quarta-feira, 13 de maio de 2020

KANT ON INTUITION WESTERN AND ASIAN PERSPECTIVES ON TRANSCENDENTAL IDEALISM

Kant on Intuition: Western and Asian Perspectives on ...

Como tem acontecido de tempos para cá; aliás desde que iniciei os estudos da obra de Immanuel Kant, tenho reunido um conjunto de leituras sobre os principais temas que mais me interessam e que anoto aqui, nessa página, para mais fácil localização e retomada dos textos que mais prenderam. Sempre mantendo o referencial básico para tais leituras, como é o caso aqui.

Hoje, durante os estudos, tive acesso ao livro que destaco. Stephen R. Palmquist, um dos autores sobre Immanuel Kant que pouco tenho lido, produziu essa obra focada numa abordagem da “intuição” numa tradição ocidental e asiática. Isso me fez ter interesse em acompanhar mais de perto essa produção. 

Aos estudos, portanto! Que seja proveitosa para a pesquisa mais esse contato. Ou pelo menos, para produção de um texto.

Diz Kant, na Lógica transcendental:

“Nosso conhecimento surge de duas fontes principais do ânimo, cuja primeira é a de receber as representações (a receptividade das impressões) e a segunda a faculdade de conhecer um objeto por essas representações (espontaneidade dos conceitos); pela primeira, um objeto nos é dado, pela segunda é pensado em relação com essa representação (como simples determinação do ânimo). Intuição e conceitos constituem, pois, os elementos de todo o nosso conhecimento, de tal modo que nem conceitos sem uma intuição de certa maneira correspondente a eles nem intuição sem conceitos podem fornecer um conhecimento. (...) A nossa natureza é constituída de um tal modo que a intuição não pode ser senão sensível, ou seja, contém somente o modo como somos afetados por objetos. Frente a isso, o entendimento é a faculdade de pensar o objeto da intuição sensível. Nenhuma dessas propriedades deve ser preferida à outra. Sem sensibilidade, nenhum objeto nos seria dado, e, sem entendimento, nenhum objeto seria pensado. Pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem conceitos são cegas. (KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. A 50-1/B 74-5).”

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Kant sobre a intuição: as perspectivas ocidentais e asiáticas sobre o idealismo transcendental consistem em 20 capítulos, muitos dos quais apresentam compromissos entre Kant e vários filósofos asiáticos. Os principais temas incluem a natureza da intuição humana (não apenas como teórica - pura, sensível e possivelmente intelectual - mas também como relevante para a filosofia prática de Kant, estética, sublime e até misticismo), o status do idealismo / realismo de Kant e A noção de Kant de um objeto. Aproximadamente metade dos capítulos se posiciona sobre o recente debate sobre conceitualismo / não conceitualismo. Os capítulos estão organizados em quatro partes, cada uma com cinco capítulos.

A Parte I explora temas relacionados principalmente às seções iniciais da primeira crítica de Kant: três capítulos se concentram principalmente na teoria de Kant das "formas de intuição" e / ou "intuição formal", especialmente conforme ilustrado pela geometria, enquanto dois examinam o papel mais amplo da intuição no idealismo transcendental.

A Parte II continua a examinar temas do Estético, mas muda o foco principal para o Analítico Transcendental, onde a principal questão que desafia os intérpretes é determinar se a intuição (via sensibilidade) é capaz de operar independentemente da concepção (via compreensão); cada colaborador oferece uma defesa das leituras conceitual ou não conceitual do texto de Kant.

A Parte III inclui três capítulos que exploram a relevância da intuição para a teoria do sublime de Kant, seguidos por dois que examinam os desafios que os filósofos asiáticos levantaram contra a teoria da intuição de Kant, particularmente no que se refere à nossa experiência do supersensível.

Por fim, a Parte IV conclui o livro com cinco capítulos que exploram uma série de ressonâncias entre Kant e vários filósofos asiáticos e idéias filosóficas.”

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Kant on Intuition: western and asian Perspectives on transcendental idealism consists of 20 chapters, many of which feature engagements between Kant and various Asian philosophers. Key themes include the nature of human intuition (not only as theoretical—pure, sensible, and possibly intellectual—but also as relevant to Kant’s practical philosophy, aesthetics, the sublime, and even mysticism), the status of Kant’s idealism/realism, and Kant’s notion of an object. Roughly half of the chapters take a stance on the recent conceptualism/non-conceptualism debate. The chapters are organized into four parts, each with five chapters. Part I explores themes relating primarily to the early sections of Kant’s first Critique: three chapters focus mainly on Kant’s theory of the "forms of intuition" and/or "formal intuition", especially as illustrated by geometry, while two examine the broader role of intuition in transcendental idealism. Part II continues to examine themes from the Aesthetic but shifts the main focus to the Transcendental Analytic, where the key question challenging interpreters is to determine whether intuition (via sensibility) is ever capable of operating independently from conception (via understanding); each contributor offers a defense of either the conceptualist or the non-conceptualist readings of Kant’s text. Part III includes three chapters that explore the relevance of intuition to Kant’s theory of the sublime, followed by two that examine challenges that Asian philosophers have raised against Kant’s theory of intuition, particularly as it relates to our experience of the supersensible. Finally, Part IV concludes the book with five chapters that explore a range of resonances between Kant and various Asian philosophers and philosophical ideas.”

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KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1994.

PALMQUIST, Stephen R. Kant on Intuition: western and asian perspectives on transcendental idealism. Londres: (Routledge) Taylor and Francis, 2018.


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