessa forma, aproximá-lo da perfeição. Para uma ideia, três aspectos são necessários.”(Grifos e Destaques meus)
Immanuel Kant (1724-1804) nasceu em uma modesta família de artesãos, foi professor secundário de geografia e depois estudou filosofia, física e matemática na Universidade de Königsberg. Em 1770 foi nomeado professor catedrático dessa mesma universidade, tendo passado toda a vida em sua cidade natal.
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