Algum tempo após ter lido
o livro do professor Joãosinho Beckenkamp que, segundo o professor Pedro G. A. Novelli (2008) “preenche uma lacuna na literatura filosófica
brasileira. Trata-se de leitura necessária para todos aqueles que desejam
conhecer melhor o idealismo alemão no período específico que compreende Kant e
Hegel, e também para aqueles que desejam ser introduzidos nesse momento
instigante do pensamento filosófico ocidental", acrescentei esta
leitura, que terminei hoje sobre o mesmo tema: Kant e Hegel; com textos
apresentados no “Simpósio internacional de Kant a Hegel” realizado entre
os dias 20 e 21 de novembro de 2018.
“O objetivo geral do Simpósio
visou promover o debate entre professores, pesquisadores e estudantes de
graduação e pós-graduação em Filosofia sobre o período da filosofia alemã que
vai de Kant até Hegel e suas influências. A partir desse objetivo geral
foi elaborada uma programação que pudesse viabilizar um espaço de encontro por
meio do diálogo, de intercâmbios, momentos de troca de informações e de saberes
entre os participantes. A partir desse conjunto de vinte e sete artigos, é
perceptível que o legado do pensamento filosófico de Kant e Hegel segue vivo na
filosofia contemporânea bem como nas grandes discussões de temas pertinentes
para a atualidade, bem como a relevância do pensamento de ambos autores para a
filosofia no presente, elemento que perpassa praticamente todos os artigos que
fazem parte dessa publicação.”
Também acrescentei uma publicação de 2014 "Los aportes del itinerario intelectual de Kant a Hegel".
“O desenvolvimento da reflexão filosófica que se realizou no período delimitado pelas obras de Kant e de Hegel é um dos mais importantes da história da filosofia. Neste contexto resulta de especial interesse a questão do sentido e valor da metafísica: a crítica de Kant à metafísica abriu para o pensamento filosófico novos horizontes na medida em que colocou uma série de questões complexas que não puderam ser desde então arquivadas e esquecidas. Agora, no período filosófico que se inicia com a reviravolta crítica de Kant e chega até o sistema enciclopédico de Hegel se voltou a introduzir novamente a metafísica, quer seja em forma subreptícia ou em forma deliberada? Ou mais bem, a filosofia que surge na Alemanha a partir de Kant assimila, apesar das modificações de perspectiva e de método que introduz, o impulso crítico do enfoque kantiano, conseguindo inclusive amplia-lo e aprofunda-lo? Se isto fosse certo: Quais são as potencialidades filosóficas implicadas no itinerário intelectual de Kant a Hegel no que diz respeito a um modo de pensar pós-metafísico que, no entanto, não quer permanecer nas estreitas margens do positivismo e do naturalismo? Quais poderiam ser os aportes desta nova forma de pensar os debates contemporâneos em torno das questões fundamentais da filosofia?”
(Os Grifos e destaques são meus)
Prossigamos...
______.
BAVARESCO, Agemir
Bavaresco; TAUCHEN, Jair Tauchen; PONTEL, Evandro Pontel (Orgs.). De Kant a
Hegel: Leituras e atualizações. - Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2019.
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Joãosinho. Entre Kant e Hegel. Porto Alegre: Edipucrs, 2004,
288 p.
FERREIRO, Héctor; HOFFMANN, Thomas Sören; BAVARESCO, Agemir (Orgs.). Los aportes del itinerario intelectual de Kant a Hegel. Porto Alegre, RS, Editora Fi: EDIPUCRS, 2014. (Comunicaciones del I Congreso GermanoLatinoamericano sobre la Filosofía de Hegel. Português./Espanhol)
FERRY, Luc. Kant: uma
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Trad. Acerca da forma e dos princípios do mundo sensível e
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______. Prolegômenos
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José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2014)
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a toda metafísica futura. Lisboa: Edições 70, 1982.
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kantiennes. Librairie philosophique J. Vrin, Paris, 1982.
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