domingo, 10 de setembro de 2023

SOBRE AS "LEIS NATURAIS": UM TEMA, VÁRIAS LEITURAS E ABORDAGENS

Enquanto ouço, mais uma vez, a grande violinista Janine Jansen interpretando "As quatro estações" do Pe. Antônio Vivaldi, sigo estudando o que é uma Lei natural no LE e, releio um livro sobre "As leis naturais e a verdadeira felicidade" (Massi, 2020).

E, mais:

Aqui, ainda mais uma outra visão, de Tricard, sobre o tema!

"On peut s’étonner qu’un concept aussi central en philosophie des sciences et aussi courant dans le langage scientifique puisse faire encore l’objet d’une question de définition. Pourtant, la signification du concept de « loi de la nature » reste encore obscure, car traversée par une ambiguïté fondamentale. Si l’existence de « lois » ratifie le fait que la nature est régulière, cela signifie-t-il dire que les lois sont de simples régularités, c’est-à-dire des rapports constants entre faits? Ne seraient-elles pas plutôt des « règles » qui gouvernent nécessairement le cours des phénomènes? Mais alors, quel est le fondement de cette nécessité que ces règlent imposent aux faits : dérivent-elles de la nature et des dispositions des choses, ou bien sont-elles octroyées de l’extérieur par une instance (divine ou transcendantale) qui légifère sur la nature « comme un roi en son royaume »?A
acheter
ce livre"

...

"Pode ser surpreendente que um conceito tão central na filosofia da ciência e tão comum na linguagem científica possa ainda ser objeto de uma questão de definição. Contudo, o significado do conceito de “lei da natureza” ainda permanece obscuro, porque é atravessado por uma ambiguidade fundamental. Se a existência de “leis” ratifica o fato de a natureza ser regular, isso significa que as leis são simples regularidades, ou seja, relações constantes entre fatos? Não seriam antes “regras” que governam necessariamente o curso dos fenómenos? Mas então, qual é a base desta necessidade que estas regras impõem aos fatos: elas derivam da natureza e das disposições das coisas, ou são concedidas de fora por uma autoridade (divina ou transcendental) que legisla sobre a natureza “como um rei em seu reino”?
compre este livro."

(Grifos e Destaques meus)

______.

BAUMGATEN, Alexander Gottlieb; KANT Immanuel. Baumgarten's elements of first practical philosophy: a critical translation with Kant's reflections on moral philosophy. Bloomsbury Academic; Reprint edição, 2021.

COELHO, Humberto Schubert. O pensamento crítico: história e método. Juiz de Fora, MG: Editora UFJF, 2022.

CUNHA, Bruno. A Gênese da Ética de Kant: o desenvolvimento moral pré-crítico em sua relação com a teodiceia. São Paulo: LiberArs, 2017.

______; FELDHAUS, Charles. Estudo IntrodutórioIn: KANT, Immanuel. Lições de Ética. São Paulo: Unesp, 2018.

______. Estudo Introdutório. In: KANT, Immanuel. Lições sobre a Doutrina Filosófica da Religião. Petrópolis: Vozes/São Fransciso, 2019.

______. Estudo Introdutório. In: KANT, Immanuel. Lições de Metafísica. Petrópolis: Vozes/São Francisco, 2021.

DESCARTES, René.  As paixões da alma. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.

______. Epictetus Discourses. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

______. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments: Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

GALENO. Aforismos. São Paulo: E. Unifesp, 2010.

______. On the passions and errors of the soul. Translated by Paul W . Harkins with an introduction and interpretation by Walter Riese. Ohio State University Press, 1963.

GAZOLLA, Rachel.  O ofício do filósofo estóico: o duplo registro do discurso da Stoa, Loyola, São Paulo, 1999.

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

______. A filosofia como maneira de viver: entrevistas de Jeannie Carlier e Arnold I. Davidson. (Trad. Lara Christina de Malimpensa). São Paulo: É Realizações, 2016.

______. Exercícios espirituais e filosofia antiga. Trad. Flávio Fontenelle Loque, Loraine Oliveira. São Paulo: É Realizações, Coleção Filosofia Atual, 2014.

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

KANT, Immanuel. Gesammelte Schriften. Vol. I-XXIX. Berlim: Reimer (DeGruyter) 1910-1983.

______. Lições de Ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Feldhaus. São Paulo: Unesp, 2018.

______. Lições sobre a Doutrina Filosófica da Religião. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis: Vozes/ São Francisco, 2019.

______.Lições de Metafísica. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis: Vozes/São Francisco, 2021.

______. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? traduzido por Saulo de Freitas Araujo. In: Estudos Kantianos, Marília, v. 8, n. 2, p. 179-189, Jul./Dez., 2020.

______. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. Guido A. de. São Paulo: Discurso editoria: Barcarola, 2009.

______. Textos pré-críticos. São Paulo: Editora Unesp, 2005.

______. Textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

______. Investigação sobre a clareza dos princípios da teologia e da moral. Lisboa: Imprensa Casa da Moeda, 2007.

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica) Trad. Guillon Ribeiro. Brasília, DF: Feb, 2013. (Q. 614-648 “Lei natural”); (Q. 907-912: "paixões"; 893-906: “virtudes . “vícios” e 920-933: "felicidade").

KIEKEGAARD, S. A. O desespero humano: doença até a morte. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

______. O desespero humano: São Paulo: Ed. UNESP, 2010.

______. Do desespero silencioso ao elogio do amor desinteressado. (Org. Alvaro Valls). Escritos, 2004.

______. As obras do amor. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

______. O conceito de angústia. 3. ed. Trad. Alvaro Valls. Petrópolis, RJ, Vozes, 2015.

LESSING, Gotthold Ephraim. Educação do gênero humano. Bragança Paulista, SP: Ed. Comenius, 2019.

MAY, Rollo. O homem à procura de si mesmo. São Paulo: Ed. Círculo do livro, 1992.

______. (Org.). Psicologia existencial. Rio de Janeiro: Globo, 1980.

______. A descoberta do ser. São Paulo: Rocco, 1988.

______. O homem à procura de si mesmo. São Paulo: Ed. Círculo do livro, 1992.

______. Psicologia do dilema humano. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

MASSI, C. D. As leis naturais e a verdadeira felicidade. Curitiba: Kardec Books, 2020.

OLIVEIRA, Roni Ederson Krause de. O dever de amar segundo Kant e Kierkegaard. In: Controvérsia, São Leopoldo, v. 14, n. 2, p. 25-39, mai.-ago. 2018.

PONTE, Carlos Roger Sales da; SOUSA, Hudsson Lima de. Reflexões críticas acerca da psicologia existencial de Rollo May. Rev. abordagem gestalt.,  Goiânia ,  v. 17, n. 1, p. 47-58, jun.  2011 .   Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672011000100008&lng=pt&nrm=iso>.acessos em  17  ago.  2019. Último acesso: 26 de janeiro de 2022.

PRICE, A. W. Conflito mental. Campinas, SP: Ed. Papirus, 1998.

______. Mental conflict. London: Ed. Routledge, 1995.

RANGÉ, Bernard. Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais: Um Diálogo com a Psiquiatria. 2. ed. Porto Alegre: Grupo A - Selo: Artmed, RS, 2011.

ROBERTSON, Donald. The Philosophy of Cognitive Behavioural Therapy (CBT): stoic philosophy as rational and Cognitive Psychotherapy. Londres  :Karnac Books, 2010.

______. Pense como um imperador. Trad. Maya Guimarães. Porto Alegre: Citadel Editora, 2020.

______. How to think Like a roman emperor: the stoic philosophy of Marcus Aurelius. New York: St. Martin's Press, 2019.

SELLARS, J. The Art of Living: The Stoics on the Nature and Function of philosophy. Burlington: Ashgate, 2003.

SÊNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.

______. Edificar-se para a morte: das cartas morais a Lucílio. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016.

____. Sobre a clemência. Introdução, tradução e notas de Ingeborg Braren. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

TRICARD, Julien. Qu'est-se qu-une loi de la nature. Paris: Librarie Philosophique J. Vrin, 2023.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

REFLEXÃO MATINAL CLXIX; SAÚDE, PSICOTERAPIA E EXISTENCIALISMO SEGUNDO VIKTOR FRANKL

  Sobre o  Bom   Existencialismo: Mais uma das boas, necessárias e fundamentas reflexões que faço sobre as consequências que devem ser pensa...